Blog da Laura Peruchi – Tudo sobre Nova York
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Nossa road trip de 11 dias na Islândia – roteiro e muitas dicas!

Eu estava tão animada para começar este post no blog – mas, ao mesmo tempo, estava me sentindo meio perdida porque tenho tanta coisa para compartilhar com vocês! Se você me segue no Instagram – @laura_peruchi – sabe que voltei recentemente da Islândia, e foi, digamos… épico! Viajamos pelo país por 11 dias e vimos muitos lugares incríveis de lindos. Tenho que ser sincera: a Islândia nunca esteve na minha lista de desejos de viagens e eu não tinha expectativas, mas foi inesquecível. Eu nunca tinha visitado um lugar assim. Tão único!

Neste post, vou compartilhar tudo o que fizemos – os lugares que visitamos, as hospedagens que escolhemos, os restaurantes, quanto gastamos, o que levamos na mala e todos os detalhes. Não sou especialista em Islândia, mas acredito em compartilhar experiências, então cá estou. Menção honrosa à minha irmã Meiry (também conhecida como @flaneriephoto), que planejou toda a viagem e encontrou todas as acomodações onde ficamos.

  • 90% das fotos do post foram tiradas pela minha irmã – e editadas por mim. Ela provavelmente teria feito uma edição melhor que a minha – mas ela não teria disponibilidade de editar tudo a tempo do post ser publicado e eu também não quis abusar da boa vontade dela kkk porque ela já fez demais.

Viajando para a Islândia

De Nova York, há voos diretos para a Islândia. Nós voamos do JFK para o Aeroporto Internacional de Keflavík (KEF) com a Delta. Nosso voo saiu por volta das 23h30, e a viagem durou aproximadamente 5 horas e 30 minutos. Aterrissamos por volta das 8h; foi um voo noturno – eu ouvi jet lag? Como você deve ter percebido, é um voo bem curto se comparado a outros destinos na Europa ou mesmo nos Estados Unidos! Na volta, nosso avião decolou por volta das 11h15, e chegamos em NYC às 12h40 – foi durante o dia, bem melhor.

Clima na Islândia

O verão – mais precisamente entre junho e agosto – é a alta temporada na Islândia (e também a mais cara) porque o clima é muito melhor (e nem é calor!). Nossa viagem foi entre os dias 26 de abril e 7 de maio, quando o clima é considerado “ameno”, mas acredite, foi muito parecido com o inverno em Nova York – ou até pior. O clima da Islândia pode variar bastante e ser bem imprevisível – porque também depende dos lugares que você está visitando. No geral, senti que o clima estava mais agradável nas áreas próximas à capital.

Para este período em que vistamos, a média prevista era entre 5-10°C durante o dia, podendo variar dependendo da localização e das condições meteorológicas, com a possibilidade de períodos de sol, chuva e neve, bem como ventos fortes. E digo com toda certeza que o que pegamos foram temperaturas mais baixas do que a média. Em nosso primeiro dia na estrada, houve uma tempestade de neve. Dirigimos por 2 horas sem enxergar o que estava ao nosso redor. Foi lindo e assustador, rs.

Outra coisa pra se ter em mente são os horários do nascer e do pôr do sol. Durante o final de abril e início de maio, você pode esperar que o sol nasça por volta das 5h30 – 6h e se ponha por volta das 21h – 21h30. Isso é uma vantagem, pois te dá mais horas de luz para explorar os lugares no seu próprio ritmo, sem pressa – mas lembre-se luz não significa dias ensolarados. Além disso, leve uma máscara para dormir, pois você vai precisar, acredite…

Nossa road trip na Islândia – Ring Road (Rota 1)

Existem muitas maneiras de explorar a Islândia – com algum planejamento, você provavelmente poderia ficar hospedado em Reykjavík e visitar algumas das atrações mais famosas contratando tours – vi muitos ônibus de excursões. Mas honestamente? Isso limitaria demais a sua viagem, então eu definitivamente recomendo alugar um carro, para ter mais liberdade e flexibilidade.

