A Itália sempre esteve na minha lista de destinos de viagem e acho que demorou pra gente começar a explorar esse país. A minha irmã, que mora em Paris, estava com uma viagem programada pra Croácia neste verão e nos convidou para encontrá-los por lá. Porém, decidimos aproveitar a viagem para inserir outro destino e a escolha não poderia deixar de ser a Itália. Ficamos 4 dias em Roma – teve um dia extra antes de voltarmos mas eu nem conto porque ele foi de pura preguiça – e, neste post, vou listar tudo que fizemos – e comemos – na capital italiana entre os dias 25 e 28 de agosto.
- Todos os preços estão em euros!
Hospedagem em Roma
Ficamos em duas hospedagens diferentes – a principal foi a Tourist B&B, pertinho do Coliseu. Passamos 4 noites lá e eu recomendo. Eu poderia traduzir como uma pensão – é um andar num prédio comum, e conta com 5 ou 6 quartos individuais, com banheiros individuais. O prédio tem elevador. Tudo é muito simples, bem equipado e limpo. Nosso quarto tinha muita luz natural, ar condicionado, frigobar, secador de cabelo, mesinha… Era muito silencioso. Você só precisa se atentar ao horário de check-in e informá-los, pois a equipe está lá somente das 10h às 14h. O Tourtist B&B fica bem pertinho do Coliseu e tem muitos cafés e restaurantes pertinho, além de uma estação de metrô. Nossa diária tinha um café da manhã – mas por café da manhã leia-se café e croissants à vontade na recepção.
A outra hospedagem onde ficamos foi o Hotel Labelle. Mesmo estilo do Tourtist B&B, um andar em um prédio comum, e mesma localização. Mas, eu não gostei e não ficaria lá de novo. Foram apenas duas noites mas eu achei que a gente escutava muito barulho dos corredores e tudo era velho – ar condicionado, secador de cabelo, porta de plástico no banheiro… também achei nosso quarto escuro.
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Clima em Roma
Eu já sabia que o verão na Europa pode castigar. Mas, honestamente, eu achava que o fim de agosto já seria ameno. Que tolice a minha pensar assim. Sim, pegamos dias lindos – mas super quentes. O sol parecia estar beijando o meu pescoço. Não havia muita brisa para refrescar. Não era agradável andar na rua em determinados momentos – mas, é aquela coisa né? Com poucos dias na cidade, não dá pra se dar ao luxo de desperdiçar tempo. Além disso, ar condicionado não é algo utilizado na Europa como é nos EUA… então, algumas vezes tive que lidar com queda de pressão, porque a sensaço de abafamento era real. Então, foi isso, “suamos as bicas” nesses quatro dias em Roma e eu jurei pra mim mesma que nunca mais volto pra Europa – para fazer turismo urbano – no verão (julho e agosto).
- Falando em calor, saiba que há muitas fontes de água pela cidade para reabastecer sua garrafa. Aliás, sei que pode parecer uma besteira, mas a água de Roma é a melhor que já tomei em toda a minha vida haha.
O que vestir em Roma no verão
Eu fiz algo que considerava impossível há alguns anos atrás – viajei apenas com mala de mão. Achei muito tranquilo e escrevi um post a respeito desse tema inclusive e você pode conferir aqui. A gente precisa de muito menos do que imaginamos – sem contar que hoje em dia é muito fácil contar com serviços de lavanderia pelo mundo.
- O que levar: eu levei vestido, saia, shorts, calças e tops. Prefira tecidos como linho e algodão, são ótimos para o verão. Também levei um tênis branco – combina com tudo! – e uma sandália da Birkenstock, que é, provavelmente, a sandália mais confortável que existe! Sério. Caminhei mais de 10km com ela – e quando falei a respeito nos stories recebi várias mensagens de outras meninas que são fãs! Então fica a dica.
- Mochila – além da mala de mão – também viajei com uma mochila super prática – está linkada abaixo – que se encaixa perfeitamente embaixo do banco da frente no avião e foi o meu “item pessoal”. Ela tem diversos bolsos e dá pra levar muita coisa!
- Como viajar com mala de mão e mochila no verão!
Transporte em Roma
- Roma é uma cidade para ser explorada a pé, pois cada cantinho da cidade reserva uma surpresa. E achei as distâncias ok nas áreas turísticas. Então, a minha dica é preparar as pernas e trazer calçados confortáveis, porque você vai andar e muito!
