Este post foi originalmente escrito em 2019 e atualizado com mais dicas em 2022.
Se você, assim como eu, assiste a Grey’s Anatomy, a premiada série de TV da ABC que mostra o dia a dia em um hospital, provavelmente já teve vontade de conhecer Seattle, a cidade onde a trama se passa. Confessa, vai? Eu nem estou na temporada atual (comecei a assistir à série não tem dois anos ainda), mas não foram precisas muitas temporadas para me deixarem com vontade de conhecer a cidade. Aí, pintou uma conferência em Boise (Idaho) e, sem voos diretos pra lá, vimos a oportunidade de conhecer Seattle. E, confesso: apesar de ter vontade de conhecer o lugar, eu não criei muitas expectativas – mas, no fim das contas, tudo foi uma grata surpresa. Seattle, no meu ponto de vista, pode ser resumida em uma mistura de San Francisco com Chicago. Uma cidade linda, charmosa, encantadora. Passamos dois dias lá (o que foi pouco, confesso, eu ficaria fácil mais uma noite!) e hoje vou listar o que fizemos por lá.
Voo + estadia
Seattle fica no estado de Washington (não confunda com Washignton DC!), no oeste dos Estados Unidos, ou seja, na direção oposta de Nova York, num fuso de três horas a menos. Um voo pra lá, saindo de Nova York, tem uma duração aproximada de 5h30 – não é muito longo, mas também não é curto. Nós saímos de Nova York numa quarta, às 6h15 da manhã e chegamos lá por volta das 9h30. Fomos embora na sexta, por volta das 15h.
A gente se hospedou no Belltown Inn, que fica no bairro de Belltown, pertinho de Downtown e também de fácil acesso às atrações mais famosas da cidade. Achei a hospedagem cara no geral – mas dá para encontrar quartos pelo Airbnb por preços mais em conta. O hotel era bom, não temos nada a reclamar – conseguimos, inclusive, entrar às 13h, o que foi ótimo. Não servem café da manhã – mas isso já é meio que quase de praxe nos hoteis dos Estados Unidos.
Saída do aeroporto
- Se você vai se hospedar em Belltown ou Downtown, pode ser uma boa alternativa usar o transporte público. O Link Light Rail custa apenas U$2,75 e é uma opção para quem não quer gastar muito. São cerca de 45 minutos até Downtown e você pode ver os detalhes no Google Maps.
- A gente estava cansado e decidiu pedir um Uber mesmo! E é muito importante você saber que no caso dos aplicativos de corridas ou até mesmo de táxis, as partidas acontecem no terceiro andar do estacionamento, conectado com o terminal do aeroporto.
Sei o valor que um blog tem no planejamento de uma viagem e, por isso, não poderia deixar de indicar o blog Mila em Seattle. Foi lá que eu peguei a maioria das dicas do que fazer na cidade. Esse post aqui, com roteiro de 2 a 5 dias, foi meu maior guia!
DIA 1
- Depois de deixar as malas no hotel, fomos almoçar no Dahlia Lounge, recomendação de uma amiga que disse pra irmos lá só por conta da sobremesa. Esse restaurante tem um menu todo mais natural, digamos assim, e eu escolhi uma salada com falafel e Thiago escolheu uma salada com uma sopa de tomate (uma das especialidades da casa). Os preços são, em média, de U$15 a U$20. A tal sobremesa é a Coconut Cream Pie, famosérrima na cidade e simplesmente deliciosa! Sério, só queria um pedaço dela agora. Ah, uma coisa que vale lembrar: se você quiser experiementar a torta pode comprar do lado do restaurante, na Dahlia Bakery.
- O restaurante era a 5 minutos andando do hotel – então, voltamos pro hotel, conseguimos fazer check-in e descansamos! Acordamos às 4 da manhã para pegar o voo para Seattle e estávamos bem cansados e essa cochilada foi necessária e revigorante.
- Devidamente descansados, saímos para explorar a cidade! Nossa primeira parada foi a região Pike Place Market Historical District, que é a redondeza do mercado público, o Pike Place Market. Passamos um bom tempo andando por ali, já que o mercado público é simplesmente enorme e eu não sei vocês, mas eu amo mercados públicos. Frutas, verduras, flores, frutos do mar (muitos!). É na mesma área que está também a Starbucks mais antiga dos EUA (que, pelo visto, sempre tem fila).
- Por ali, passamos na Piroshki Piroshki, padaria russa especializada em piroshki. Não pegamos fila nenhuma. O ruim é que não tem lugar para sentar, mas a atendente nos indicou um café no mercado, o Sound View Cafe. Chegando lá, perguntamos à atendente se tinha problema a gente consumir o que trouxemos da padaria e ela foi muito simpática e disse que não tinha problemas. Pedimos dois cafés, obviamente. Esse Cafe tem uma vista bem privilegiada para a baía.