Foi o que fizemos – e nossa rota foi a Ring Road (Rota 1) que é uma rota muito popular que oferece algumas das paisagens mais impressionantes e diversas do mundo. É uma estrada circular – daí o nome ring, anel – que percorre todo o país. Começando e terminando em Reykjavik, a estrada é bem conservada e pode ser percorrida em cerca de 10 a 14 dias, dependendo de quanto tempo você deseja gastar explorando as diferentes áreas e atrações ao longo do caminho. Você vai ver campos vulcânicos, geleiras, cachoeiras e praias de areia preta, bem como cidades e vilarejos charmosos para descansar, comer e apreciar a cultura local. É uma experiência inesquecível – para referência, nós começamos a rota no dia 26 de abril e terminamos o percurso no dia 5 de maio.

O que levar na mala para a Islândia em Abril/Maio

Fizemos algumas pesquisas sobre o que levar na mala e, assim como o inverno em Nova York, vestir-se em camadas é a chave, assim como ter bons calçados para longas caminhadas e trilhas, além de outros acessórios. Depois de explorar o país por tantos dias e viver todas as situações de clima (sol, chuva, neve, vento), essas são as minhas recomendações finais:

  • Roupas térmicasUniqlo ainda é nossa marca preferida quando se trata de roupas térmicas. Eu recomendo comprar as partes de cima e de baixo – eu usava meia-calça térmica por baixo da calça todos os dias. Se você puder, garanta algumas camadas da coleção Extra Warm.
  • Segundas camadas – levei suéteres e também uma jaqueta leve – como a Ultra light down da Uniqlo, que é uma excelente escolha.
  • Casacotrouxe o meu casaco da Calvin Klein – não é um casaco de penas, mas é ótimo para temperaturas geladas e, combinado com as camadas, foi perfeito. Eu linkeo um parecido. Meu marido, minha irmã e meu cunhado levaram suas parkas da Patagônia – coloquei na vitrine acima.
  • Botas – preste atenção especial aos clçados! Eu recomend botas de hiking – há muitas opções acessíveis na DSW – ou até botas de neve! Levei minhas botas de neve da EMU Australia e acabaram sendo uma escolha perfeita, pois são impermeáveis e forradas com lã, o que deixou meus pés quentinhos!
  • Meias – também recomendo escolher bem as meias. Levei umas meias de lã merino da Bombas e foi a combinação perfeita com minhas botas de neve.
  • Calças – li em alguns blogs que calças jeans eram ok para esse período do ano na Islândia – e até coloquei na mala uma e acabei não usando. Antes da viagem, fiz umas pesquisas porque queria comprar uma calça específica para esta viagem – precisava que fossem confortáveis e quentinhas – e encontrei essa Snow Pants da Athleta, e olha… melhor escolha! Ela veste super bem e é repelentes à água. Eu queria ter certeza de que também estava comprando algo que pudesse usar durante o inverno em NYC, sabe? Foi uma ótima escolha!
  • Acessórios – Levei gorros, cachecol e luvas. Por favor, não se esqueça disso! Outra coisa que pode ajudar muito é um aquecedor de mãos – e minha irmã comprou esse na Amazon; é recarregável.
  • Diversos – Também é bom ter uma ótima mochila para colocar alguns lanches, câmera e outras coisas. A minha é da Knack e é super confortável de carregar e tem muitos bolsos! Além disso, leve uma garrafinha de água para encher nos lugares. Isso é importante: a água na Islândia é abundante e amplamente considerada uma das mais limpas e puras do mundo. Portanto, não desperdice seu dinheiro comprando água! Por último, mas não menos importante: traga um powerbank para carregar o smartphone enquanto estiver na estrada e/ou um cabo para carregar no carro.

Alugar um carro na Islândia

Alugamos nosso carro na Islândia depois de fazer uma pré-reserva online. Como começamos a planejar essa viagem cedo – reservamos os voos em agosto do ano passado – tivemos tempo para pesquisar o melhor preço para aluguel de carros – mais sobre nosso orçamento no final do post.

Pegamos o carro no Aeroporto Internacional de Keflavík (KEF) e o processo foi fácil e rápido. Nosso carro era um Duster e cabiam nossas 2 malas grandes mais uma bagagem de mão e algumas mochilas confortavelmente. Era um carro 4×4 – mas não era um carro adequado para visitar as highlands.

