O Diário de Viagem é uma seção que traz relatos de leitores do blog. Nesses relatos, eles contam como foi a viagem a Nova York, o que mais gostaram de fazer, o que não gostaram, dividem dicas, enfim: um diário mesmo. O convidado de hoje é o Anderson dos Santos Lima, de Mandaguari, no Paraná. Ele ficou 14 dias na cidade, durante o mês de novembro. Para conferir mais relatos, clique aqui.
Cheguei em Nova York no dia 15 de novembro e fiquei até o dia 28 de novembro. Foram 14 dias. Foi minha primeira vez na cidade, vim com dois amigos e usei o blog para colher dicas e facilitar minha vida na cidade. Posso dizer que cada segundo valeu a pena. Vou dividir esse relato em partes para facilitar quem estiver pesquisando sobre algo em específico.
O voo
Viajamos pela Delta Airlines de classe econômica. O voo era de São Paulo até Orlando e depois pegamos uma conexão até Nova York (JFK). A imigração foi super tranquila, mas quase perdemos o vôo da conexão. Tínhamos 1:20 de intervalo, mas como a imigração abre às 6h (e chegamos lá às 5:30), havia poucos atendentes. Enfim, corremos um pouco e conseguimos pegar o voo. A experiência de viajar na Delta na cabine econômica é bem regular. A poltrona é muito estreita e não reclina quase nada. Mas o serviço de bordo eu achei bom – tanto a a comida e o entretenimento.
Inglês
Eu não sou fluente em inglês (nem meus amigos) mas tenho um nível avançado. Isso significa que eu consigo falar com todos e entender praticamente tudo que estão falando. Então, isso não foi um problema para mim. Mas a maioria das pessoas fala espanhol também. Então, se você não sabe inglês, não se preocupe. Baixe o tradutor do Google e meta a cara. Aproveite a viagem para aprender sobre a língua também.
Hospedagem
Nós nos hospedamos no Hotel 91, que fica em Chinatown. É uma região bem ao sul de Manhathan e, como é possível prever pelo nome, a região tem muitos chineses. Todas as lojas possuem letreiros com escritas em mandarim e em inglês. Então, você realmente sente como se estivesse na China. Mas, praticamente todos falam inglês (nem todos, rsrs). Além disso, é uma região onde tudo é muito barato. Conseguíamos tomar um café da manhã básico por U$2.25 – um pão com presunto, ovo e um café com leite pequeno. Ah, descobrimos que o “pequeno” daqui é grande e o “pouco” daqui, é muito. O hotel fica a duas quadras do metrô, então, em menos de 5 minutos conseguíamos chegar à estação, caminhando. O serviço do hotel é muito bom. Tudo muito limpo. Serviço de quarto diário. Eles recebem encomendas e entregam no quarto sem cobrar taxas por isso. Não é muito quieto, devido à proximidade ao metrô. Além disso, se você tiver vizinhos de quarto barulhentos – como aconteceu conosco – pode ser que tenha problemas. Nas quatro primeiras noites nós tivemos que ligar, todos os dias, para a recepção do hotel e reclamar do som alto que vinha do quarto ao lado. Eles prontamente subiam e pediam para os vizinhos abaixar o som. Não foi culpa do hotel, mas é uma experiência que vale a pena dividir. No quarto também habia ar condicionado, tábua e ferro de passar roupas. O ar quente não estava funcionando. O wi-fi também era liberado. Embora não fosse muito veloz, funcionou perfeitamente todos os dias. Com certeza eu voltaria a me hospedar nesse hotel.
