Durante todos esses quatro anos escrevendo sobre Nova York, eu aprendi muito – e ainda aprendo. Meus laços com vocês, leitores, acabaram ficando ainda mais fortes por conta das mídias sociais e também do grupo no Facebook. Eu leio muitas perguntas todos os dias – seja pelo Instagram, seja pelo grupo, seja por e-mail, seja pelo YouTube ou pelos comentários do blog. Essa troca é muito importante para mim, pois é assim que eu descubro o que interessa vocês, os assuntos que causam dúvidas, as perguntas que precisam ser respondidas. Porém, já faz tempo que eu venho observando uma coisa a respeito do planejamento de viagem de muita gente: a falta de informação, a falta de pesquisa. Pensei bastante a respeito desse tema, vi alguns comentários que me deixaram pensando muito e decidi falar a respeito.
Ninguém pode planejar a viagem por você – a não ser que você esteja pagando alguém para construir o seu roteiro, ninguém vai fazer isso por você. Cada viagem é única – e isso porque cada pessoa é única. Cada um tem seus gostos, suas prioridades, suas preferências, seu orçamento, seu tempo. Eu acho que as redes sociais são ferramentas ótimas para pedirmos opinião, para fazermos perguntas e para compartilharos conhecimento, porém, é preciso fazer sua lição de casa. Planejamento e mais planejamento. Sua viagem vale dinheiro – e que importância você dá para isso? Tem que fazer valer a pena!
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Há várias maneiras de pesquisar…. Fiz uma viagem para Espanha e Portugal no início de dezembro. A viagem foi programada em duas semanas. Sim, compramos as passagens com duas semanas de antecedência. Não tive muito tempo para planejar exatamente tudo o que faríamos. Porém, o que eu fiz? Sentei e comecei a lamentar que eu não tinha tempo? Não. Sempre que eu tinha um tempinho – qualquer que fosse, 5 minutos ou 30 minutos – eu abria o navegador e pesquisava alguma coisa sobre as cidades que iria visitar. Também peguei referências – a amiga da amiga que morou em uma cidade deu dicas, a professora de espanhol que vive na Espanha deu outras dicas. Assistimos Scam City no Netflix para saber os golpes que devíamos evitar e como ficar ligados em Barcelona – isso durante o nosso voo! Também vi alguns vídeos sobre a cidade no Youtube. Faça valer o seu tempo – a gente sempre encontra tempo para aquilo que realmente importa! Hoje, há infinitas fontes de informação para o viajante e cabe a você fazer bom uso dessas delas e aproveitá-las para o seu roteiro.
Como organizar seu roteiro para Nova York
Conhecimento traz confiança – quanto mais você ler, quanto mais se informar, quanto mais pesquisar… mais confiante ficará. Confiança é um sentimento tão bom durante uma viagem! Eu vejo pessoas com medo: medo por não falarem inglês, medo do metrô, medo do frio. Antes de se lamentar sobre cada um desses medos, pense: o que posso fazer para minimizar a minha insegurança? Se você tem medo porque não fala inglês, comece a estudar algumas expressões – é melhor saber pouco do que nada. Se você tem medo do metrô, assista aos vídeos aqui do blog sobre como usar o transporte público. E lembre-se: ninguém vai morrer se acabar se perdendo. Se tem medo do frio: encare! Não há nada que você possa fazer para mudar o clima, então, pesquise a respeito da melhor forma de se vestir e ficar protegido. Entendem o que quero dizer? Se algo te aflige, pesquise mais a respeito para sentir mais segurança. As coisas não caem no nosso colo e medo não resolve nada, só atrapalha.
Como se virar em Nova York sem falar inglês?
Confira a série de vídeos sobre o metrô.
