Semana passada, publiquei aqui no blog um post contando mais sobre a nossa roadtrip pela Highway 1. Fizemos o trajeto saindo de San Francisco até Los Angeles e hoje vou dividir com vocês o que fizemos por lá. Para vocês entenderem, nós tinhamos 11 dias e dividimos a viagem em três partes: quatro dias em San Francisco, onde temos amigos, dois dias fazendo a Highway 1, três dias em Los Angeles e dois dias em Las Vegas. Fazia tempo que eu queria conhecer Los Angeles – a popularidade do destino entre os viajantes só aumentava minha curiosidade.
Como contei no post da Highway 1, nós alugamos o carro em San Francisco e escolhemos devolvê-lo no aeroporto de Los Angeles. Sabíamos que era melhor explorar a cidade de carro, então, optamos por ficar com um durante a estadia, pois achamos que seria melhor do que depender de Uber. Eu vi que a cidade tem sistema de metrô e também de ônibus e confesso que fiquei curiosa para saber o quão efetivo é esse sistema para o caso de um turista. Nós chegamos em Los Angeles numa terça-feira, por volta das 20h30. Fomos direto ao nosso hotel Ramada Plaza by Wyndham West Hollywood Hotel & Suites. O hotel fica em West Hollywood, tem estacionamento anexo (hóspedes pagam U$35 por dia) e não tem café da manhã. O nosso quarto era muito grande – contava com uma mini cozinha, com pia, cafeteira, frigobar e microondas. Havia também TV, ar condicionado e secador de cabelos. Na avenida onde ele está localizado, há várias opções de restaurantes e até uma unidade do supermercado Trader Joe’s. É uma região, eu diria, “normal”.
Começamos nosso roteiro na quarta-feira, pela manhã. A ideia era passar o dia nas praias – Santa Monica e Venice. Fomos tomar um café da manhã/brunch no Blue Daisy Cafe ( 609 Broadway). O restaurante é uma delícia – tem um menu bem completo com opções de pratos à base de ovos, panquecas, torradas, etc. Dali, fomos para a Third Street Promenade – é um calçadão que reúne lojas famosas como Zara, Topshop e Forever 21, além de restaurantes. É uma rua que os carros não circulam, então, é muito tranquilo caminhar por ali, sem contar que o cenário é bem fofo. Tivemos que abortar a missão praias, já que havia uma neblina forte por lá – mal dava para avistar o mar – e eu queria muito conferir as duas praias com sol. Assim, voltamos para Los Angeles e fomos passear por Beverly Hills. Claro que fomos conferir o Beverly Hills Sign (9390 N Santa Monica Blvd) que fica no Beverly Gardens Park. Estacionamos o carro por ali e fomos caminhar pela Rodeo Drive, uma avenida super charmosa, cheia de lojas de grifes de luxo, como Chanel. Independente de você ter ou não grana para comprar ali, é bacana caminhar, pois é bonito mesmo.
De Beverly Hills, partimos para Hollywood, conhecer a famigerada calçada da fame. E aí, se eu puder dar um conselho, seria: não vá. Eu já sabia que a calçada da fama não tinha nada demais, que a região não era tão bacana. Mas conseguiu ser ainda pior do que eu esperava, hahaha. A calçada fica numa rua cheia de lojas, zero glamour. É ali que está o Dolby Theater, o teatro onde ocorre a premiação do Oscar – dá para fazer um tour também para conhecer os bastidores. Custa U$25 por pessoa e pode ser agendado aqui. Ao lado do Dolby Theater está o Teatro Chinês. É considerado um dos cinemas mais famosos de Los Angeles na Era de Ouro de Hollywood, já que muitos filmes tiveram suas estreias ali. Essa área dos dois teatros é bem muvucada. Muitos vendedores e artistas de rua.
Depois do passeio um tanto frustrante por Hollywood, voltamos ao hotel para descansar um pouco. A ideia era dar um tempo e sair no fim do dia para conferir o pôr do sol do Griffith Observatory. Eu adoro ver cidades de cima, e seria uma ótima oportunidade para isso e para apreciar o fim do dia e ainda avistar o Hollywood Sign. Infelizmente, nossos planos foram por água abaixo, já que todo mundo teve a mesma ideia e não havia lugar para estacionar. Quem quiser fazer isso, eu sugiro pedir um Uber ou deixar o carro no estacionamento que tem antes da subida e então pegar um ônibus que sobe até o observatório.