Caso você não saiba: as highlands são uma região vasta e acidentada do interior da Islândia, em grande parte desabitada e inacessível para veículos convencionais. A região é caracterizada por montanhas, geleiras, paisagens vulcânicas e vastas extensões de terreno árido e rochoso e a área é praticamente inacessível para veículos convencionais, com muitas estradas e trilhas fechadas ao tráfego regular devido ao terreno acidentado e condições climáticas imprevisíveis.

Iceland road trip – Ring Road (Route 1) – Roteiro

Dia 1

Nosso primeiro dia na Islândia foi meio que um jogo de espera, pois meu marido e eu chegamos de manhã cedo, mas tivemos que esperar o voo da minha irmã, que pousaria à tarde. Decidimos descansar no Courtyard by Marriott Reykjavik Keflavik Airport, que oferecia tarifas por hora e era um ótimo local para uma soneca. Eu pesquisei outros hotéis perto do aeroporto, mas nenhum deles oferecia tarifas por hora. Gastamos $110 com o hotel e €20 com cada corrida de táxi de/para aeroporto/hotel.

Assim que minha irmã e meu cunhado desembarcaram, nós os encontramos no aeroporto, onde pegamos o carro e seguimos para Reykjavik. Nossa primeira parada foi em um supermercado – Kronan, uma rede com alguns endereços pela Islândia – onde estocamos comida e lanches para nossa viagem – nosso plano era tomar café da manhã e jantar nas acomodações em que ficamos e almoçar na estrada. Em seguida, fomos para o nosso Airbnb – era um pequeno apartamento com 2 quartos.

Rainbow Street, eu e minha cara de cansada e a Hallgrimskirkja ao fundo.

Depois de fazer o check-in e deixar as malas, decidimos explorar um pouco de Reykjavik. Visitamos o Harpa Concert Hall e a icônica igreja Hallgrimskirkja. Para o jantar, optamos por uma refeição vegana no Mama Restaurant (você pode clicar para conferir o cardápio e os preços), que oferece pratos deliciosos à base de plantas. Foi um ótimo primeiro dia na Islândia e estávamos ansiosos para começar a road trip no dia seguinte!

Dia 2

Exploramos algumas das cachoeiras mais famosas do país em nosso segundo dia na Islândia. Nossa primeira parada foi em Seljalandsfoss, e levamos umas duas horas pra chegar lá – principalmente por causa das condições climáticas, que eram extremas, com forte nevasca – tenho que confessar que foi um pouco assustador… mas conseguimos! Apesar do frio e da chuva, ficamos maravilhados com a beleza da cachoeira – impressionante! Eu recomendo trazer um poncho impermeável se você quiser ver a cachoeira por trás, do contrário você vai se molhar. No estacionamento dessa cachoeira, tinha banheiros e uma lanchonete. Você paga cerca de $5 para estacionar o carro.

Depois de apreciar as vistas, seguimos para nossa próxima parada, Skógafoss, outra cachoeira – onde foram filmadas as famosas séries Vikings e o filme da Marvel, Thor. Mas primeiro, almoçamos no Hótel Skógafoss Bistro Bar, onde comi um peixe delicioso.

A cachoeira Skógafoss foi igualmente impressionante, e também subimos para ver Hestavaðsfoss, e foi fácil graças às escadas. A neve tornou a subida ainda mais mágica.

Em seguida, dirigimos até o mirante de Dyrhólaey – um “ponto de vista” e reserva natural na costa sul da Islândia. O nome Dyrhólaey se traduz em “ilha do buraco da porta” em islandês, referindo-se ao grande arco natural que foi erodido na face do penhasco pelas ondas do Oceano Atlântico. O arco é um ponto famoso e impressionante. Embora estivesse ventando muito – quase chorei, rs; estava MUITO frio! – foi provavelmente um dos lugares mais bonitos que já vi na vida. De lá, você pode ver as praias de areia preta de Reynisfjara. Nós até vimos alguns puffins!

