A expectativa de conhecer a cidade é alta. Ver as luzes da Times Square de perto, caminhar pelo Central Park tranquilamente, brunch de domingo com muitas delícias americanas, Top of the Rock e aquela vista de tirar o fôlego. São tantos planos, sonhos prestes a se tornarem realidade, seja para aqueles que já conhecem Nova York e querem apresentar a Big Apple aos seus filhos ou para os novatos que anseiam explorar a cidade acompanhados de mini pessoinhas. Uma viagem para Nova York é memorável, em todos os sentidos. Mas e com criança junto? Como fica?
A Laura sempre recebeu pedidos da audiência por mais conteúdo sobre Nova York envolvendo os pequenos – se vocês buscarem na lupa vão encontrar alguns posts, mas os pedidos continuavam. Como mãe, sei das dúvidas e ansiedades e, depois de começar a trabalhar com a Laura, trocando figurinhas e fazendo o planejamento da plataforma de conteúdo, trouxe a ideia de um projeto que trouxesse mais conteúdo desse tipo inicialmente para o blog.
É com muito prazer que apresentamos a vocês o Little Apple, esse novo projeto voltado a famílias que viajam com crianças, através do qual vamos abordar inúmeros tópicos: passeios kid-friendly, opções de alimentação, guia para transporte público acessível, museus para crianças, lojas fora de roteiro, como vestir as crianças no frio extremo, etc. Traremos convidadas experientes que vão nos contar como é estar em Nova York com crianças e como preparar uma viagem à cidade.
Enquanto isso, para este post inaugural, vou contar pra vocês um pouco da minha experiência em Nova York com filhos. Só um pouquinho mesmo, porque todos os tópicos vão ser detalhados nos próximos posts do Little Apple.
Quando conheci Nova York, morei na cidade por poucos meses sem ter filhos. E confesso que a minha atenção nunca se voltou a aspectos que hoje são essenciais para minha família que é composta de: uma mãe polvo, um pai mistura caramujo com caminhão de carga, um bebê aventureiro-destemido-mexe-em-tudo de 10 meses (o Augie) e uma criança que parece que engoliu um rádio, de quase 3 anos (o Benji).
A primeira vez que visitamos a cidade com o bebê Benji, de 4 meses, logo de cara já sentimos um baque (e nos decepcionamos muito em alguns sentidos, como a acessibilidade). O fato é que não nos preparamos, não paramos para pensar que em uma cidade como Nova York nós enfrentaríamos dificuldades por estarmos acompanhados por crianças… e fuééén. Hoje em dia quando visitamos a cidade com os dois guris, a gente já se adianta, ou pelo menos tenta, em alguns aspectos:
- Roteiro: essa palavra não existe mais pra nós quando viajamos com as crianças. A gente mudou ela para planejamento flexível. A gente planeja o que gostaria de fazer nos dias de forma bem realista (evitamos colocar muitas atrações em um dia só), e sabe que pode ser que dê uma dor de barriga num e o outro queira tirar uma soneca. A gente muda frequentemente os planos e segue o baile.
- Sempre saímos com comidinhas e/ou lanche na mochila e também um brinquedo portátil pequeno ou livro porque nunca sabemos o que esperar do dia. Já pensou ficar trancado em um vagão de metrô por meia hora com duas crianças? Tem que ser criativo! A alimentação em Nova York para crianças não é difícil, mas se o seu filho é menos aventureiro no quesito culinária, o melhor é se precaver e não depender de menu kids de restaurantes.
- Sempre lembramos nós mesmos de que o que vier, é lucro, no sentido dos guris conhecerem os lugares. Já me peguei ansiosa querendo levar eles pra “x” parque ou “y” lojinha, sendo que para eles um parque é um parque e ponto (eles vão correr, brincar, pular independente de onde for). Se eu não conseguir levá-los na Lego Store, tudo bem, eles nem sabem que isso estava na programação. A minha ansiedade pega muito e eu tenho que respirar fundo pra relaxar.