- Há metrô – mas ele não cobre a cidade toda. Porém, dependendo de onde você ficar hospedado, pode servir bem – principalmente se você for visitar o Vaticano.
- O Uber é um pouco limitado – só existe o Uber Black – mas você pode pedir táxi pelo mesmo aplicativo. Nós usamos o Uber para ida/volta do aeroporto – recomendo pedir táxi, porque para pegar o Uber no aeroporto você tem que sair da área de desembarque. Sei que tem um trem também que faz o trajeto do aeroporto para a cidade.
- E, por fim, a cidade está cheia de patinetes elétricos e bicicletas elétricas – que são uma maneira bem gostosa de explorar a cidade, principalmente no calor. Os serviços disponíveis são da Lime e Bird, que contam com apps próprios.
Internet em Roma
Meu plano nos EUA inclui roaming internacional – mas se você precisa de um chip para celular recomendo a Airalo, que trabalha com eSIM, que é um SIM que já vem dentro do smartphone. É uma tecnologia nova e a maioria dos iPhones e celulares produzidos nos últimos três anos conta com esse eSIM. Tudo que você precisa fazer é “alimentar” esse eSIM com um pacote de dados que você compra através da Airalo. Quer saber se o seu smartphone tem eSIM? Clique aqui.
Tudo é feito online pelo aplicativo da Airalo e é uma forma muito mais rápida e prática de garantir planos de internet ao viajar! Acho essa opção super conveniente – sem contar que há planos disponíveis para diversos países. Tem planos de 3GB para a Itália por U$7!
Roteiro em Roma
Antes de começar a compartilhar meu roteiro, queria deixar claro que meu estilo de viajar é muito “tranquilo”- digo isso no sentido de que eu não fiz um roteiro minimamente planejado do que fazer em Roma falando em coisas turísticas. A minha maior preocupação quando viajo é escolher bons restaurantes – e vocês vão ver no meu mapa ao final do post que eu falo sério. Aliás, todas as recomendações de restaurantes em Roma vieram de um romano – amigo de uma amiga de uma amiga hehe – e de um curso de massas que uma amiga fez em Roma e ao final eles compartilharam dicas.
Dia 1
Nós fizemos um voo “noturno” – quer dizer, saímos dos EUA fim do dia, mas pousamos em Roma por volta das 7h da manhã – e o vôo durou pouco mais de 7 horas. Roma está 6h na frente do horário de NYC, então a gente praticamente pulou a noite, e olha, eu sou uma pessoa que não funciona com sono. Pegamos um Uber até o nosso hotel – são cerca de 40 minutos do aeroporto até a região do Coliseu e custou €60. Nosso quarto ainda não estava pronto, então fomos tomar um café no Ciardi Bar & Restaurant, bem pertinho do hotel. Pegamos capuccino – e aí eu vi porque todo mundo fala do café da Itália, muito bom! – croissant, sanduíche e outro doce lá que não me lembro o nome. Adoramos esse café! Tem pizza, sanduíches, tudo delicioso e fresquinho. Não lembro o quanto pagamos, mas não era caro.
Como eu falei, não sou uma pessoa que funciona bem com sono, então, após esse café, conseguimos fazer check-in e descansamos por umas 3 horas. Depois disso, com um pouco mais de dignidade, saímos pra explorar Roma. Escolhemos um restaurante pra almoçar e decidimos ir caminhando pra já ir conhecendo a cidade. No caminho, passamos pela Plaza Venezia, que é um espetáculo de lindeza. Seguimos a caminhada até a Osteria Fortunata – gastamos um total de €70 com uma entrada (salada capresi), um ravioli, uma massa caccio e pepe, um drink Aperol Spritz e um vinho. Não foi o restaurante mais barato da viagem. O ravióli estava muito gostoso, mas o caccio e pepe, na opinião do Thiago, estava ok.
Dali, seguimos para a Frigidarium, para tomar nosso primeiro – de muitos – gelatos. Os gelatos custam a partir de €2,60 e na minha primeira lambida eu entendi porque a Itália tem essa fama tão boa quando se trata de sorvete. Na parte gastronômica, foi o que mais me surpreendeu.