Pesquisar te ajuda a economizar – quando a gente fala sobre Nova York, existem vários mitos e frases prontas. Quer um exemplo? Uma galera fala que só existe fast food em Nova York. Bem, quem fala isso certamente nunca pesquisou sobre as opções de alimentação na cidade. Nova York é uma meca da gastronomia e não é preciso andar muito para encontrar boas opções, inclusive saudáveis e baratas. Vejo gente desesperada preocupada com orçamento, querendo saber de lugares baratos para comer – uma pesquisa ajuda muito nessas horas. Não tem problema se você quiser comer apenas Mc Donald’s e pizza. Só não vale voltar e dizer que só existem essas opções quando você não explorou nem pesquisou o suficiente. Há também outra galera que acha que a cidade se resume a compras, ou que se resume a Manhattan, ou que não existem atrações gratuitas. Vou dar um exemplo: no sul da Espanha, minha irmã pesquisou sobre vários dos lugares que iríamos – por conta disso evitamos fila em muitas atrações e também economizamos bastante! Isso vale para qualquer lugar do mundo – e Nova York está cheia desses segredinhos. Se você é leitor do blog, sabe que dá para economizar alguns dólares com museus e outras atrações que têm entrada sugerida e dias gratuitos e sabe que há passeios grátis incríveis.
5 mitos sobre alimentação em Nova York
“Ouvi dizer”, “me falaram” e achismos – os piores inimigos de uma viagem – achismos são afirmações sem nenhum embasamento, que são repetidas em exaustão até que alguém acaba acreditando. Geralmente, os achismos de um acabam virando o “me falaram” e “ouvi dizer” de alguém. Se a sua fonte não é confiável, cheque as informações. Faça isso antes de fechar qualquer negócio. Não adianta fazer reserva no hotel e só depois pesquisar mais a fundo para saber se fez uma boa escolha. O processo é inverso: pesquise e depois feche o negócio. Não escolha a época para viajar para Nova York baseada em achismo. “Odeio calor e comprei passagens para julho – achei que não fazia calor em Nova York” ou “Achei que fevereiro não era tão frio”. São equívocos graves – e são tão fáceis de serem checados! Uma rápida pesquisa pela média de temperaturas – algo que você faz pelo Google em segundos – vai te mostrar que fevereiro faz muito, muito frio e que sim, Nova York pode ter um verão tão rigoroso quanto o inverno. É preciso pesquisar antes de acreditar nas nossas próprias suposições.
Evite roubadas – vou dar um exemplo bem prático. Você quer ir à Estátua da Liberdade. O que você deve fazer? Pesquisar sobre as opções e saber o que é prioridade para você. Há pessoas que não se importam de fazer o passeio do Staten Island Ferry, que é grátis, mas há quem queira desembarcar na ilha da Estátua. Pois é. Se você quer desembarcar na ilha, precisa pesquisar e vai descobrir que só existe um passeio oficial que desembarca lá. Sabendo disso, você vai pesquisar como funciona a venda de tickets – e vai descobrir que você pode comprar online ou no Castle Clinton, no Battery Park. Sabe o que essa informação que você acaba de ler vai te poupar? Uma abordagem por malandros que ficam na área do parque, tentando passar a perna em turistas, dizendo que não há mais barcas para a Estátua. Pois é! A pergunta é: você dá ouvido a estranhos? Esse “país de primeiro mundo” não é livre de espertinhos. Quanto mais você pesquisar a respeito daquilo que pretende conhecer, mais confiança terá – confiança suficiente para saber que você está fazendo o correto, sem hesitar nem dar ouvido para estranhos que querem te passar a perna. Entendem meu ponto?
Confira os golpes e ciladas para serem evitados em Nova York.
Aproveitem o conteúdo aqui no blog! Se você chegou agora e está achando que é muita informação, calma! Acesse o menu e clique em índice: vai ser melhor ter uma visão geral dos posts por lá!
Espero que tenham gostado do post! Por um 2018 cheio de viagens maravilhosas!
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Laura Peruchi é jornalista, autora e empreendedora. Mora em Nova York com seu marido desde 2014, e, desde então, divide em seu blog um conteúdo variado sobre a Big Apple. Com dicas de turismo, compras, restaurantes e muito mais, sua plataforma online tornou-se referência em conteúdo em português para quem está planejando uma viagem a Nova York. Acompanhe Laura também no Instagram, Youtube, Facebook e Spotify.
Eu te venero, Laura Peruchi!! hahahha
HAHAHAHAHAHAHA <3