O Diário de Viagem é uma seção que traz relatos de leitores do blog. Nesses relatos, eles contam como foi a viagem a Nova York, o que mais gostaram de fazer, o que não gostaram, dividem dicas, enfim: um diário mesmo. A convidada de hoje é a Alynne Carvalho, João Pessoa, PB. Ele ficou 3 dias na cidade, de 23 a 26 de dezembro 2017. Para conferir mais relatos, clique aqui.
O objetivo da minha viagem curtinha de três dias e meio (entre os dias 23 e 26 de dezembro) envolveu único e exclusivamente conhecer a cidade e alguns de seus pontos turísticos mais famosos durante o Natal. Então não cheguei a visitar restaurantes badalados ou a fazer compras (não entrei em uma loja sequer e não me arrependo disso haha). De qualquer forma, gostaria de compartilhar com vocês um pouco da minha experiência e, quem sabe, acabar ajudando.
Cidade, acomodação e locomoção: Cheguei na cidade pelo JFK e saí pelo LGA, contratamos um transfer pela CVC no Brasil e gostei muito do serviço. Os motoristas falavam português e foram bem pontuais. Como eu já estava no país, o voo foi doméstico pela Delta, então não tenho muito a contribuir sobre isso. O hotel que fiquei foi o Hilton Garden Inn New York/ Manhattan Midtown East, na 52 com a 3ª Avenida; hotel pequeno visto de fora, quase imperceptível, mas impecável por dentro. Quartos na média de tamanho para a cidade, acomodação confortabilíssima e limpa, com máquina de café de cortesia no quarto e também microondas e frigobar, além de uma equipe bem bacana. Cheguei ao meio dia e consegui fazer early check-in sem muitos rodeios. A única coisa foi que eles só tinham para esse horário o mesmo quarto que reservei, mas com acessibilidade. Não fazia diferença para mim, então fiquei com ele mesmo. Pela localização e ótima experiência achei um preço excelente para a época do ano.
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Dentro da cidade, usei dois tipos de transporte: metrô e… pernas! Haha! Apesar da ilha ser gigante, a forma como as ruas e avenidas são divididas são mais que didáticas, o que torna muito fácil a localização e locomoção. Assisti aos vídeos do metrô da Laura e, juntando isso a um estudo rápido do mapa e aplicativos, foi bem fácil e tranquilo. Algumas linhas do metrô estavam interrompidas por causa do feriado, mas isso não foi problema, pois sempre havia rotas alternativas. Usei o Citymapper como principal aplicativo e deu certo. Parece clichê, mas, mais do que nunca, o melhor conselho para desbravar Nova York, seja a pé ou pelo metrô é aquele de sempre: siga as placas! Elas nunca vão deixar você na mão.
Confira a série de vídeos sobre o metrô.
Alimentação: Como mencionei anteriormente, não visitei restaurantes famosos, não fazia parte dos meus planos. No entanto, comi bem e num preço bem acessível todos os dias, sem exceção. Como o orçamento era um pouco apertado, estipulei uma média de U$30 por refeição para mim e para meu esposo, juntos, e, procurando da forma mais eficiente, digo pra vocês que cheguei a gastar menos que isso. E não, não passamos nem perto de McDonalds e Subway, nem de qualquer outro fast food. A dica de ouro que eu poderia deixar para vocês que funcionou comigo é o Yelp, aplicativo que te mostra opções de restaurantes, entre outros, de acordo com o preço, localização e tipo de comida, além de ser possível conferir reviews, nota do público, imagens e o menu em 99% dos casos. Sabendo para onde você vai em determinado dia e fazendo uma pesquisa com calma antes de sair de casa, tudo tende a dar muito certo.
Sigam essa dica da Alynne! Já bati muitas vezes na tecla de que para economizar com alimentação, basta pesquisar! Usem o blog, baixem apps, organizem-se! Vídeo: Aplicativos para usar em Nova York – parte 1
Passeios e atrações: comprei todos os passeios com antecedência antes de chegar à cidade, pois queria ter tudo bem calculado por causa do curto espaço de tempo.