Depois, caminhamos até a Ponte Sant’Angelo – já era fim de tarde e a luz estava simplesmente espetacular, uma lindeza. Do outro lado do rio fica o Castelo Sant’Angelo e se você caminhar para o lado oeste você consegue avistar a Basília de San Pedro – Vaticano – de longe. Uma vista fantástica.
Na volta, ainda paramos na famosíssima Fontana di Trevi – e olha, eu havia sido avisada que o lugar era lotado, mas a lotação superou a minha expectativa. O lugar é realmente lindíssimo, mas confesso que a lotação acaba tirando um pouco a graça.
Dia 2
Depois de uma noite de sono (mas tentando acostumar o corpo com o fuso horário), saímos de manhã para explorar a cidade. Começamos tomando café da manhã no La Licata Cafe. Tudo estava bom, mas honestamente não foi uma boa escolha, pois o menu era bem americanizado – leia-se ovos e avocado toast. Dali, resolvemos ir a pé até o bairro Trastevere, que foi muito bem recomendado por muita gente – tem muito restaurante bom por lá e as ruas são charmosas. Por lá, comemos um Arancini no Suppli Roma por €2 – tem essas “comidas de rua” de Roma e vale a pena provar, estava uma delícia. Acabamos sentando ali perto em outro restaurante e pedimos uma cerveja para depois caminhar até uma pizzaria de nossa lista e descobrir que ela estava fechada. Aliás, outro “defeito” dessa época em Roma é que muitos estabelecimentos fecham! Então, perdemos a oportunidade de ir em vários restaurantes que estavam em nossa lista.
Queríamos comer pizza e acabamos indo no Farina. Não decepcionou! Pizzas deliciosas que custam de €7 a €9 – gastamos um total de €23 com uma cerveja e uma entradinha. Dali, claro, fomos tomar mais um gelatto, porque não dá pra desperdiçar a oportunidade, ainda mais no calor. Nossa escolha foi o Otaleg.
Dali, decidimos pegar um Uber até o hotel – onde fizemos um pit stop bem rápido antes de seguir pra próxima parada: Coliseu. Decidimos compart ingressos para ir no fim do dia e foi uma decisão super acertada, porque ainda que estivesse quente, estava bem mais agradável do que o sol da manhã. O Coliseu é incrível por dentro e por fora. Surreal, eu diria. Lembrei muito do filme Gladiador. Vale lembrar que os ingressos pro Coliseu dão acesso ao Fórum Romano, o centro da cidade antiga; e ao Monte Palatino, onde os antigos imperadores moravam. Eu amei tanto esse lugar! É gigante! Não deixe de subir num dos mirantes para ter uma visão maior de todo o lugar e ficar ainda mais de queixo caído!
Naquela noite, depois dos passeios, fomos jantar na Trattoria Al Tetarello (esse nós pesquisamos no Google, era pertinho do hotel) e nós amamos! Eu pedi uma carne com molho gorgonzola mas a estrela da noite foi o risoto que o Thiago pediu. Custou apenas €9, uma porção super generosa e estava espetacular! Eu não lembro a descrição certinha, mas levava lagosta como ingrediente. Sensacional!
Dia 3
Desta vez, fomos tomar café na Casa Manfredi, um café super gracinha que fica pertinho do Circo Massimo – que nós só vimos por fora, mas eu achei simplesmente imponente e incrível. Na Casa Manfredi, pedimos capuccino, obviamente, além de dois sanduíches e dois croissants e 1 água e gastamos €23. Esses sanduíches eram feitos com massa de croissant e estavam simplesmente fantásticos. Casa Manfredi também tem muitos doces e tudo mais.
Neste dia, evitamos ficar na rua no pico do calor e então, depois do café, voltamos ao hotel, até porque eu tive uma queda de pressão com o abafamento. Descansamos e mais tarde pegamos o metrô para ir para a região do Vaticano, que era nossa principal atividade do dia. Almoçamos num restaurante que o Thiago pesquisou no Google, chamado Pescaria. Como o nome sugere, o foco são os frutos do mar – mas o restaurante é bem informal, você faz o pedido no balcão e depois eles trazem na mesa. Eu errei feio nas minhas escolhas – pedi ostras, que não achei boas, e também um atum selado, por confiar demais no meu entendimento de italiano ao ler o menu haha. Mas a escolha do Thiago foi o sanduíche – com polvo – e pelo que percebi tal sanduíche é uma das especialidades da casa. Estava bem gostoso!