- Precisamos falar sobre a Times Square: em algum lugar muito distante do meu cérebro eu achei que o Benji super aproveitaria a Times quando levei ele com um pouco menos de um ano. Achei que ele ficaria embasbacado com as luzes e que, curioso, iria passear tranquilamente com a gente. A verdade foi que ele ficou super incomodado com a barulheira, com aquele trânsito de pessoas, não conseguiu mamar no meu peito em função dos estímulos mil ao redor, estava com sono e não conseguia dormir. Chorou, não curtiu. De início fiquei meio #chati mas passou e pensei que tudo bem, valeu a experiência, mas tive aquele pensamento de “cruzes, nunca mais volto aqui com bebê pequeno, carrinho, mochila e afins”. Calma, calma, da pra ir sim e aproveitar sabendo se planejar!
- Transporte público, o metrô: hoje em dia nós optamos por, sempre que possível, levar o Augie no ErgoBaby (canguru) e o Benji caminhando, mas se a gente decide ficar bastante tempo na rua e temos que levar o carrinho, optamos pelas estações com elevador (sempre lembre de ver se o elevador está funcionando) e muitas vezes isso quer dizer levar mais tempo no metrô ou trocar de estação. Vejam bem, isso é uma escolha que a gente faz porque funciona mais pra nós (pra ser bem sincera, é porque tanto eu quanto o Leo ficamos super ansiosos em ter que carregar o carrinho escada abaixo, escada acima nas estações, com as pessoas atrás de nós, muitas vezes nos apressando ou fazendo cara feia). O nosso carrinho é grande e viajamos com ele porque tem uma espécie de skate para o Benji andar em pé atrás, mas se você for #teamcarrinhoguardachuva pode ser que não seja problema andar com o carrinho à tiracolo pelas estações. A Laura deu a dica no vídeo sobre acessibilidade sobre o aplicativo “my MTA” onde você pode traçar uma rota acessível!
- Acessibilidade em geral: expectativa zero na cidade. Já sei que vou enfrentar em algumas regiões ruas sem rampas nas esquinas ou com calçadas estreitas e ruins de andar de carrinho, estações sem elevador, etc. E tudo bem, a gente encara de boa (às vezes reclama um pouco, mas né?!).
- Central Park: explorar o parque com as crianças é realmente delicioso, né? Se possível, tente evitar os finais de semana (quando fica mais lotado de bikes, patins, todos-os-meios-possíveis-de-locomoção) e reserve o dia todo (ou muitas horas do seu dia) para explorar sem pressa o parque. Caminhe, observe, respire.
- Uma dica pra quem tem bebê ou criança que segue um horário mais fixo de soneca ou que acorda fácil: escolha passear em lugares mais silenciosos nos horários de sono da criança ou até voltar para o hotel/apartamento. Nova York por si só é uma cidade barulhenta e algumas vezes aconteceu de eu criar a expectativa dos guris dormirem no carrinho uma boa de uma soneca e aí que, do nada, vem um caminhão de bombeiro ou carro de polícia a todo volume depois de 1 minuto que as crianças dormiram. Já sabem, né? Criança acordada no susto é dureza.
Vem muito post legal por aí! Fiquem ligados e aproveitem a nova seção do blog!
Até a próxima, pessoal!
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Laura Peruchi é jornalista, autora e empreendedora. Mora em Nova York com seu marido desde 2014, e, desde então, divide em seu blog um conteúdo variado sobre a Big Apple. Com dicas de turismo, compras, restaurantes e muito mais, sua plataforma online tornou-se referência em conteúdo em português para quem está planejando uma viagem a Nova York. Acompanhe Laura também no Instagram, Youtube, Facebook e Spotify.
Adorei! Uma pergunta, a partir de qtos anos paga passagem no metrô e ônibus? Aqui em Toronto meu filho de 8 anos n precisa pagar. Obrigada. 😘
Depende a altura da criança, isso que determina. No vídeo 4 da série de vídeos sobre metro a gente fala sobre isso!