No próximo mês, vou completar 31 anos. Dizem que é uma das melhores fases das nossas vidas. Se é mesmo, eu não sei. Mas sei que realmente aquela máxima de que a maturidade é conquistada com o tempo e que ele nos ensina muita coisa é a mais pura verdade – por mais clichê que isso possa parecer. É interessante pensar em como a gente faz planos para as nossas vidas – e como a gente tem ideias pré-concebidas em nossas cabeças. Quando eu tinha os meus 14/15 anos e pensava na minha vida no futuro, eu imaginava mil coisas para a minha vida aos 30. Aconteceu tudo como eu previa? Claro que não. Sou menos feliz por conta disso? Também não.
Na minha cabeça, aos 30 eu estaria casada e com filhos. Hoje, muitos anos depois, estou casada, sem filhos – mas isso não significa que as coisas aconteceram exatamente como eu tinha planejado na minha cabeça. Saí de casa aos 18 anos, para realizar um dos meus sonhos, que era cursar Jornalismo. Por mais que a minha vontade fosse estudar na Universidade Federal, não consegui passar no vestibular e acabei indo estudar na Unisul. Tive um incentivo grande dos meus pais e não foi fácil cortar aquele cordão umbilical e morar sozinha. Ao mesmo tempo, era muito inquieta. Não sosseguei até conseguir um emprego, porque queria ajudar nas despesas trazidas por morar longe dos pais. Conheci alguns meninos, tive alguns relacionamentos, uns legais, outros nem tanto – mas é bacana a gente poder descobrir o que serve e o que não serve pra gente. Meu marido apareceu lá no último ano da faculdade, numa balada. Desde aquela noite, não nos desgrudamos mais. Passamos por vários momentos, bons e difíceis – principalmente quando ele foi morar em Porto Alegre e tivemos que administrar um relacionamento a distância. Paralelo a isso, depois da minha formatura, eu fui aprimorando ainda mais a minha carreira e conquistei muita coisa. Durante todo esse tempo, eu estive – e estou – no controle da minha vida. É claro que não temos controle sobre várias coisas que acontecem todos os dias. Mas o que quero dizer é que eu pude tomar as decisões que tomei, certas ou erradas, por livre e espontânea vontade. Eu era – e sou – a dona das minhas escolhas.
Mas por que eu estou falando isso? Porque hoje a SK-II – uma marca de luxo de skincare do grupo Procter & Gamble – está lançando a campanha #INeverExpire, um movimento global com uma mensagem muito importante. Na Ásia, apenas 2 em cada 10 mulheres se sentem confortáveis com a ideia de envelhecer de acordo com um novo estudo da SK-II. Os motivos são muitos – a pressão da família e os amigos, o escrutínio da sociedade ou o encargo de se casar antes de um prazo criado artificialmente. A campanha tem como objetivo aumentar a conscientização sobre a pressão social sobre as mulheres para se casarem em uma idade precoce, o que é o caso em alguns países. A SK-II acredita que todas nós podemos escolher nosso próprio caminho na vida e viver da maneira que desejamos.
Meu casamento aconteceu aos 27, numa decisão tomada em conjunto, por nós dois, e nossa hora não poderia ter sido melhor. Eu não acho que eu deveria ter casado mais cedo ou mais tarde, assim como as outras escolhas da minha vida: tudo aconteceu na hora que tinha que acontecer. Eu casei com a pessoa que eu escolhi, na hora que eu escolhi. Nunca me importou se “já tinha passado a idade” ou o simples fato de o meu marido ser 2 anos mais novo que eu. Assistir ao vídeo da SK-II fez eu pensar em quantas mulheres no mundo estão fazendo coisas por obrigação da sociedade. De fato, vivemos num mundo que nos “obriga” a fazer um trilhão de coisas só para sermos aceitas – na roda de amigos, na faculdade ou no trabalho. Se essa pressão já é um fardo, imagine quão triste é a vida daquelas que não têm poder sobre suas escolhas – e, pior, precisam se casar porque vivem numa sociedade que acha que a mulher tem data de expiração. Além disso, percebem o fardo que essa pressão por casamento traz para a vida de alguém? A de que a mulher só vai ser feliz, plena e completa se encontrar um companheiro. Triste, não? Todos os dias eu fico feliz por ver que, aos poucos, as minorias estão ganhando mais voz no mundo e aquilo que foi “normal” por séculos hoje já não é mais tão legal assim. Porém, saber que em algum lugar do mundo há mulheres que sofrem com uma ridícula “data de expiração” me faz concluir que precisamos evoluir muito ainda.
Se você gostou da mensagem do vídeo, compartilhe nas redes socias. #changedestiny #INeverExpire
Publieditorial.
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Laura Peruchi é jornalista, autora e empreendedora. Mora em Nova York com seu marido desde 2014, e, desde então, divide em seu blog um conteúdo variado sobre a Big Apple. Com dicas de turismo, compras, restaurantes e muito mais, sua plataforma online tornou-se referência em conteúdo em português para quem está planejando uma viagem a Nova York. Acompanhe Laura também no Instagram, Youtube, Facebook e Spotify.
Ai, meu Deus, que vídeo mais lindo… mexeu demais comigo. E que depoimento franco e sensível, Laurinha! Fiquei emocionadinha e, claro, ainda mais orgulhosa. <3