Depois, fomos para o nosso Airbnb – era um apartamento excelente com 2 quartos e até varanda. Este lugar tinha uma lava e cseca, então usamos, por que não? Definitivamente, recomendo tentar incluir pelo menos uma acomodação – talvez no meio da viagem – com lavadora e secadora. Este apartamento ficava localizado em uma vila muito fofa chamada Vik.

Esqueci de mencionar que há muitas fazendas de cavalo ao longo das estradas!

Dia 3

A vila de Vik um dia após a tempestade de neve.
Começamos o dia na praia de Reynisfjara – nosso plano era visitar a praia no dia anterior, mas como estava chovendo e ventando, decidimos adiar, e foi a melhor decisão porque, felizmente, o dia amanheceu ensolarado e perfeito ( o que também fez a vila Vik ficar deslumbrante com toda a neve do dia anterior!). Reynisfjara é considerada uma das praias mais bonitas e dramáticas da Islândia. É composta de areia vulcânica negra que é criada pela interação da lava quente e a água fria do mar. Além disso, uma das características mais marcantes de Reynisfjara são suas colunas de basalto, formadas pelo lento resfriamento e cristalização de fluxos de lava.

Depois de explorar a praia, seguimos para Svartifoss, uma cachoeira em Skaftafell. Fizemos uma trilha para ver a cachoeira, e foi moderada, levou cerca de 60 minutos ida e volta. Importante dizer que há um centro de visitantes no parque – e um restaurante, mas a comida não nos agradou. Então resolvemos comer num food truck por lá, e a comida deles era muito gostosa. Tinha sopa cremosa de lagosta e o tradicional fish & chips.

Nossa próxima parada foi Jökulsárlón, uma lagoa glacial que foi o ponto alto de toda a viagem para mim, de tão impressionante que era. É o tipo de coisa que a gente só vê pela TV, sabe? Naqueles programas do Globo Repórter.  A lagoa é repleta de icebergs flutuantes que se desprenderam da geleira Breiðamerkurjökull, criando uma paisagem surreal. Esta geleira é uma das maiores geleiras da Islândia, cobrindo uma área de mais de 200 quilômetros quadrados. Faz parte da Vatnajökull, a maior geleira da Europa em volume.

Em seguida, passamos rapidinho pela Diamond Beach, ali do lado do lago Jökulsárlón, que tem esse nome por causa dos pedaços de gelo da lagoa que aparecem na praia e brilham como diamantes. Depois de um longo dia explorando, finalmente chegamos ao nosso apartamento reservado no Booking – não antes de abastecer o carro pela primeira vez.

Dia 4

Stokksnes/Vestrahor
Vista do farol de Hvalnes

Nós começamos o nosso quarto dia na Islândia apreciando a beleza de Stokksnes/Vestrahor, uma montanha deslumbrante. Para desfrutar da vista, recomendo colocar o Viking Cafe como destino e, no caminho até lá você ficará maravilhado com a paisagem. Paramos para tirar fotos e foi de tirar o fôlego. Depois de voltarmos para a estrada e também paramos no farol de Hvalnes para mais vistas incríveis. Em seguida, dirigimos para Djúpivogur, uma pequena vila, e paramos no Við Voginn para tomar um café e usar o banheiro.

Para o almoço, escolhemos a Askur, uma pizzaria em Egilsstaðir – as pizzas estavam deliciossas! Eles também têm um tap room de cervejas locais ao lado. Minha irmã não estava se sentindo bem, então, depois do almoço, fizemos check-in na próxima acomodação – uma cabana fofa que reservamos pelo Booking.com.

Enquanto minha irmã decidiu ficar descansando, nós dirigimos por 30 minutos até Hengifoss – sim, você adivinhou, outra cachoeira! Embarcamos em outra trilha que levou cerca de 45 minutos e chegamos até a queda. Confesso: não foi fácil – estava ventando muito – mas a vista valeu totalmente a pena. Hengifoss é uma das cachoeiras mais altas da Islândia – 128 metros – e é conhecida por suas camadas de rochas vermelhas e pretas, causadas por cinzas vulcânicas e erosão.

