Atualização: King Kong não está mais em cartaz.
Dentre os musicais que estrearam recentemente na Broadway aqui em Nova York, eu estava bastante curiosa para conferir King Kong. Tudo por conta dos comentários bastante positivos e encantados que ouvi a respeito do espetáculo. King Kong estreou na Broadway em outubro de 2018 e, há algumas semanas atrás, fui convidada pela produção para conferir o espetáculo de perto. Como sei que tem muita gente curiosa a respeito desse musical, decidi escrever meu review para vocês.
Como é de se imaginar, o musical é inspirado no clássico do cinema de mesmo nome – que teve três versões, uma em 1933, uma em 1976 e outra em 2005. Confesso: eu não lembro se assisti ao filme, mas, se assisti, lembrava pouco ou praticamente nada da história, que se passa no ano de 1931, em Nova York (um plus para quem está na cidade; eu pelo menos adoro ver histórias que têm a Big Apple como pano de fundo). É a época da Grande Depressão e Nova York é um lugar de pressão, de desespero, mas também de esperança. A protagonista é Ann Darrow. Ann é atriz, super destemida, sonhadora e determinada. Ela passa por perrengues para se manter na cidade quanto procura algum trabalho como atriz, sempre sem sucesso. Até que o destino coloca Carl Denham em seu caminho. Cark é um diretor com muita lábia e ambição e chama Ann para trabalhar em seu novo filme de aventura – e ainda fazer dela uma estrela. Sem pensar muito, Ann cai na lábia de Carl e embarca numa viagem para a misteriosa Skull Island. Lá, eles encontram um macaco de seis metros e meio de altura, conhecido como Kong. Muitas coisas fogem do controle – Kong captura Ann e a leva para a sua caverna e Ann descobre que o tal macaco tem um senso de proteção incrível. Mas, como seus planos incluíam ser uma estrela – e não ficar refém de um animal, ela consegue fugir. Porém, a essa altura, Carl já teve mais uma ideia mirabolante: levar o animal para Nova York e exibi-lo para o público. E o resto é história.
Bem, podemos falar sobre vários aspectos a respeito de King Kong – começando pelo próprio. Quer dizer: contar uma história dessas no cinema, quando se tem mil aparatos tecnológicos para dar vida a um animal desses é fácil. Porém, como fazer isso nos palcos de um teatro, para apresentações ao vivo? Pois é. King Kong já merece todas as menções honrosas só pelo fato de trazer para o palco um macaco que você sabe que é de mentira – mas que te faz acreditar que o que você está vendo algo de verdade. O “boneco” tem 2 metros e meio de largura e 20 metros de altura. Pense nele como um grande fantoche. Ele contém 16 microprocessadores que dão emoções e movimentos semelhantes à vida. Sim, Kong tem emoções, grita, resmunga, mexe os olhos, a boca… Seu peito e abdominais são feitos de materiais semelhantes a airbags e seus membros são feitos de tubos infláveis de alta pressão. Para dar vida à estrela do musical, há uma equipe de 13 artistas talentosos – 10 no palco e três criando os maiores movimentos, expressões faciais e voz do fantoche colossal a partir de uma cabine de vidro na parte de trás do teatro. Os 10 artistas no palco se revezam em movimentos sincronizados e perfeitos para dar vida ao corpo de Kong. E apesar de você enxergá-los no palco, isso não tirou o encantamento que senti ao ver aquele animal ganhando vida. Se você precisa de só um incentivo para assistir King Kong, esse provavelmente deveria ser o motivo.
Mas a tecnologia em King Kong não se restringe apenas ao macaco mas aparece também nos diversos cenários. A viagem até Skull Island é feita num navio e, para simular a embarcação, o palco se eleva imitando a proa de um navio. Ele parte do East River e somos transportados para debaixo da Manhattan Bridge e da Brooklyn Bridge, passando pela Estátua da Liberdade. A sensação que temos é que estamos realmente acompanhando um barco em alto mar. Mais tarde, o público é transportado para uma selva, onde vamos conhecer Kong. E aqui já rola uma das cenas mais legais, com ele correndo pela floresta e os efeitos tecnológicos dando esse efeito, mesmo sem o fantoche sair do lugar. Nas passagens em Nova York, somos levados à Big Apple da década de 30. A icônica cena de Kong escalando o Empire State também é de tirar o fôlego.
Outro ponto forte do musical é que a atriz escolhida para interpretar a protagonista Ann não é o estereótipo óbvio dos filmes – branca e loira. Christiani Pitts, uma atriz negra, foi escalada para interpretar a mocinha que é muito mais que um rosto bonito. E quando digo que Ann é mais que um rostinho bonito é por conta do rumo que a história toma e que me fez questionar algumas coisas. Ann cria uma conexão forte com Kong e quando ela alcança o sucesso tão almejado e desejado através da exploração do animal, cria-se um conflito interno. Será que o sucesso compensa a qualquer custo?
O combo do animal incrível somado aos efeitos tecnológicos e ao talento de um elenco incrível fazem de King Kong uma ótima escolha de musical para quem quer fugir das outras opções famosas de musicais – como os títulos da Disney, considerados mais “infantis” por muitos. Para ser bem sincera, eu não acho a história em si tão interessante – isso é uma questão de opinião – mas a produção, as músicas e o elenco são excelentes e impecáveis.
O que dizem os leitores do blog – comentários deixados na foto que postei lá no meu Instagram sobre o musical:
- “AMEI o espetáculo, foi a minha primeira vez na Broadway. Saímos encantados! Meu marido não fala inglês e também amou então fica a dica pra quem estiver pensando”. (Natalia Lemos)
- “Achei fantástica a produção inteira. Fiquei impactada do início ao fim! Sem dúvidas vale cada centavo, e eu pagaria tudo de novo e até mais se fosse necessário.” (Caroline Teixeira)
- “Assisti ao espetáculo e achei INCRÍVEL! Acho difícil os outros clássicos da Broadway superarem a imensidão de efeitos fantásticos desta produção. Quem estiver em dúvida, super aconselho, é inesquecível.” (Adalgisa Martins)
- “Com toda certeza valeu cada centavo do ingresso. Broadway é um dinheiro que você paga e sai com a impressão de que poderia ter pago mais. Superprodução, atores fantásticos, espetáculo! Para quem não curte, é melhor investir em outra coisa mesmo, porque sempre vai arrumar algo pra reclamar. Mas para a galera que é fã de arte e produções bem feitas, não vai se decepcionar com King Kong. É sensacional!” (Nataiza)
- “Eu gostei muito o King Kong é impressionante, o jogo de luzes que eles fazem para simular a movimentação também chama a atenção e realmente você se apega a ele.” (Cintia Cerqueira)
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Laura Peruchi é jornalista, autora e empreendedora. Mora em Nova York com seu marido desde 2014, e, desde então, divide em seu blog um conteúdo variado sobre a Big Apple. Com dicas de turismo, compras, restaurantes e muito mais, sua plataforma online tornou-se referência em conteúdo em português para quem está planejando uma viagem a Nova York. Acompanhe Laura também no Instagram, Youtube, Facebook e Spotify.