Quem me acompanha pelo Instagram (segue aí: @laura_peruchi) viu que na semana passada estive em Buenos Aires. Foi minha segunda vez na capital argentina (estive lá em junho de 2011 e contei aqui) e vou contar um pouco da minha experiência dessa nova viagem e dar algumas dicas.
Bom, talvez algumas estejam se perguntando: por que visitar Buenos Aires novamente? Aí eu jogo o desafio para você: visite a cidade e me conte se não dá vontade de voltar. É claro que eu tenho vontade de visitar Londres e Paris novamente, mas Buenos é encantadora, perto da gente e é uma viagem relativamente barata. Além disso, a cidade tem aquele “quê” europeu encantador – no inverno, então, nem se fala. Tá aí outro ponto: agora nossa viagem ocorreu no fim do inverno, quase primavera e foi uma experiência bem diferente da primeira vez, quando o clima estava bem gelado. O clima estava super agradável. Tivemos sorte, pois o sol deu o ar de sua graça todos os dias (no último ele se esconde um pouco). Durante o dia, não era quente, nem frio – era agradável. Perfeito para sair com uma blusinha leve. À noite, obviamente, a temperatura caía um pouco, mas continuava bem gostoso. Curti ter experimentado o clima da cidade em duas épocas diferentes – e confesso que não tenho curiosidade em conhecer o verão argentino (dizem que é infernal).
Dessa vez, diferente da primeira, eu e meu namorado montamos a viagem por conta própria. Da primeira, fomos com a CVC. Está aí um motivo para a segunda ida à cidade: não aproveitamos muito da primeira vez e, querendo ou não, por inexperiência, ficamos muito “presos” no roteiro da agência. A experiência de fazer tudo por sua conta é bem bacana. Compramos as passagens pelo site da Gol. Pode ser que eu o que eu fale aqui seja tolo para quem já sabe, mas para quem não sabe é uma boa dica: use sites como o Decolar apenas para a pesquisa. Quando for efetuar a compra, vá ao site da companhia escolhida (isso porque o Decolar cobra taxas extras).
Para escolher o hotel, usamos o site Booking. Lá você pesquisa pela data, bairros, pontos turísticos próximos… o bacana é que o ranking de cada hotel é formado pelas opiniões dos ex-hóspedes – e elas são super úteis para você tomar sua decisão. Nós ficamos no Kenton Palace Hotel, que fica no bairro San Telmo. Isso porque queríamos estar próximos de Puerto Madero. Coisa de turista, é. Um outro bairro super indicado é o Palermo. Quanto ao hotel, não tenho do que reclamar: funcionários simpáticos, quartos amplos, limpeza excelente. Uma dica: se fecharem o hotel pelo Booking, fiquem atentas às refeições inclusas. O nosso pacote não incluia café da manhã e só descobrimos isso no check-in (falta de atenção nossa!).
O nosso hotel ficava perto de muitos pontos turísticos como Puerto Madero e a Ponte de la Mujer, Monumento à Mafalda e Casa Rosada. Além disso, havia estações de metrô bem próximas. E já que chegamos nesse assunto, vale ressaltar que foi o meio de transporte que mais utilizamos (a dica é ficar atenta à bolsa, ok?). É bem barato – $2,50 (pesos, moeda local) o que dá menos de R$1,25. Tudo bem que o táxi é relativmente barato por lá, mas as linhas de metrô contemplam tantos locais e são tão práticas que vale apena economizar seus pesos para gastar com bons restaurantes, por exemplo.
Falando nisso, essa era uma de nossas “metas” na Argentina: comer bem! Em Londres e Paris ficamos à base de fast food, mas em Buenos Aires não queríamos repetir a experiência. A gastronomia do país é muito rica e com o real valendo $2,20 na moeda local era possível ter alguns luxos. Nosso café da manhã era típico: café com leite e “medias lunas”. Lembra o “croissant”, tem uma massa bem amanteigada e versões doces e salgadas. Tomávamos café cada manhã em um local diferente – e o mais caro foi em Puerto Madero. Os nossos almoços foram muito versáteis – desde pizza a Burger King, passando por uma deliciosa parrillada e até comida de shopping. Explico: todas as manhãs, saíamos do hotel com um roteiro pré-definido do que faríamos. Sempre almoçávamos tarde e escolhíamos o que estava mais próximo – muitas vezes não era o que gostaríamos. Em compensação, à noite, com mais calma, decidíamos onde jantar. Fomos em um restaurante mexicano, o Lupita (com decoração mara), La Parolaccia del Mare (um engano que cometemos, queríamos ir na Parolaccia Trattoria, mas foi bacana) e Brasas Argentinas (restaurante estilo brasileiro, com buffet enorme, churrasco, frutos do mar, massas e até sushi, bem pega turista, mas estávamos famintos e havia muita fila nos outros). Ah, e por favor: não deixem de provar o sorvete argentino. Lá em Puerto Madero tem uma sorveteria chamada La Veneciana. Peça o de doce de leite – você nunca mais vai querer saber de outro sorvete na vida, sério.