Depois da caminhada, decidimos relaxar nas Vök Baths – nem estava planejado, vimos as placas na estrada e, quando eu decidi conferir, descobri que ficava a apenas 4 minutos de carro da nossa cabana! Já eram 19h30 quando chegamos lá – e o local fecha às 22h – mas após um dia na estrada e depois da trilha, valeu a pena! O lugar tem piscinas flutuantes geotermais com uma vista de piscina infinita, sabe? Fica no Lago Urriðavatn.

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Dia 5

Mais um dia e mais paisagens deslumbrantes da natureza da Islândia. Começamos dirigindo por duas horas e meia até Dettifoss, uma das cachoeiras mais poderosas da Europa. Há duas rotas para chegar lá, e escolhemos a rota oeste por ser asfaltada. Marquei no mapa, que você pode ver no final do post. Entre a trilha para chegar as cachoeiras e o tempo explorando e contemplando a área, passamos cerca de 2 horas em Dettifoss. Apesar do clima frio e ventoso, a cachoeira era realmente incrível e valeu o esforço. Tinha muita neve ao redor!

Para o almoço, escolhemos o Vogafjos, um restaurante localizado em uma fazenda – e eu comi um peixe delicioso. O ambiente e as vistas eram lindas, e o destaque foi definitivamente o Vogafjos cake, um bolinho que provamos de sobremesa. Muito bom!

Depois de recarregar as energias, fomos para a Myvatn Geothermal Area, onde pagamos cerca de US$5 pelo estacionamento. É uma área geotérmica, parte do sistema vulcânico Krafla, que ainda está ativo e entrou em erupção várias vezes nos últimos séculos – você pode esperar ver “buracos” de lama borbulhantes e saídas de vapor. E prepare-se: devido ao enxofre e a outros minerais no vapor, o cheiro é bem fedorento. Eu não andei muito porque o odor era forte demais para mim.

Depois disso, fomos para Hverfjall – onde também pagamos US$5 pelo estacionamento. É a cratera de um vulcão e você pode ir até o topo! Levamos cerca de 10 minutos para chegar lá em cima, mas o vento era intenso e digamos que não foi muito agradável… Hverfjall foi formada por uma erupção vulcânica há cerca de 2.500 anos. A cratera tem aproximadamente 1 quilômetro de diâmetro e 140 metros de profundidade, tornando-a uma das maiores e mais impressionantes crateras vulcânicas da Islândia – e sua paisagem já foi cenário em vários filmes e séries, incluindo “Game of Thrones”.

Hverfjall

Finalmente, dirigimos até nosso hotel – Sel – Hótel Mývatn – foi uma escolha excelente. Os quartos são muito espaçosos, e o hotel tem duas banheiras de hidromassagem no pátio e está localizado em frente a outro lugar para visitar na Islândia – Skútustaðagígar. Esta área consiste em um grupo de crateras vulcânicas formadas por explosões de vapor que ocorreram quando a lava derretida entrou em contato com a água do lago. Esse processo criou uma série de pequenas crateras, que são únicas porque não são verdadeiras crateras vulcânicas, justamente pelo seu processo de formação.

Skútustaðagígar

Jantamos no restaurante do hotel e a comida estava deliciosa – além disso, vale destacar que o hotel oferece um café da manhã caprichado, com pães frescos, ovos, frutas e outras delícias!

Dia 6

Nosso plano original era fazer um passeio observar baleias em Húsavík, mas o tempo não estava favorável e ficamos um pouco inseguros depois de ler em reviews que muitas pessoas ficam bastante enjoadas durante o passeio e não quisemos arriscar. Mas, fica a dica caso você esteja por essa região e tenha vontade! Outro lugar para visitar na área é o Myvatn Nature Baths, com piscinas com água mineral naturalmente aquecida por fontes termais. Você pode reservar essas atividades abaixo e usar meu código LAURAPERUCHI para 5% de desconto. Por último, mas não menos importante, outra atividade na região é snowmobile.

Como desistimos do passeio de observação de baleias, decidimos dirigir para o Dimmuborgir Lava Field – digamos que subestimamos esse lugar, mas acabou sendo impressionante! A paisagem única e marcante foi formada há mais de 2.000 anos por atividade vulcânica. O nome “Dimmuborgir” significa “castelos escuros” e a área tem uma coleção de formações rochosas, pilares e cavernas que parecem uma série de torres torcidas. Estava nevando naquele dia e tudo ficou mais mágico! Também conseguimos avistar o Hverfjall (a cratera do vulcão do dia anterior) coberta de neve.

