O Diário de Viagem é uma seção que traz relatos de leitores do blog. Nesses relatos, eles contam como foi a viagem a Nova York, o que mais gostaram de fazer, o que não gostaram, dividem dicas, enfim: um diário mesmo. A convidada de hoje é a Rafaela. Ela ficou 5 dias na cidade, em março de 2018. Para conferir mais relatos, clique aqui.
Saí no dia 22 de março de Guarulhos. Meu vôo era pela Air Canada, com escala em Toronto. Foi minha primeira vez voando de Air Canada e achei tudo fantástico! A aeronave era ótima, super moderna! O serviço também. Mas o que achei mais incrível foi poder fazer a imigração americana no Canadá! Isso foi ótimo, porque fiz a imigração em um tempo que estaria à toa no aeroporto de Toronto, e aí, quando cheguei nos EUA, já não tinha que me preocupar mais com isso, só saí do avião como se saísse de um vôo doméstico.
Hotel: Fiquei hospedada no Mayfair New York. Minha viagem foi toda planejada tendo em vista que meu foco principal eram os musicais da Broadway. Portanto, procurei um hotel bem na Times Square, perto dos teatros. A localização desse hotel é nota mil! Logo embaixo do hotel fica o teatro de The Book of Mormon e, atravessando a rua, fica o teatro de Chicago. Para chegar na Times Square, é só virar a esquina. Nessa mesma esquina, tem uma estação de metrô, e na esquina de cima tem outra. Entretanto, dentre os hoteis disponíveis na Times Square, esse foi meu escolhido por ser o hotel mais barato com quarto e banheiro privativos (paguei R$340 a diária, mais 18 dolares de taxas) . Então, já fui sabendo que o hotel não seria dos melhores. O tamanho do quarto era okay, o suficiente pra mim, que viajava sozinha. A cama era estilo viúva, maior do que de solteiro mas menor do que casal. Para mim a cama estava um pouco dura, mas eu estou acostumada com camas bem moles. De qualquer forma, não foi nada que incomodasse meu sono. O quarto era limpo, tinha cheiro de limpeza, mas o carpete estava bem manchado. A decoração era toda bem antiquada. No primeiro dia, não consegui fazer com que a água saísse pelo chuveiro, só pela banheira, mas comuniquei a recepção e eles consertaram o problema imediatamente. Eram muito prestativos. Por último, até mesmo porque eu só percebi no último dia, ao abrir a cortina do quarto vi que a janela estava presa na parede com fitas isolante. Acho que se tivesse notado isso logo no começo minha impressão do hotel como um todo teria sido pior. Mas no geral, foi uma experiência satisfatória. Ficaria de novo no hotel se fosse sozinha novamente, mas se tivesse viajando com mais pessoas sem dúvidas procuraria algum outro na região.
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Dia 1 – quinta-feira: Cheguei às 16h. Peguei o AirTrain e o trem pra Manhattan. Desci na Penn Station e peguei o metrô para hotel. Estava super animada de ter chegado e apenas deixei as malas no quarto e já saí pra explorar. Comprei com antecedência pela WePlann um voucher para o Top of the Rock (R$139,00). Achei ótimo pois o voucher vem sem data, você escolhe quando quer ir! Eles pedem apenas pra que você troque o voucher por um ingresso com um dia de antecedência. Mas eu cheguei no Top of the Rock às 17h consegui trocar pra meia hora depois – perfeito pra ver o pôr do sol! Não peguei nenhuma fila! Estava bem vazio, não sei dizer o motivo. A vista do Top of the Rock é perfeita! Achei que valeu muito a pena! Quando desci, dei uma volta pelo Rockefeller Center: achei várias lojinhas legais e diferentes. Depois, voltei pra região da Times Square. Visitei algumas lojas, sentei nos degraus da TKTS pra apreciar a vista, e quando a fome bateu fui para o Junior’s, que era bem na esquina do hotel. Comi um burger com bacon, onion rings e batata frita – muitíssisimo bem servido! – e tomei uma cerveja. Não me pediram identidade para cerveja. A conta, com tip já inclusa, ficou $31,00. Como estava cansada da viagem voltei para o hotel logo em seguida.