Dali, caminhamos até a Gelateria La Romana para, claro, tomar mais um gelatto. E dali fomos até o Vaticano, pois tínhamos tickets para o Museu do Vaticano. Lembram que falei no começo da descrição do roteiro que eu não sou a pessoa com uma lista cheia de lugares pra visitar? Em Roma, um dos poucos locais que eu fazia questão de conhecer era a Capela Sistina, que foi pintada por Michelangelo. Ela fica no Vaticano e pode ser visitada por meio do ingresso para o Museu do Vaticano. O museu é gigantesco – tem uma infinidade de telas, esculturas, tapetes – um tanto quanto exagero e que pra mim soa até meio hipócrita sendo uma instituição religiosa. Mas, críticas à parte, é muito bonito. A Capela Sistina é praticamente a última coisa que você vê no museu – e prepare as pernas, porque, como eu falei, ele é gigantesco.
- Não esqueça que o dress code lá dentro do museu exige que o comprimento de saias e vestidos seja acima do joelho, pelo menos, e os ombros precisam estar cobertos.
Dali, saímos do museu e demos a volta para visitar a praça de São Pedro e visitar a Basílica que, infelizmente, estava fechada. Uma pena, porque eu também queria muito ter visto o lugar por dentro. A ideia, depois desse passeio, era irmos na L’Osteria di Birra del Borgo, que tem pizzas e cervejas – mas, infelizmente, o local estava fechado. Também tentamos ir na Terrazza Les Étoiles Roma, mas não havia disponibilidade. Acabamos jantando num restaurante chamado Ginny que foi uma grata surpresa – um ambiente moderninho e uma comida italiana contemporânea, tudo fresco e delicioso!
Dia 4
Neste dia, demos um certo descanso para nossas pernas, já que decidimos alugar patinetes e bicicletas para passear na cidade e foi uma decisão super acertada. Começamos o dia com um café da manhã no Trecaffè – foram dois capuccinos, um sanduíche, uma água e uma fatia de bolo por €16. Tudo gostoso e fresquinho. Dali, passamos pelo Pantheon, novo na Fontana di Trevi – para ver o local na luz do dia, spoiler: estava lotado – e aproveitei para seguir a dica de uma seguidora e passar no Pompi, um lugar especializado em Tiramissu. Não sou fanática por Tiramissu, acho gostoso, mas passo bem sem hahaha, mas estava bem gostoso, eles contam com Tiramissu clássico e também de outros sabores – pegamos de pistachio. Custa €5 cada e a porção é generosa.
Alugamos uma bicicleta e pedalamos até Villa Borghese, o que apelidei carinhosamente de “Central Park” de Roma. E, novamente, a decisão de ter alugado bicicleta não poderia ter sido melhor. Conseguimos ter uma bela visão do parque, porque pedalamos por tudo lá dentro – e eu me cansei só de me imaginar caminhando por lá, seria cansativo demais, porque o parque é gigante e estava muito calor. Um dos destaques fica por conta da Terrazza Viale del Belvedere, que tem uma vista linda pra cidade, eu amei!
Depois de explorar bem o parque, procuramos um restaurante para almoçar. Thiago estava a fim de massa, e comemos no Antica Trattoria al Gallinaccio. Eu pedi uma massa Amatriciana e ele pegou um Carbonara – provavelmente a massa preferida dele em Roma. Os preços estavam na média de €13. Depois disso, voltamos pro hotel para arrumar nossas coisas pois tínhamos um voo para a Croácia no dia seguinte. A gente se despediu de Roma com um drink no Rooftop Spritzeria Monti, que fica pertinho do nosso hotel. Uma gracinha!
- Espero que tenham gostado deste post e das minhas dicas de Roma!
- No mapa abaixo, vocês encontram todos os locais citados neste post – além de tudo que estava na minha lista!
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Laura Peruchi é jornalista, autora e empreendedora. Mora em Nova York com seu marido desde 2014, e, desde então, divide em seu blog um conteúdo variado sobre a Big Apple. Com dicas de turismo, compras, restaurantes e muito mais, sua plataforma online tornou-se referência em conteúdo em português para quem está planejando uma viagem a Nova York. Acompanhe Laura também no Instagram, Youtube, Facebook e Spotify.