Depois, paramos em Hofdi – é uma península florestada que se estende pelo fiorde de Eyjafjörður e oferece vistas lindíssimas da paisagem ao redor. Em seguida, seguimos para Godafoss – sim, isso mesmo, outra cachoeira – e pra você saber: há um café e loja de souvenirs ali no estacionamento. Novamente, estava frio e ventando bastante! O bom dessa cachoeira é que não envolve trilha – ela fica perto da rodovia.

Era por volta das 17h quando chegamos a Akureyri – que é frequentemente chamada de a “Capital do Norte” e é a maior cidade fora da área metropolitana de Reykjavik. Paramos no restaurante e cafeteria Ketilkaffi para comer – o bolo de limão deles é uma delícia – e finalmente fizemos o check-in em nosso Airbnb, que ficava a 15 minutos de carro da cidade.

 

Dia 7

Como já deve ter dado pra notar, passamos todas as noites em uma hospedagem diferente – e sabíamos que ficaríamos cansados a meio da viagem – e por isso reservamos duas noites neste Airbnb para ter um dia sem fazer nada. E eu recomendo fazer isso! O Airbnb tinha uma lava e seca, então lavamos roupa, e dormimos mais, descansamos, cozinhamos nosso almoço… e também passeamos pela área da casa – que fica perto de uma orla fantástica.

Os arredores do Airbnb – na Islândia, um dia mais “relax” de programação não significa um dia sem paisagens lindas

No final do dia, fomos até a cidade para visitar o Jardim Botânico de Akureyri – a entrada é gratuita – e comer algo no café LYST. Além dos quitutes gostosos e do café, o design do lugar é lindo!

Dia 8

Nesse dia, pegamos a estrada e dirigimos por cerca de 5 horas! No caminho, fizemos uma parada em Viđimýrarkirkja, uma bela igreja de turfa que remonta ao século XIX. Também paramos na B&S, em Blönduós, para uma pausa rápida, onde usamos o banheiro e tomamos um café. Depois de dirigir por mais ou menos mais uma hora, paramos pra almoçar no Sjávarborg Restaurant – esse restaurante tinha um buffet com peixe, arroz, sopa e saladas + café e chá por preço fixo, acho que foi uns $25 por pessoa.

Depois de um tempo na estrada, chegamos ao nosso próximo destino: Kirkjufellsfoss, uma cachoeira localizada perto do icônico Mount Kirkjufell, um dos spots mais fotografados da Islândia. Que vista impressionante! Caminhamos ao redor e tiramos fotos incríveis.

As três fotos acima são na área ao redor do nosso Airbnb. Incrível!

Depois disso, seguimos para o nosso Airbnb para fazer check-in e descansar. Esse Airbnb era especial porque era localizado em uma fazenda e a paisagem ao redor parecia cena de filme, com o Mount Kirkjufell ao fundo, o mar próximo e os cavalos.

Dia 9

Neste dia em particular, passamos bastante tempo dirigindo outra vez até finalmente chegarmos ao nosso primeiro destino: Búðakirkja e Búða Beach. Búðakirkja é uma pequena igreja de madeira preta que remonta ao século XIX e é uma atração turística muito popular na Islândia – tenho certeza de que você já viu uma foto dessa igreja, sua arquitetura é única e o local é bem pitoresco. A Búða Beach, que fica nas proximidades, é conhecida por sua areia preta, vistas incríveis do oceano e pedras pretas que cobrem a costa. É um lugar lindo! Este dia foi particularmente interessante porque voltamos à “civilização”. Brincadeira, deixa eu explicar: até este ponto, os lugares que visitamos não estavam lotados, sabe? – começamos a ver cada vez mais turistas à medida que nos aproximávamos da área da capital.

Depois de explorarmos Búðakirkja e Búða Beach, almoçamos no Galito restaurant, em Akranes, com pizzas, hambúrgueres e sanduíches, e depois paramos no Kronan para fazer compras – ficava do outro lado da rua.

