Natal, nostalgia, balanço geral e uma pausa

Esta época do ano é a mais especial para mim. Amo Natal de um jeito tão intenso que é difícil de explicar – acho que gosto mais do que fazer aniversário! Sempre espero ansiosamente pela data, amo ouvir aqueles músicas – que chegam a cansar os ouvidos – adoro enfeitar a árvore de Natal e fico ansiosa para colocar todos os presentes embaixo dela. Aliás, adoro presentes – e, antes que isso possa parecer materialista, gosto muito mais de dar presentes do que recebê-los (mas tô aceitando, pode mandar! haha). Curto fazer listas imaginárias, colocando os itens que escolhi para cada pessoa especial em minha vida.

E deve ser por todos estes motivos que estou super ansiosa para o Natal deste ano: estou indo ao Brasil, passar a data ao lado da família que não vejo há alguns meses e vou rever amigos que não vejo há alguns meses também. Vou poder participar in locu do nosso amigo secreto, vou poder abraçar e não vou ficar limitada a uma tela do Skype, vou poder falar e não vou ficar limitada a áudios de WhatsApp, vou poder entregar meus presentes sem ter que mandá-los por alguém ou colocá-los no correio. Não poderia estar mais ansiosa, porque cada ida ao Brasil é uma mistura de ansiedade e nostalgia. Ainda mais numa época como essa!

Este é o segundo Natal desde que vim morar em Nova York –  o primeiro a gente passou aqui. Tivemos uma noite com amigos queridos (e um período que reforçou uma amizade especial), com uma comida gostosa que eu mesma preparei, uma árvore iluminada, um vídeo surpresa da família que nos fez chorar… mas, não foi a mesma coisa e, desde o ano passado, eu prometi para mim mesma que o próximo Natal não seria longe: teria que ser no Brasil. Sim, eu vou abrir mão do frio (nem tão frio para esta época), da suposta neve (que tenho certeza que não vai dar o ar da graça), dos pontos turísticos com as luzes mais lindas do mundo e vou passar calor no Brasil em pleno Natal. E não poderia estar mais feliz, porque é o calor humano que mais importa para mim nesta época. Confesso que até já sinto o aperto que vai tomar conta do meu peito na hora de voltar pra cá, das lágrimas que talvez eu não segure tão bem como segurei da última vez, daquela aura de tristeza que toma conta da gente na hora de dizer tchau – e que depois, passa, claro. Acho que todas as despedidas vão ser assim, mas, é melhor deixar este pensamento de lado para poder aproveitar com intensidade todos estes dias que tenho para curtir perto de pessoas especiais. Este é o “carma” que a gente tem que carregar por escolher morar fora.

Nesta época de tanta nostalgia, fica impossível não fazer um balanço do ano que passou. Novas amizades que fiz, laços de amizade que já existiam e foram reforçados, os lugares que conhecemos, o reconhecimento do meu trabalho, as oportunidades que surgiram, as conquistas ao longo do ano. E que bom, sabe? Que bom que eu posso terminar 2015 sabendo que um montão de coisas boas aconteceram na minha vida e que, ainda bem, tenho muito o que agradecer! Não, não sou perfeita: não vou dizer que passei o ano sem nenhum questionamento, sem chorar me perguntando se eu estava no caminho certo, sem me decepcionar com algumas pessoas, sem morrer de saudade de quem estava longe, sem hesitar para tomar decisões que não foram fáceis. Mas, se no fim das contas, o que vem primeiro à cabeça na hora de fazer o balanço geral são coisas positivas, acho que é um bom sinal, certo? Coisas ruins acontecem com todo mundo – e cabe a nós saber tirar o melhor proveito destas lições. E questionar-se também é bom: faz a gente lembrar do que queremos, faz a gente se conhecer – e com certeza 2015 foi um ano de autoconhecimento também.

E no meio de tantas reflexões, questionamentos, dúvidas e achismos eu tenho uma certeza: a de que 2016 pode ser maravilhoso se a gente quiser: aceitando nossos limites, aproveitando esta energia de renovação. Estou ansiosa para este novo ano, para começar fazer minha lista de metas, para listar tudo que quero para este novo ano. E vocês?

Vejo todo mundo novamente no dia 4 de janeiro! Vou fazer uma pausa aqui no blog – mas o nosso grupo no Facebook continua, assim como as postagens na Fan Page e no Instagram. Logo, logo, tô de volta!