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Metrô e locomoção pela cidade
Como ficamos duas semanas, utilizamos o Metrocard ilimitado por 7 dias. Compramos o cartão assim que chegamos ao JFK e, depois dos sete dias, fizemos uma recarga dentro da estação. Um dos meus maiores temores era utilizar o metrô. Mas, sinceramente? Foi muito fácil. A dica que eu posso dar é a que mais me ajudou a entender como funciona: quero ir para cima da ilha (uptown) ou para baixo (downton). Os metrôs são super sinalizados, com placas indicativas para tudo quanto é lado. Então, eu achei bem fácil. Além disso, sempre é possível pedir informações. Dependendo do metrô – e do seu nível de inglês – você consegue entender o que a voz eletrônica diz (próxima parada). Mas, quando é o condutor que fala, quase sempre é incompreensível. Nós utilizamos o aplicativo Google Maps para andar na cidade. Ele sempre dava as informações corretas – inclusive do metrô, dizendo onde entrar, qual linha pegar, etc. Ah, todas as estações possuem wi-fi liberado, que realmente funciona. Então, mesmo que você não tenha um chip com internet, ao chegar na estação você poderá utilizar o wi-fi da mesma.
Internet
Nós compramos um chip ainda no Brasil para utilizar na cdade. Mas, na realidade, não achamos que o chip foi necessário. Muitos lugares possuem wi-fi liberado e, além disso, todas as estações de metrô também. Então, eu diria que gastar dinheiro com o chip internacional é desnecessário. Dica: baixe o mapa da cidade de Nova York para usar offline no seu aplicativo Google Maps. Só lembre que usando off-line você não terá as rotas de transporte público, apenas as demais (de carro, a pé, etc).
Alimentação
Falar de alimentação é complicado pois é muito pessoal. A cidade tem restaurantes e opções para todos os gostos. Comemos fast-food, comemos comida boa também e não gastamos muito com isso. Recomendo muito o Hard Rock Café. Nós jantamos lá e achamos muito em conta. Para nós, ficou em torno de U$30 a refeição (na primeira noite que fomos) e o primeiro copo de refrigerante é grátis. Além disso, o ambiente é super descontraído, com música tocando, algumas peças de gente famosa (guitarras de famosos, roupas, etc). Enfim, vale a pena. Também experimentamos o Olive Garden, Shake Shack, McDonald’s, Dunkin’ Donuts. As redes de fast food costumam ser bem mais em conta e todas contam com opções naturais também.
Compras e Black Friday
Nós estávamos na cidade na Black Friday. Não era o meu objetivo fazer compras, mas, naquele dia eu dei uma passada nas lojas e havia muitas, mas muitas promoções. No entanto, havia muita gente. Nas lojas, tinha fila para tudo: banheiro, provador, caixa e até para a saíde. Mas valeu muito! Se você pensa em vir para a Black Friday, não irá se arrepender, com certeza. Só venha com dinheiro e paciência.
Desfile da Macy’s
No feriado de Thanksgiving, eu fui assistir ao famoso desfile da Macy’s. Dei uma pesquisada na internet para saber o melhor lugar, o horário para ir e como estaria o clima. O desfile começava às 9 horas da manhã, saindo do lado oeste do Central Park. Eu cheguei por volta das 7h30 na área que fica um pouco depois do Columbus Circle, onde começaria o desfile, e já não tinha mais lugar para ficar. Com muito sufoco, andei umas 2 ruas e consegui achar um lugar bacana – embora fosse um pouco distante da beirada. Então, minha dica para você que quer assistir ao desfile é: vá bem cedo. Muitas pessoas dormem pelo caminho onde o desfile vai passar, então, quanto mais cedo você chegar, melhor. O desfile dura em torno de duas horas e é fenomenal. Neste ano, o Jimmy Fallon estava em um dos carros. Além disso, é muito frio. O vento naquela região do Central Park é muito forte e gelado. Agasalhe-se!
Passeios
Como economizar nos passeios? No meu caso, eu comprei o New York City Explorer Pass. Ele é um passe que te dá direito a uma determinada quantidade de atrações (3, 4, 5, 6 ou 7). Eu usei ele para a Estátua da Liberdade, Museu do Ar e do Espaço (Intrepid), Museu Americano de História Natural, Top of the Rock e Museu Madame Tussauds. Deu uma economia em torno de U$40. O melhor é que você tem 30 dias para visitar as atrações. Enfim, eu sei que existem outras opções, mas eu coloquei no papel e, no meu caso, foi a que melhor me atendeu em termos de valores e possibilidades. Consegui usá-lo em todas as atrações sem problema algum.