Terminamos o dia jantando no The Stinking Rose (55 N La Cienega Blvd), escolha do Thiago. Esse restaurante também conta com uma unidade em San Francisco e, basicamente, todos os pratos contam com tempero de alho. O lugar tem uma decoração bem duvidosa. De aperitivo, pedimos o Bagna Calda (U$9), feito com alhos assados embebidos em manteiga e azeite de oliva. O alho vira praticamente uma pasta para passar no pão. É bem gostoso. De prato principal, pedimos uma carne e dividimos, veio com purê de batatas e vegetais. E Thiago ainda quis pedir o sorvete de alho de sobremesa, para experimentar – algo que eu sugiro fortemente que vocês não façam.
O segundo dia começou com um café da manhã reforçado no Kitchen 24 (4120, 8575 Santa Monica Blvd), restaurante 24 horas que fica anexado ao hotel onde estávamos hospedados. É uma espécie de diner, com decoração toda rosa, bem fofo! Pedimos um sanduíche de bacon e tomate, french toast, dois bolinhos de milho e café e dividimos tudo. Gastamos menos de U$30 com tudo isso e a comida estava deliciosa! Dali, partimos para a missão do dia: Hollywood Sign! Depois da tentativa frustrada de subir no Griffith Observatory, Thiago pesquisou a respeito e encontrou uma dica de ouro, que ensinava como chegar num local onde se consegue uma vista bem próxima da placa.
A placa de Hollywood está num morro que fica no bairro de Beachwood Canyon e os moradores do bairro cansaram dos turistas que iam até lá para fazer fotos e convenceram Google Maps e o Wase a confundir as pessoas. Quando você digita Hollywood Sign no Maps, o resultado é o Griffith Observatory. Mas a vista de lá não chega nem perto da vista privilegiada de Beachwood Canyon. Para chegar até lá, você deve colocar no Maps: Lake Hollywood Park. Chegando lá, você estaciona o carro e já vai avistar a placa. Você vai ver muitas pessoas fazendo fotos por ali e dá para ficar ainda melhor – só que isso exige uma caminhada de 15 a 20 minutos. Por isso, esteja preparado: aplique filtro solar, leve uma garrafa de água e use um chapéu ou boné. Você precisará caminhar até o ponto que marquei no mapa, no final do post. Essa experiência foi bem bacana! Adorei ver essa placa tão icônica, que a gente vê tantas vezes pela televisão… era uma das poucas coisas que eu fazia questão de ver em Los Angeles e posso dizer que foi uma missão concluída com sucesso!
Depois dessa aventura, fomos até o Farmers Market (6333 W 3rd St), um mercado público que existe desde os anos 30. Esse mercado conta com várias opções para comer, doces e salgadas, além de produtos a granel, como castanhas, carnes e frutas. Não estávamos com muita fome, então pegamos um prato com falafel e hummus e estava muito gostoso. O mercado tem várias mesas para sentar, enfim, é bem gostoso! Coladinho no Farmers Market está o The Grove, um shopping aberto super fofo, com lojas fast fashion e outras de luxo, além de restaurantes e cinema. É uma delícia também caminhar por ali.
Saímos do Farmers Market e do The Grove e fomos até a Melrose Avenue, pois havia lido que era um lugar bacana para quem curte street arts. Passamos pela parede rosa da loja de Paul Smith e ainda caminhamos mais 10 minutos até a loja House of CB, que eu sabia que tinha um mural legal também. Porém, não recomendo esse passeio com o intuito de apreciar street arts. Nesses 10 minutos caminhando, encontrei apenas um outro mural. Honestamente, achei que seria uma avenida repleta de murais, e não é assim. A Melrose Avenue conta com várias lojas de de designers, como Rebeka Minkoff, Vivianne Westwood e até mesmo uma loja da Glossier. Se a sua ideia é conferir essas lojas, até vale. Do contrário, não vá lá apenas pelas street arts não.