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Dia 2 – sexta-feira: acordei às 7 da manhã e sai logo em seguida. Como essa foi minha segunda vez em Nova York, eu já havia feito a grande maioria dos passeios que normalmente são indicados pra turistas, então só revisitei meus preferidos. O Central Park, sem dúvidas, foi um deles. Peguei o metrô e desci na estação do Museu de História Natural. Caminhei um pouco até a Levain Bakery, conhecida pelos melhores cookies da cidade, e comprei dois cookies e um café para tomar enquanto caminhava pelo Central Park ($12). O parque estava maravilhoso! Na quarta-feira, uma nevasca tinha caído na cidade, e, como ainda estava bem frio, a neve não tinha derretido. O parque estava inteirinho branquinho, parecia um sonho! Andei pelo Central Park por cerca de duas horas, passando pelo Belvedere Castle, Bow Bridge, Strawberry Fields, o rink de patinação e terminei na frente do The Plaza.
Guia para explorar o Central Park
Entrei para visitar a lojinha de Eloise, minha personagem preferida da infância. Recomendo essa visita para qualquer um que já leu os livros ou viu os filmes, pois é apaixonante! Depois, desci pela 7a avenida até o hotel, para deixar a sacola com o que tinha comprado lá. Eram 11 da manhã. Minha próxima parada era a Union Square. Peguei o metrô até lá e quando desci vi que estava tendo uma feirinha! Dei uma olhada e fui pra PetCo, meu real motivo para ir até a Union Square. Achei a loja bem grande e com bastante variedade, além de bem organizada! Um paraíso pra qualquer um que tem pets e sabe o preço de produtos pra eles no Brasil.
Aproveitei que estava por ali e visitei a Barnes and Noble: a maior que visitei na cidade! Vários andares, milhares de livros e até mesmo uma sessão de brinquedos. No meu roteiro original, essa seria a hora em que eu comeria de novo: tinha marcado no mapa o restaurante San Marzano, de comida italiana, e o Mighty Quinns Barbecue, de churrasco americano, ambos próximos à Union Square. Mas como ainda não estava com fome, acabei não indo em nenhum dos dois. Nos meus planos, após essa refeição eu iria para o hotel descansar e me arrumar para o teatro. Entretanto, acabei tudo isso às 13h30 – muito antes do que esperava! E também não estava me sentindo cansada.
Então decidi voltar para o Central Park e visitar o Museu de História Natural, que já tinha ido antes e amado. Comprei o ingresso para entrada (U$18, pois tenho carteirinha de estudante americana) e andei pelo museu das 14h até por volta das 16h30. O horário não foi ideal, pois várias salas fecharam às 15h, 15h30, mas consegui revisitar as minhas preferidas.
Saindo, comi num Chipotle perto do hotel, porque precisava de alguma coisa rápida e não queria gastar muito (U$12, um chicken bowl com guacamole e refrigerante). Após voltar para o hotel e me arrumar, segui para a atração que mais antecipei dessa viagem: Mean Girls (Meninas Malvadas) na Broadway! O musical ainda está nas previews e comprei o ingresso assim que as vendas começaram(U$134, taxas incluídas, no mezanino). O bar do teatro faz drinks especiais baseados na peça, e comprei um drink chamado On Wednesdays We Wear Pink (U$34, o double), que vinha em um copo personalizado que você pode levar para casa depois. Também não pediram minha identidade para venda do drink. Estava muito nervosa com medo de me decepcionar com a peça pois minhas expectativas eram altíssimas, mas elas foram mais do que superadas! A peça está hilária, as músicas são maravilhosas e a sintonia dos atores nos números de dança é de cair o queixo. Amei demais! Ao fim da peça a grande maioria dos atores saiu pelo Stage Door para assinar Playbills e tirar foto, e foram todos muito simpáticos. Saí e fui direto para o hotel e, depois de andar o dia todo e estar exausta, ter o hotel a duas quadras do teatro realmente fez toda diferença.
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Dia 3 – sábado: Saí do hotel por volta das 8h e me surpreendi com a quantidade de gente na rua. Estava impossível andar pela Times Square. Não sei se é comum ela ficar tão cheia nos fins de semana ou se estava extra cheia por causa do Spring Break. Descobri também que neste dia houve o March for Our Lives, e vi muitas pessoas caminhando com cartazes – além de uma quantidade assustadora de polícias “anti-terrorismo”. Peguei o metrô e fui para Downtown. Fui no sábado de propósito, sabendo que seria menos movimentado do que nos dias de semana. Desci na estação do World Trade Center. Visitei o Oculus e o 9/11 Memorial, mas foi uma visita MUITO rápida porque fiquei com uma sensação muito ruim vendo as piscinas.