Nosso último destino foi Kerio Crater, um lago de cratera vulcânica na área de Grimsnes, no sul da Islândia. O lago tem cerca de 55 metros de profundidade e é cercado por rochas vulcânicas vibrantes em tons de vermelho e laranja, o que acaba criando um lindo contraste com a água azul. Caminhamos ao redor da cratera e depois descemos até o lago. O estacionamento é gratuito e a entrada custa cerca de US$3.

Finalmente, fizemos o check-in em nossa próxima acomodação: uma cabana aconchegante com dois “apartamentos” na área do Golden Circle.

Dia 10

No nosso último dia de atividades intensas na Islândia, começamos visitando Gullfoss, outra cachoeira icônica do país. Esta cachoeira de dois níveis ficalocalizada no rio Hvítá e é conhecida por seu tamanho e beleza. Há um centro de visitantes, uma cafeteria, um restaurante e uma loja de souvenirs no estacionamento. Depois de passarmos algum tempo apreciando a vista, seguimos para Geysir, uma área geotérmica ativa que apresenta piscinas de lama borbulhantes e gêiseres que disparam água para o alto. Um dos gêiseres mais famosos da área é chamado Strokkur, e ele entra em erupção a cada poucos minutos – é outro lugar bem popular na Islândia. Foi muito impressionante! Ficamos lá por um tempo -fizemos uma trilha por lá até o topo do morro que tem ali – e pudemos ver a “explosão” algumas vezes!

Em seguida, fomos para Friðheimar, uma fazenda de estufas que produz tomates durante todo o ano. Eles têm 9 estufas – com controle a temperatura, de luz e de água, o que resulta em 2 toneladas de tomates POR DIA! Sim! Eles também cultivam alface e manjericão. O destaque aqui é o restaurante, onde eles servem pratos com um ingrediente principal: tomate, claro! A comida estava deliciosa e a atmosfera era acolhedora e aconchegante. Prove a sopa de tomate e a massa – foram definitivamente os nossos pratos favoritos. Conseguir uma mesa pode levar um tempo, mas vale a pena!

Nosso último destino do dia foi o Parque Nacional Thingvellir, um Patrimônio Mundial da UNESCO. O parque está localizado em um vale de rift que marca a fronteira entre as placas tectônicas norte-americana e euroasiática, e você pode realmente caminhar entre as duas placas – dá até pra mergulhar, mas tem que reservar com antecedência. Passamos quase 2 horas caminhando e explorando alguns dos destaques do local – tem bastante mapas e placas.

 

Eu entre as placas tectônicas 🙂

Depois de um dia cheio de atividades, retornamos a Reykjavik para fazer o check-in em nosso Airbnb – vou deixar o link aqui, mas nossa experiência não foi boa. O endereço nos levou para o local errado – além disso, escolhemos este lugar porque tinha lava e seca no anúncio, mas a anfitriã removeu do apartamento e não atualizou no Airbnb. Acabamos indo para outra hospedagem na manhã seguinte – e o Airbnb rapidamente aceitou nosso cancelamento e nos reembolsou uma noite inteira mais uma quantia parcial da noite em que dormimos por lá.

Dia 11

Tomamos o café da manhã no Airbnb e, como voaríamos pra casa no dia seguinte, decidimos reservar um hotel perto do aeroporto. Talvez essa devesse ter sido nossa escolha desde o início, porque nosso plano para este último dia era ir para a Blue Lagoon, que não fica longe do aeroporto. Além disso, como o voo da minha irmã era às 6h e o nosso era às 11h, um casal ficaria com o carro para devolver no aeroporto, e o outro casal teria que pagar um táxi – e um táxi de Reykjavik custa cerca de U$150 (ui!). Portanto, escolher um hotel perto do aeroporto seria mais conveniente e econômico para todos.

Reservamos dois quartos no Konvin – este hotel fica a 9 minutos de carro do aeroporto e oferece serviço de traslado e café da manhã; dependendo da sua reserva, pode estar incluso ou você tem que pagar separadamente.