- Broadway – Comprei ingressos para Aladdin (balcony) pela Decolar; a razão pela qual escolhi comprar essa e uma outra atração por lá foi a facilidade para dividir no cartão de crédito. Recebi a confirmação imediatamente após a compra e o voucher aproximadamente 48h depois, com os números dos assentos e as informações necessárias. Imprimi, levei e ao chegar na bilheteria do teatro me dirigi a um guichê específico, e sem fila, para resgatar meus ingressos que já estavam separados num envelope com meu nome, tudo muito rápido. O espetáculo foi sensacional e mágico! Acho que se você vai à cidade vale a pena desembolsar uma graninha e vivenciar a Broadway. É tudo que eu imaginava de uma maneira ainda mais bonita, pela forma como tudo funciona e por ver a história se passando ali ao vivo, bem na frente dos seus olhos. Iria mil vezes. Ah, a equipe do teatro foi gentil e prestativa em todos os momentos, maravilhosos.
Broadway: como comprar ingressos baratos (e mais dicas!)
- NYC TV & Movie Tour – Uma das razões de adolescente pela qual sempre tive vontade de conhecer a cidade se deve em parte a tudo que vi em filmes e séries a minha vida inteira, e claro que não queria perder a chance de ver isso de perto. Pelos dias que ficaria na cidade, não consegui agendar um tour com o Jayme, da Grande Maçã, mais conhecido no grupo. Pesquisando por outras opções, achei o On Location Tours, talvez a empresa mais conhecida e com boas reviews em vários lugares. O que acontece é que, para mim, esse foi o dinheiro que eu sinto ter jogado fora. Escolhi um tour em locações de séries e filmes, porque estava com meu esposo e essa deveria ser uma atração que englobaria tanto meus gostos gerais quanto os dele. No entanto, essa empresa tem vários outros tours específicos, como Sex and the City, Sopranos, Gossip Girl, heróis dos quadrinhos e por aí vai. E é aí que mora o problema: a impressão que ficou foi que o que sobrou pro tour de filmes e séries que contratei foi literalmente “a sobra”, já que eles apagam todas as informações sobre todas as séries que eles têm tour específico, de forma bem descarada. Durante o passeio, que aconteceu num ônibus com algumas poucas paradas, o guia fazia perguntas e observações sobre filmes que absolutamente ninguém ali conhecia. O ponto alto foi a descida na fachada do prédio de Friends, que eu poderia ter ido pagando nada e por conta própria. Esse sem dúvidas foi meu maior arrependimento e algo que eu não recomendo de jeito nenhum.
- Top of the Rock – Também comprei o ingresso pela Decolar. Na hora da compra tive que escolher um dia específico, mas o fato é que eu poderia ir antes ou depois daquele dia, sem problemas, de acordo com o voucher. Troquei o ingresso numa bilheteria destinada a esse tipo de compra no lugar, com fila menor que a regular, num processo rápido, e já subi logo em seguida. O observatório é lindo e dá pra entender a razão das pessoas gostarem tanto. Os vidros permitem fotos lindas com vista para a cidade, além de você poder visualizar a parte norte e sul da ilha. Não subi em outros observatórios, mas acredito ter feito uma boa escolha.
Clique aqui e confira um comparativo sobre os três observartórios da cidade.
- Estátua da Liberdade – Segui a dica da Laura e utilizei o Ferry para Staten Island para conseguir ver a Estátua. Peguei o metrô e desci praticamente dentro da estação para pegar a balsa, que sai regularmente e é gratuita. Quando cheguei lá me deparei com muita gente, o que me deixou um pouco apreensiva, mas o transporte é suficiente pra todo mundo e não tivemos nenhum problema. Embarcamos na ida e ficamos num lugar bem bacana pra ver a estátua. A balsa não passa exatamente de lado, mas é uma distância razoavelmente suficiente pra admirar o monumento. Sem contar a vista que você tem da ilha de Manhattan, que para mim foi umas das coisas que mais ficou marcada na minha memória. Chegando em Staten Island é só desembarcar e embarcar de volta pra Manhattan, tudo muito tranquilo.