- Depois de andarmos muito pelo mercado público, caminhamos até o a Westlake Station, para pegar o Monorail (U$2,25 cada ticket). Destino? Space Needle, um dos símbolos da cidade – é um observatório. Compramos os tickets lá na hora (U$32,50 cada), sem filas. A essa altura, já era final do dia, horário que considero perfeito para esse tipo de programa. A experiência no Space Needle é fantástica, desde o elevador, que tem paredes de vidro, até o observatório em si, que tem uma vista de tirar o fôlego da cidade. Tem uma área fechada e uma área aberta – e essa área aberta tem proteção de vidro, que proporciona uma vista panorâmica maravilhosa! Amamos muito! Compre os tickets clicando aqui!
- Porém, nossa experiência em Seattle não seria completa sem apreciar o skyline da cidade! E, para isso, pegamos um Uber Pool e fomos até o Kerry Park, que, pelo que pesquisei, tem uma das vistas mais lindas da cidade. É nada mais que um mirante, digamos assim, que fica num bairro residencial super charmosinho. A vista de lá é simplesmente de tirar o fôlego e, com a luz do fim do dia, estava especialmente maravilhosa. Não esqueça de caminhar até o final da rua e conferir o Parsons Gardens, um jardim pequeno e super charmoso.
- Dali, já era praticamente hora de jantar e, no caminho do Uber para o parque, pedimos dicas de restaurantes para comer frutos do mar para o motorista e para o outro passageiro. Eu simplesmente adoro conselhos de pessoas que moram na cidade! Fomos (de Uber novamente) ao Rock Creek, um restaurante maravilhoso, especializado em peixes e frutos do mar. No menu, há vários pratos pequenos para serem divididos bem como uma variedade de peixes (muitos servidos inteiros). Pedimos as Oysters ‘Brock-a-Fella,’ que são ostras gratinadas, cobertas com bacon (U$17), simplesmente fantásticas! Também pedimos Barbecued Spanish Octopus, polvo delicioso (U$20), e Whole Roasted Grecian Branzino (U$30), peixe assado, servido inteiro. Além disso, o pão da casa, com manteiga temperada, é sensacional. Foi uma experiência maravilhosa!
DIA 2
- Começamos o dia com um café da manhã reforçado no Biscuit Bitch Belltown, que ficava literalmente do lado de nosso hotel. Esse lugar é especializado em Biscuit, que é um tipo de pão aerado, com uma textura diferente. Eles servem Biscuit variados – eu pedi um com bacon e cheddar e Thiago pediu um com linguiça e ovos. O preço fica entre U$7 e U$12. Pela fila no lugar, deu pra perceber que é bem popular. Ah, e eles têm mais outros dois endereços na cidade.
- Dali, fomos caminhando até a Seattle Public Library, cujo prédio tem uma arquitetura fantástica! Também entramos na biblioteca para dar uma conferida.
- Saímos da biblioteca em direção ao Waterfront, que eu explicaria como um pier. É super charmosinho, com restaurantes com vista para a baía e lojas. É onde fica a roda-gigante. Sentamos ali pela área e ficamos observando a baía – e o icônico ferry que sempre aparece em Grey’s Anatomy, que sai dessa área.
- A ideia, depois disso, era ir até o Lake Union Park, parque com vista para o Lake Union. Para isso, alugamos uma bicicleta Lime. Esse sistema de bicicletas é diferente do CitiBike – não tem estações fixas, você pode deixar a bicicleta onde quiser. A liberação é feita pelo aplicativo e elas são elétricas, o que facilita muito! A gente amou a experiência. Quando chegamos ao parque, infelizmente começou a chover (e eu também tinha que resolver umas coisas de trabalho). Então, esperamos a chuva passar no Flatstick Pub, pub com jogos, muita cerveja e pizza!
- Confesso que perdemos bastante tempo esse dia por conta da chuva e também porque, depois que o tempo melhorou, ficamos procurando bicicletas Lime e todas que encontrávamos estavam com problemas. Já era bem fim do dia e decidimos almoçar/jantar e, como estávamos em Seattle, queríamos mais frutos do mar. Fizemos uma longa caminhada até o Taylor Shellfish Oyster Bar, que fica pertinho do Space Needle (deu pra ver que fomos bem #vidaloka e não planejamos muita coisa, né?). Esse foi, sem dúvidas, o melhor restaurante da viagem. Sentamos no bar, o que nos proporcionou uma experiência diferenciada, porque vimos o show da cozinha acontecendo na nossa frente. Pedimos ostras, clam showder (sopa cremosa famosérrima), mexilhões e pimentas shishito. Aqui, os preços variam entre U$10 e U$20. Faça um favor a você mesmo e vá nesse restaurante quando estiver em Seattle!
- Dali, pegamos um Uber e voltamos ao Waterfront, para pegar um ferry (Water Taxi) para West Seattle. A ideia era ver a cidade da água e também de Aiki Beach. Bem, os planos não saíram como imaginávamos, porque chegamos depois do último ferry. Cheque os horários no site.