Fui até a Trinity Church e passeei pelo cemitério da igreja. Como não havia chances de conseguir ingressos com um preço razoavel para assistir Hamilton, fui visitá-lo em seu túmulo haha. Fiquei surpresa de ver que não fui a única que pensou isso, pois havia uma fila para ver o túmulo. É um túmulo bem bonito e achei a visita bem tocante, mas acho que essa é uma visita que só faz sentido para fãs de musicais ou de história.
Continuei descendo, passei pelo Charging Bull e cheguei no Battery Park. Comprei um cachorro quente e sentei ali para comer olhando a Estátua da Liberdade de longe. Havia planejado visitar o Pier 17 depois disso, que já tinha visitado antes e amado, mas quando descobri que ele estava fechado para renovação desisti.
Um roteiro para explorar a região Downtown
Voltei pra Times Square e fui pra TKTS. Surpreendentemente não tinha fila nenhuma! Comprei um ingresso para matinê do Fantasma da Ópera (U$109 na quarta fileira da orquestra). Sou apaixonada pelo musical e sempre recomendo pra todos, mas dessa vez fiquei refletindo sobre como essa peça está antiga. Até mesmo os efeitos com fogo, achei tudo bem datado. É maravilhoso e a história é linda, mas acho que para quem for escolher apenas um musical para assistir, existem vários muito mais modernos e empolgantes. Do meu lado estavam sentados um casal de brasileiros, e ambos dormiram em diversos momentos da peça. Mas para mim valeu super a pena, e nunca me canso de ver essa peça.
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Saí do teatro com pouco tempo para comer e ir para o hotel me arrumar para a peça da noite, então, novamente, procurei um local próximo para comer alguma coisa rápida. Comi duas fatias de pizza e um refrigerante na Sbarro (U$11). A pizza estava bem gostosa, mas o lugar todo me pareceu um pouco nojento e desorganizado. Acabou me lembrando muito um refeitório de universidade americana, coisa que abomino.
Meu próximo destino era minha peça preferida, Wicked! Comprei o ingresso com bastante antecedência (U$222, na segunda fileira da orquestra). O bar também tinha drinks relacionados à peça (U$19) e novamente não pediram minha identidade. Acho importante ressaltar isso porque em nenhum momento da minha viagem me pediram identidade para beber, e isso nunca tinha acontecido comigo nos EUA! Em geral, todos os lugares sempre pedem! Sobre o musical não tenho nem o que dizer. Acho essa peça perfeita para todas as idades. É o mix perfeito de comédia, drama, romance e até mesmo um pouco política no subtexto. Os efeitos especiais são sempre emocionantes e a história é pra se levar pra vida toda. Sai extasiada, como sempre. Também fui para o Stage Door para conhecer os atores e depois sai direto pro hotel.
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Dia 4 – domingo: Saí do hotel mais tarde, por volta das 9 e fui pra Hillsong Church. Fiquei supresa com a fila que encontrei na entrada da igreja, mas logo consegui entrar. Essa é minha igreja preferida, sou muito fã das músicas feitas por eles e sempre saio me sentindo muito bem após a mensagem. Acho que essa é uma experiência muito diferente das igrejas convencionais, que vale a visita. Tudo tem um aspecto de festa, as luzes, as músicas, a animação. É demais!
Saí e fui direto pra B&H. Tinha feito compras pela internet para retirar lá, para ter certeza que teria o que eu precisava e não precisar perder tempo procurando. Foi ótimo! Depois andei um pouco pela 34th, que, particularmente, acho a melhor para compras. Tem todas as lojas que queria visitar, além da Macy’s, que é um show à parte. Como o que comprei na B&H era pesado, voltei para o hotel para deixar lá e não carregar tudo o dia inteiro.
Em seguida fui para Grand Central Station. Andei bastante por ali e acabei escolhendo comer no Shake and Shack (U$18, um hamburguer duplo com bacon, batata frita com queijo e bacon e uma coca grande). Achei o burger bem gostoso, mas minha rede preferida dos EUA segue sendo a Steak and Shake.
Saí de lá e fui visitar a Public Library. Fiquei um pouco decepcionada porque os visitantes não podem entrar em todas as salas e nas que podem ficam em uma área restrita, sem poder realmente ter contato com os livros. Então, subi a Quinta avenida até o MoMa. Também já havia comprado o voucher pela WePlann, novamente, não precisei pegar nenhuma fila. O museu estava bem cheio, o que já imaginei por ser domingo, mas nada que atrapalhasse muito a visão das obras. O MoMa é meu museu preferido, principalmente os dois últimos andares com as obras fixas. Porém também AMEI ver a exposição sobre a Tarsila do Amaral! É muito legal ver alguém do nosso país tendo tanto destaque e ver de pertinho obras tão conhecidas por nós. Adorei.
