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George Balanchine’s The Nutcracker – review e curiosidades sobre o espetáculo de balé em Nova York

Eu comentei outro dia aqui no blog que eu e Thiago aproveitamos o fim do ano para riscar da nossa lista vários programas clássicos de Nova York que não tínhamos feito ainda. Um deles era conferir uma apresentação de balé no Lincoln Center. George Balanchine’s The Nutcracker É um dos espetáculos clássicos da época de fim de ano na cidade. Sempre tivemos vontade de ver esse tipo de apresentação e acábamos adiando – mas depois que uma amiga foi e fez ótimos comentários, paramos de enrolar e compramos logo nossos ingressos.

Antes de mais nada, acho interessante dar um panorama sobre o Lincoln Center.  Esse complexo localizado no Upper West Side funciona como sede de doze companhias artísticas que incluem Metropolitan Opera,  New York City Opera, Orquestra Filarmônica e New York City Ballet. O local inclui apresentações dessas companhias durante o ano todo e eu diria que, mesmo que você não vá conferir um espetáculo por lá, vale a pena caminhar por ali, principalmente à noite, já que o espaço é lindo – e já foi cenário de séries como Gossip Girl.

O espetáculo George Balanchine’s The Nutcracker acontece no David H. Koch Theater, que tem uma estrutura de tirar o fôlego. São cinco áreas de assentos – orquestra, com a visão mais privilegiada – e primeiro, segundo, terceiro e quarto arcos, que vão subindo. Nosso assento era no quarto arco e, apesar de estarmos no alto, não achei que nossa experiência foi atrapalhada por isso.

A origem do Quebra-Nozes (NutCracker), uma história clássica de Natal, é um balé de conto de fadas em dois atos centrados na festa de Natal em família. A adaptação de Alexandre Dumas Père da história pela E.T.A. Hoffmann foi musicado por Tchaikovsky e originalmente coreografado por Marius Petipa. Foi encomendado pelo diretor dos teatros imperiais de Moscou, Ivan Vsevolozhsky, em 1891, e estreou uma semana antes do Natal de 1892. Desde sua estreia nos países ocidentais nos anos 40, este balé se tornou talvez o mais popular na época do Natal.

Confesso que eu não pesquisei absolutamente nada sobre espetáculos de balé e tinha uma ideia na minha cabeça (da minha imaginação, apenas) e não sabia exatamente o que esperar. O espetáculo é dividido em dois atos. O primeira ato tem uma pegada de teatro – mas sem diálogos. Nesta parte, acompanhamos o Natal na casa da família de Clara, que ganha de seu tio um boneco quebra-nozes de aparência humana, vestido como um soldado, mas que tem as pernas e a cabeça de tamanho desproporcional. Depois que a noite de Natal animada acaba, Clara, que foi dormir na sala, acorda e percebe que o soldado agora tem vida e luta contra as ratazanas que invadem a sala. A batalha tem final feliz e o Quebra-Nozes se transforma num príncipe, que a leva para Reino das Neves, quando acaba o primeiro ato. O elenco dessa primeira parte é composto por muitas crianças – Clara e o próprio Quebra-Nozes são duas crianças. De fato, essa parte da história é bem infantil – e o teatro estava cheio de crianças também.

No segundo ato, Clara e o príncipe e seguem para o Reino dos Doces, onde conhecem a fada açucarada que apresenta o reino a eles. O reino é apresentado através de apresentações que representam várias partes do mduno: chocolate da Espanha, café da Arábia, chá da China, dança da flautas, valsa das flores. São várias apresentações de balé – individuais e em grupo – e foi, claro, a parte que mais gostei.  O figurino é perfeito, as danças são lindas, tudo é perfeitamente sincronizado. Além disso, não tem como não falar da orquestra: a música é perfeita e os passos das danças – e até mesmo as cenas do primeiro ato – são sincronizados com a música. Cada número tem um timing perfeito e a diversidade de danças torna toda a apresentação menos cansativa e mais dinâmica.

No fim das contas, acho que a parte teatral ajuda a dar ao espetáculo mais ritmo – se fosse só dança, talvez se tornasse muito cansativo. Foi uma experiência diferente e linda, com certeza. Fiquei curiosa para conferir outros espetáculos de balé no Lincoln Center. Você pode conferir o calendário aqui.

 

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THE NUTCRACKER // When George Balanchine’s The Nutcracker® premiered in 1954, Principal Dancers Maria Tallchief, Nicholas Magallanes, and Tanaquil Le Clercq took on the lead roles of the Sugarplum Fairy, her Cavalier, and Dewdrop, respectively. These coveted roles are now performed by an array of dancers in our Company, from veteran principals to promising corps de ballet members who are often making a debut their first major featured role.⁠⠀ ⁠⠀ George Balanchine’s The Nutcracker® runs NOV 29 – JAN 5. Click the #linkinbio for tickets and more information.⁠⠀ ⁠⠀ Photo credit: Erin Baiano⁠ @erinbaiano⁠⠀ ⁠⠀ George Balanchine’s The Nutcracker® is generously sponsored by the Travelers Companies, Inc.⁠⠀ ⁠⠀ #nutcracker #thenutcracker #holidayseason #georgebalanchinesthenutcracker #ballerinas #ballet #dance #balanchine #nycb #nycballet #newyorkcityballet

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O que você precisa saber:

  • O calendário do New York Ballet tem quatro temporadas: inverno (do final de janeiro a início de março), primavera (do final de abril a início de junho), outono (entre meados de setembro e meados de outubro) e George Balanchine’s The Nutcracker (do final de novembro ao final de dezembro). 
  • Os tickets podem ser comprados através do site ou na bilheteria do teatro. Lembre-se que não são aceitos ingressos digitais, então, ao fazer sua compra você pode escolher receber os ingressos em casa (recomendado para quem mora aqui) ou retirar na bilheteria. Os preços começam em U$40, em média. 
  • Atrasos não são tolerados, portanto, chegue ao Lincoln Center com antecedência. Se você chegar atrasado, terá que esperar o fim de um ato para poder sentar.
  • O espetáculo dura duas horas e tem um intervalo de cerca de 25 minutos. 
  • Não há dress code. 

Gostaram do post? Vocês já viram apresentações de balé?


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