- Apesar disso, não desistimos de ir até Aiki Beach e pedimos um Uber até lá. Ali, pegamos uma bicicleta e pedalamos até a outra ponta, Luna Park, para apreciar o skyline de Seattle. Era perto do horário do pôr do sol, então, foi um presente e tanto admirar a vista da cidade. Vai ser, provavelmente, uma das lembranças mais lindas que terei da cidade! É mágico. Ah, e em Aiki Beach também tem uma Estátua da Liberdade.
DIA 3
- Nosso último dia em Seattle começou com organização das malas e um café da manhã delicioso na Macrina Bakery, bem pertinho do nosso hotel. Esse café/padaria tem várias opções doces e salgadas e os preços são ótimos. Amamos!
- Antes de ir para o aeroporto, tínhamos tempo para mais uma programação na cidade e o Thiago estava doido para ir ao Museum of Flight. É o maior museu aéreo e espacial independente e sem fins lucrativos do mundo. Conta com mais de 175 aeronaves e naves espaciais, dezenas de milhares de artefatos, milhões de fotografias raras, dezenas de exposições e experiências e uma biblioteca de classe mundial. O ingresso custa U$25. Fomos de Uber até lá e ele fica pertinho do aeroporto, então, eu recomendo fazer esse programa na sua chegada ou no seu retorno, por questões de logística. O museu é incrível!
Mais dicas de Seattle
Em julho de 2022, voltamos a Seattle para uma estadia de 3 dias, pois tínhamos um casamento. Acabamos fazendo muitas coisas legais e quero dividir com vocês!
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Uma publicação compartilhada por Laura Peruchi | NYC Blogger (@laura_peruchi)
Hospedagem
Desta vez, ficamos no Hotel Max e adoramos! A localização é ótima, os arredores são tranquilos, o quarto era muito confortável e espaçoso. Curtimos muito mais esse hotel do que o que ficamos quando fomos à cidade pela primeira vez.
Cafés e restaurantes
Basicamente, nós aproveitamos a estadia para explorar sem rumo e… comer! É uma das coisas que eu e Thiago mais amamos fazer quando viajamos e dessa vez comemos muito bem. Aí vão as minhas recomendações:
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Mr. West Cafe Bar – como o nosso hotel não tinha café da manhã, precisávamos sair para essa refeição – e olha, Seattle tem MUITOS cafés viu? Talvez tenha mais cafés por metros quadrados do que em Nova York. Esse aqui ficava bem pertinho do hotel e gostamos tanto que acabamos voltando outro dia. Tudo é extremamente bem feito – e o destaque fica por conta da avocado toast, com pão de fermentação natural e muito, mas muito avocado!
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Elliott’s Oyster House – é um clássico de Seattle e fica no Pier 56, a uma distância curta do Pine Market. Uma ótima escolha para quem curte frutos do mar – pedimos ostras e preciso dizer, as ostras que comi em Seattle foram as melhores que já comi na vida! São muito frescas e cheias de sabor. Além disso, eu pedi um risoto de frutos do mar e foi o melhor risoto de frutos do mar que já comi até hoje. Tudo muito delicioso, atendimento ótimo, drinks deliciosos! Sem contar que tem uma vista linda.
Rione XIII – ficamos com vontade de comer pizza e fomos a esse restaurante e que grata surpresa. Uma pizza diferente de todas que já provamos, com uma massa bem fininha. Pedimos a de funghi com alho e olha, a quantidade de alho não decepcionou hehe. Pelo que percebemos no caminho de Uber até lá a região é bem alternativa e cheia de bares e restaurantes.
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Optimism Brewing Company – amo cervejarias! Essa é enorme, tem área fechada e aberta e uma ampla variedade de cervejas – que são produzidas ali mesmo. Só lembre-se que o menu só tem cervejas mesmo, nada de comida.
Old Stove Brewing – provavelmente um dos lugares que mais amei conhecer! É uma cervejaria com vista para a baía, com uma vibe delícia – fomos no fim do dia para ver o pôr do sol e foi tão legal! Além da variedade de cervejas, o menu de comida é super completo – o burger e o fish & chips são as minhas dicas, estavam impecáveis!
Salt & Straw – queria tomar um bom sorvete e lá no Pine Market eu pedi dicas para um barista e ele me recomendou esse local – que depois acabou sendo recomendado por muitas seguidoras. Gente, que sorvete maravilhoso! Eles têm uns sabores inusitados, sabe? Nossa, eu amei demais!
Gostaram das minhas dicas? Amamos Seattle! Valeu muito a pena ter passado esse tempinho por lá!
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Laura Peruchi é jornalista, autora e empreendedora. Mora em Nova York com seu marido desde 2014, e, desde então, divide em seu blog um conteúdo variado sobre a Big Apple. Com dicas de turismo, compras, restaurantes e muito mais, sua plataforma online tornou-se referência em conteúdo em português para quem está planejando uma viagem a Nova York. Acompanhe Laura também no Instagram, Youtube, Facebook e Spotify.
Oi, Laura! Que post lindo! Fico feliz que você adorou Seattle e curtiu meu roteiro. 🙂 Muito obrigada pela indicação. Super beijo.