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Central Park
O Central Park é incrível. Cada parte por onde você anda, parece que você está em uma cena de um filme. Eu sugiro que você reserve mais de um dia para passear pelo parque – até porque ele é muito grande. O que ver lá? Bem, existem alguns pontos famosos: o castelo que fica no meio no parque, a Gapstow Bridge (ponte famosa do filme Esqueceram de Mim 2), o memorial do John Lennon (Imagine) e a fonte que fica no meio do parque. Mas, sinceramente, só de você estar lá, com os esquilos pulando na sua frente e uma paisagem mais bonita do que a outra, já vale a pena. Curta cada momento. É mágico. E se você gosta de tirar fotos, vá com muito tempo, porque a cada dois passos você vai querer parar para registrar uma paisagem.
Esse foi o museu que eu mais curti, de todos que fui. Eu fui até a Times Square de metrô e, de lá, fui caminhando até o museu. É um pouco longe (em torno de 1,3 quilômetros) mas caminhar te ajuda a conhecer mais da cidade. Se você não quiser ir caminhando, tem um ônibus que te deixa na frente. Cheguei no museu às 10h e já tinha uma pequena fila, mas foi bem rápido. Como o museu abria às 10h, não havia muita gente. Dentro do museu, há várias atrações. É possível entrar em um submarino, entrar na parte de comando do navio, visitar os aviões antigos e icônicos que ficam à mostra, visitar o ônibus espacial da NASA e muito mais. Sério, eu achei fantástico. A parte de visitar o submarino não curti muito, talvez porque tivesse muita gente e nem dava para tirar fotos direito. Mas na parte onde você entra na área de controle do navio, achei maravilhoso. Eu estava sozinho lá, então isso foi bom. Pude filmar e ficar o tempo que eu queria tranquilamente – por não haver uma fila atrás de mim me empurrando – e passei bastante tempo lá. A parte onde fica o ônibus espacial da NASA também é incrível. Rende ótimas fotos. No museu, por ser à beira do rio, venta muito. Mas muito mesmo. Sugiro que você se agasalhe bem para ir lá. Na saída do museu, do lado direito, existe um píer que rende belíssimas fotos.
Considerações finais
Bom, no geral foi isso. Eu fiquei 14 dias – então, não tem como falar de tudo que visitei, senão o post ficaria muito grande (embora já tenha ficado). Minha dica é: aproveite cada segundo. Provavelmente, você não vai conseguir fazer tudo o que queria (eu não consegui), mas não deixe isso te desanimar. Anote tudo para curtir na próxima viagem. Nesses 14 dias eu andei muito, mas muito mesmo. E isso foi bom, porque conseguir curtir um pouquinho da vida dos norte-americanos. Mas, você chega à noite bem cansado. Nós usamos o app de previsão do tempo, que também foi muito útil e muito assertivo. Nos dias de chuva (creio que pegamos uns três), fomos curtir algo em um lugar fechado (museus, principalmente). Então é isso. Agora é começar a planejar a próxima.
Anderson, valeu pelo seu relato! Muito obrigada!
Gostaram do relato da Anderson? Se você quiser participar, envie seu relato para análise para laura@lauraperuchi.com COM FOTOS, seu nome completo e cidade/estado. LEMBRE-SE que é preciso ser detalhista. Não precisa escrever um livro, mas seu relato tem que ser informativo!
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Laura Peruchi é jornalista, autora e empreendedora. Mora em Nova York com seu marido desde 2014, e, desde então, divide em seu blog um conteúdo variado sobre a Big Apple. Com dicas de turismo, compras, restaurantes e muito mais, sua plataforma online tornou-se referência em conteúdo em português para quem está planejando uma viagem a Nova York. Acompanhe Laura também no Instagram, Youtube, Facebook e Spotify.
Laura, primeiro parabéns pelo blog e canal. São de muita ajuda para quem está planejando a primeira viagem. Você tem alguma dica sobre o Madame Tussauds? Obrigada!
Oi, eu nunca fui Sabrina… a dica que dou é procurar por desconto online antes de comprar. Que bom que está curtindo o blog e o canal!