Saiba tudo sobre o passeio gratuito de ferry!
- Downton Abbey: The Exhibition – Coincidentemente, alguns meses antes de viajar, descobrimos que a exibição da série britânica Downton Abbey, da qual somos fãs, estaria em Nova York no período da nossa viagem. Apesar do preço meio salgadinho, não pensei duas vezes antes de comprar os ingressos e não me arrependo. A exibição, que fica próximo ao Columbus Circle, é deslumbrante e muito organizada, tudo com horário marcado. Recria vários cenários com perfeição, conta com várias peças de figurino como vestidos e joias, além de ser muito informativa e interativa. Tem também uma lojinha com várias lembrancinhas com preço bem justo. Algo que valeu muito a pena na minha viagem, sem dúvidas.
Clique aqui e saiba mais sobre a exibição
- Grand Central Station, 9/11 Memorial, Brooklyn Bridge, Rockefeller Center, Plaza Hotel, Central Park, Times Square – Todos esses lugares são de muito fácil acesso e gratuitos, exceto se você for no Plaza Food Hall e quiser consumir algo. Aliás, mesmo pra uma praça de alimentação pequena, as opções são relativamente variadas e o preço acessível. A Grand Central Station também tem várias opções de comida, é só dar uma volta, além de ser um deslumbre de tão linda que é. O Memorial de 11 de setembro (não entrei no museu) é um dos lugares mais tristes que já visitei, mas ao mesmo tempo senti muita esperança com toda a vida ao redor. A Brooklyn Bridge… belíssima! É um super monumento que vale demais a visita; a sensação é de estar no centro do mundo, não sei explicar. E pra quem quer souvenirs, os preços são bem baixos e há muita muita variedade de chaveiro, imã de geladeira, globo de neve e outras coisinhas. O Central Park… aaaah, tudo que eu sempre imaginei. Um lugar enorme e cheio de vida, com tanta coisa pra explorar, é uma pena que eu não tenha podido ficar mais tempo. O Rockefeller Center é realmente aquele sonho, com aquela árvore de natal enorme e toda a decoração de Natal, o problema é que aquela região especificamente estava uma loucura nos dias em que fui, então não fiquei muito tempo por lá.
No geral, mesmo num tempo tão curtinho, vivi com intensidade esses dias, e aproveitei cada momento. Voltei para casa toda quebrada de tanto andar e com queimaduras de frio, mas sabe o que? Faria tudo de novo! Voltarei um dia, Nova York, mas dessa vez vai ter que ser no verão! Haha
P.S.: Descobri que tinham o famoso drink da Carrie de Sex and the City, o Cosmopolitan, no restaurante do meu hotel. E foi assim que eu me despedi dessa cidade encantadora: em grande estilo!
Obrigada, Alynne, pelo seu relato tão detalhado!
Gostaram do relato da Alynne? Se você quiser participar, envie seu relato para análise para laura@lauraperuchi.com COM FOTOS, seu nome completo e cidade/estado. LEMBRE-SE que é preciso ser detalhista. Não precisa escrever um livro, mas seu relato tem que ser informativo!
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Laura Peruchi é jornalista, autora e empreendedora. Mora em Nova York com seu marido desde 2014, e, desde então, divide em seu blog um conteúdo variado sobre a Big Apple. Com dicas de turismo, compras, restaurantes e muito mais, sua plataforma online tornou-se referência em conteúdo em português para quem está planejando uma viagem a Nova York. Acompanhe Laura também no Instagram, Youtube, Facebook e Spotify.