Andei de volta para o hotel para me arrumar para o teatro e saí pra assistir Bob Esponja! Já tinha comprado o ingresso pela internet (U$215,00, no meio da orquestra) e me arrependi imensamente pois o ingresso pra cadeira do lado estava U$89 na TKTS naquele dia. A peça é bacana, mas é infantil. Não é como Wicked, que serve tanto para adultos quanto para crianças. A história em si é muito infantil. Não recomendaria para adultos sem criança. Mas o cenário foi o mais bonito que já vi em teatro em geral! É fantástico! Visualmente é uma peça perfeita. O cenário, os figurinos, os efeitos especiais, as coreografias, tudo incrível. Peca mesmo na história e na qualidade das músicas (embora os atores sejam todos muito talentosos no canto). Ainda assim, gostei da experiência. Achei a peça bem engraçada.
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Saindo de lá, fiz umas comprinhas na Times Square e passei no Junior’s novamente para pegar uma fatia de Cheesecake (U$8) para comer no hotel, enquanto arrumava as malas. O dia seguinte seria meu último e não queria perder nenhum momento dele fazendo isso, então já deixei tudo organizado no dia anterior.
Dia 5 – segunda-feira: Acordei bem cedo e fui na Target da 34th para comprar chocolates que daria como lembrança da viagem. Vale muito a pena! A diferença de preço entre os chocolates que comprei lá e os do duty free era de cerca de U$5 por barra! Também passei em uma das milhares de lojinhas de souvenirs e voltei para o hotel para fechar de vez a mala. Fiz check out e deixei a mala guardada no hotel, para buscar antes de ir para o aeroporto.
Saí para o Chelsea Market! Andei por lá por um tempo e almocei no Buon Italia, no subsolo. Comi ravióli com recheio de trufa e molho de parmigiano reggiano (U$12) e estava simplesmente divino! A massa estava super fresca e todos que trabalham na cozinha são realmente italianos. Também tomei um sorvete no L’Arte Del Gelato (U$6, o copo pequeno) que também estava bem gostoso.
Depois disso, andei um pouquinho pelo Highline Park mas, sinceramente, não achei nada demais. Talvez seja por ainda estar frio e não ter nenhuma vegetação que chamasse atenção. Como esse era meu último dia, deixei o roteiro livre, então desci do Highline Park e fui andando sem destino, só curtindo as belezas escondidas de Nova York. Acabei chegando na Union Square e de lá peguei um metrô para o Central Park.
Foi muito legal ver a diferença no parque de sexta para segunda! A neve não só tinha derretido completamente, mas os gramados estavam todos verdinhos. Caminhei um pouco por lá também e fui até o Columbus Circle. Andei pelas lojas e gostei muito de conhecer a loja física da Amazon! Desci caminhando até a Times Square, comprei uns docinhos em uma Duane ali por perto e sentei nos degraus da TKTS pra comer enquanto me despedia da minha vista preferida.
De lá, fui no hotel buscar minhas coisas e saí pro aeroporto. Decolei de Newark com o sol se pondo bem atrás da Skyline de Manhattan, e foi uma vista perfeita para finalizar a viagem.
Fiquei muito feliz de ter ido sozinha. Foi ótimo ter a liberdade de organizar minha viagem exatamente como eu queria e não ter que me preocupar com ninguém além de mim e minhas vontades. Não foram muitos dias, mas sinto que consegui fazer muitas coisas, e definitivamente consegui ver tudo que estava no meu roteiro.
Queria muito agradecer a Laura e ao pessoal do grupo, pois sem dúvida as dicas de todos e do blog foram essenciais para eu me programar e conseguir fazer tudo que fiz!
Obrigada Rafa, seu relato ficou incrível!
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Laura Peruchi é jornalista, autora e empreendedora. Mora em Nova York com seu marido desde 2014, e, desde então, divide em seu blog um conteúdo variado sobre a Big Apple. Com dicas de turismo, compras, restaurantes e muito mais, sua plataforma online tornou-se referência em conteúdo em português para quem está planejando uma viagem a Nova York. Acompanhe Laura também no Instagram, Youtube, Facebook e Spotify.
Adorei seu relato. Acho ótimo esse espaço no blog pois você viaja com varias pessoas com diversos gostos e estilos através dos relatos. Eu ja estive NY 2 vezes e a cada relato me surpreendo com quantas coisas ainda não vi, fiz VIVI. Adoro 😘