Como esse era nosso último dia completo em Los Angeles – nosso voo era no dia seguinte, às 19h – não tivemos escolha e fomos para Santa Monica, mesmo sabendo que havia neblina. Pesquisei a respeito e descobri que quando faz muito calor na cidade, surge neblina nas praias. Aliás, vale destacar: fez muito calor enquanto estávamos em Los Angeles. Uma parte da Califórnia estava em alerta por conta de uma onda de calor excessivo. Chegando em Santa Monica, alugamos uma bicicleta daquelas duplas e pedalamos pela orla. A estrutura da praia é bem bacana. Além do parque de diversões no pier, há bastante plaugrounds, balanços e estruturas para exercícios. A gente pedalou por uns 15 minutos e chegamos em Venice Beach. Venice tem uma vibe bem diferente de Santa Monica: muitos skatistas, um cheirinho de maconha (hehehe), é bem roots, mas é bem bacana para conhecer!
Voltamos para o hotel, tomamos um banho e fomos jantar num restaurante asiático, RockStar, recomendação de uma seguidora. Esse restaurante fica anexado ao Westfield Mall, um shopping enorme. O restaurante é maravilhoso, desde a decoração à comida e atendimento também! Pedimos duas entradas – samosas e pork buns – e dois pratos – um curry e outro com carne de porco frita, além de drinks. Tudo estava muito delicioso, comemos muito! O preço dos pratos eu achei ótimo, começam em U$12 (entradas são mais baratas).
Na sexta-feira, nosso último dia em Los Angeles, ainda fizemos bastante coisas. Acordamos tarde, arrumamos as malas e fizemos o check-out. Fomos tomar um café/brunch num restaurante chamado The Butcher, The Baker, The Cappuccino Maker, que fica na Sunset Blvd, uma avenida que também é ótima para passear. O restaurante é uma gracinha – nós esperamos 20 minutos por uma mesa. De lá, dirigimos até Downtown Los Angeles e é incrível como a cidade muda de cenário, com prédios altos e modernos. O Thiago queria muito ver – por fora – o Walt Disney Concert Hall, que tem uma arquitetura incrível. É uma casa de shows e espetáculos e você pode conferir o calendário aqui. Dali, dirigimos até Marina Del Rey – uma marina, hehe – que fica perto do aeroporto. Como depois já iríamos devolver o carro e pegar nosso próximo voo, fazia sentido estar num lugar perto. É um lugar lindo e super tranquilo – tem até uma “prainha”, super calma, onde muita gente praticava standing paddle board. Nós fomos no Killer Shrimp e pedimos uma porção do prato da casa, o Killer Shrimp, além de drink e cerveja, que estavam com preço promocional de happy hour.
Devolvemos nosso carro na Hertz, perto do aeroporto. Processo rápido, sem burocracia – e eles ainda contam com ônibus gratuito que te leva ao aeroporto.
Esse foi o nosso roteiro em Los Angeles! Como podem perceber foi bem básico – já que não fomos para a Disney e nem para outros parques famosos da cidade. No geral, não amei Los Angeles – acho que eu estava com as expectativas muito altas e esperava mais da cidade!
Agradecimentos especiais à minha amiga Analuisa, que fez um roteiro especial pra nós em Los Angeles!
Dicas finais:
- No geral, não tivemos dificuldades com estacionamento na cidade. Ou deixávamos na rua, no sistema de parquímetro, ou nos estacionamentos fechados.
- Sim, o trânsito de Los Angeles é chatinho. Esteja preparado. Não é o caos, mas ele existe sim.
- Usamos o Google Maps para tudo. Ele sempre informava as rotas mais rápidas – inclusive calculando baseado em como estava o trânsito.
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Laura Peruchi é jornalista, autora e empreendedora. Mora em Nova York com seu marido desde 2014, e, desde então, divide em seu blog um conteúdo variado sobre a Big Apple. Com dicas de turismo, compras, restaurantes e muito mais, sua plataforma online tornou-se referência em conteúdo em português para quem está planejando uma viagem a Nova York. Acompanhe Laura também no Instagram, Youtube, Facebook e Spotify.