Quanto às compras, acredito que a minha primeira viagem foi mais vantajosa nesse quesito. Com o dólar em alta, não estava tudo baratíssimo não. Roupas mesmo, nem se fala, achei tudo caro. A Farmacity, rede de farmácias que vende marcas como Maybelline e L’oreal, também já esteve mais barata, mas encontrei alguns achados. Gostei muito de uma loja de cosméticos chamada VZ, que encontrei lá no Shopping Solar de Abadia. Eles possuem uma linha corporal super completa, de todos os “sabores”, com preços muy amigos. Para quem se interessar, no site da marca dá pra conferir os locais na cidade que contam com lojas – a Galeria Pacífico, na calle Florida, também tem uma. Quanto ao Free Shop, deixe para perder o seu tempo com o da volta ao Brasil – é enorme, com muitas variedades e bons preços.
Dessa vez, fugimos dos tradicionais passeios ao Caminito e Casa Rosada (já tínhamos conhecido os locais na primeira vez que estivemos lá). Nosso roteiro incluiu o Zoo, o Jardim Japonês (imperdível, lindo demais!), a livraria Ateneo (era um teatro, vale a pena conhecer), o Obelisco (é, eu não tinha ido lá na primeira vez), Floralis genérica, a Recoleta e seu cemitério monumental, Palermo e aquela passeada básica em Puerto Madero. E, por favor, não deixe de conferir a Feira de Sant Telmo, que acontece todos os domingos no bairro de mesmo nome. Era bem na rua do nosso hotel e foi o melhor lugar para comprinhas como doce de leite, licor, lenços, roupas, acessórios e souvenirs. Tem de tudo, dura o dia inteiro e os preços são muito bons – fora que dá pra negociar descontinhos.
Mais dicas úteis:
– Muita gente fica em dúvida na hora de decidir que dinheiro levar. Eu levei uma quantia em reais e troquei por pesos no Banco de la Nacion, no aeroporto Ezeiza mesmo. Aliás, é a única opção de câmbio no aeroporto. Uma coisa que achei chata é que eles não compraram os meus pesos que restaram na volta. Mas aí usei no Free Shop.
– Tenha sempre dinheiro trocado. É incrível: em qualquer lugar que você vá, não há troco. No Zoo, por exemplo, a mulher não ia vender tickets porque não tinha troco. Pode?
– Não estranhe o atendimento em restaurantes e afins. Os garçons não são como aqui no Brasil. Pode demorar para você ser atendida. E também é comum eles pedirem gorjetas.
– A calle Florida não é aquele paraíso que todo mundo fala. Fique atenta à sua bolsa e aos preços. Vale para visitar e conhecer, mas não para comprar.
– O aeroporto de Ezeiza fica bem afastado da cidade. Nós usamos táxi para ir até ao hotel e do hotel ao aeroporto. São 30 quilômetros, aproximadamente.
– A franquia Havanna é famosa na cidade, há uma em cada esquina. Legal para tomar um café, mas esqueça se for para comprar alfajor. Prefira o Jorgito, que é o tradicional no país. Nós encontramos por um bom preço em mercadinhos de bairro, de chineses. Aliás, tudo é bem em conta nesses mercadinhos.
– Uma última dica é: pesquise e leia muito antes de montar o seu roteiro, ajuda pra caramba. Eu gosto muito do Buenos Aires para Chicas, da Amanda, uma brasileira que mora na cidade há mais de 6 anos e dá dicas valiosas. Vale conferir!
Bom, acho que era isso… Foram quatro ótimos dias nessa cidade tão especial, que eu visitaria de novo e de novo. Se alguém quiser perguntar mais alguma coisa, fique à vontade. A intenção não é foi fazer um be-a-bá, mas contar um pouco da minha experiência e, quem sabe, poder ajudar alguém de alguma forma!
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Laura Peruchi é jornalista, autora e empreendedora. Mora em Nova York com seu marido desde 2014, e, desde então, divide em seu blog um conteúdo variado sobre a Big Apple. Com dicas de turismo, compras, restaurantes e muito mais, sua plataforma online tornou-se referência em conteúdo em português para quem está planejando uma viagem a Nova York. Acompanhe Laura também no Instagram, Youtube, Facebook e Spotify.
Ai, que tudo!!
Mais uma vez pude dar uma viajadinha através das suas experiências. Curti muito o post e acho que vai ajudar muita gente que pensa em visitar a cidade. Adorei.
Beijos
Bacanaaaaa! E agora, bem na horinha do almoço, tô salivando de vontade de alfajor! :PE vontade de churrasco argentino. Argh!