Depois de fazer o check-in, eu e Thiago decidimos almoçar, então dirigimos por cerca de 10 minutos até o Kef Restaurant, localizado em Vatnsnesvegur. Eu comi uma salada de steak e Thiago comeu um hambúrguer – mas o destaque foi a sobremesa, um mousse de maracujá com chocolate branco e sorvete. Muito gostosa!

Então, passamos no hotel para pegar minha irmã e meu cunhado e seguimos para a Blue Lagoon, e tenho certeza de que você já ouviu falar desse lugar. É um spa termal localizado em um campo de lava. A lagoa é alimentada pela água de saída de uma usina geotérmica próxima e é conhecida por sua cor azul leitosa, rica em minerais e propriedades terapêuticas. Eles oferecem muitos pacotes – incluindo tratamentos de spa. Escolhemos o básico, que inclui acesso à lagoa, uma bebida e uma máscara facial. A Blue Lagoon está aberta o ano todo e você tem fazer reservas com antecedência. Por favor, não repita o mesmo erro que cometemos: reservamos de última hora (no sábado, meio-dia) e, além da disponibilidade limitada de horários de entrada, pagamos mais caro. Então, não se esqueça de fazer suas reservas!

A experiência na Blue Lagoon foi incrível. A água é tão quentinha e o lugar é maior do que eu esperava. Você recebe uma pulseira que dá acesso a um locker – e os vestiários estão equipados com chuveiros, shampoo, condicionador, toalhas e secadores de cabelo. Há restaurantes sofisticados no spa e também uma cafeteria e uma loja de cosméticos, onde você pode comprar máscaras e outros produtos da Blue Lagoon – spoiler: são caros. Mas eu tenho uma dica: a Blue Lagoon tem uma loja no aeroporto e você pode economizar até 20% devido à política de isenção de impostos, então, deixe pra comprar lá!

 

Quanto custa uma viagem pra Islândia? Nosso orçamento detalhado

Como deve ter dado pra notar, listei os preços já convertidos para Euros ou Dólares porque acho que fica mais fácil ter noção de custos assim. Lembre-se de que a moeda usada na Islândia é a coroa islandesa (ISK) e 1 coroa islandesa (ISK) é aproximadamente 0,008 dólares americanos (USD). Minha irmã trouxe cash (ela trocou euros por krónas na França) e também usamos nossos cartões de crédito – e não tivemos problemas! Eu recomendo ter pelo menos um cartão de crédito – porque, para alguns estacionamentos, o único método de pagamento era o cartão de crédito.

Agora, sendo muito sincera, eu sempre escutei que a Islândia era um país caríssimo e, honestamente, não acho que foi uma viagem tão cara – mas sou suspeita porque moro em Nova York, uma das cidades mais caras do mundo. No entanto, tenho certeza de que uma viagem para Nova York ou Paris custaria mais do que gastamos na Islândia. Uma coisa que eu vi uma menina no Youtube falando e achei muito interessante é o seguinte: por mais que algumas coisas sejam caras – como algumas hospedagens ou restaurantes, a maioria absoluta das atrações é de graça e isso traz um equilíbrio pros gastos. Além disso, essa época que viajamos é uma das melhores nesse quesito – por curiosidade, checamos o preço de uma das hospedagens para agosto e estava o dobro do que pagamos. Então, vale a pena considerar esse fator da época do ano na hora de calcular os gastos.

Isso foi o que gastamos durante 11 dias viajando pela Islândia (em dólares americanos) e em quatro pessoas:

  • Hospedagens – $2,432.70 total – $608.175 por pessoa
  • Voos de NYC – $491.87 por pessoa + $150 para despachar bagagem ($75 por trecho)
  • Aluguel de carro – $712
  • Combustível – $314
  • Supermercado – $320
  • Restaurantes – $243 por pessoa, em média (não coloquei os preços no post, mas todos os restaurantes estão linkados e contam com menu nos sites!)
  • Estacionamentos – $20
  • Blue Lagoon – $104 por pessoa
Em média, foi um gasto de $1800 por pessoa.

E é isso! Abaixo vocês conferem o mapa com tudo marcadinho!

Espero que tenham gostado e que esse post seja útil para o planejamento de uma viagem para a Islândia! É, realmente, um país incrível!


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