O Diário de Viagem é uma seção que traz relatos de leitores do blog. Nesses relatos, eles contam como foi a viagem a Nova York, o que mais gostaram de fazer, o que não gostaram, dividem dicas, enfim: um diário mesmo. A convidada de hoje é a Mariana Kuramoto, de Curitiba, PR. Ela ficou 8 dias na cidade, em dezembro de 2018. Para conferir mais relatos, clique aqui.
Nossa viagem começou quando eu perguntei para minha mãe qual era o lugar que ela sonhava em conhecer, a resposta imediata foi Nova York. Depois de decidirmos nossa ida à Big Apple, começamos a pesquisar muito e foi então que achamos o Blog da Laura, que serviu de nosso guia durante todo o planejamento. Como fomos em dezembro, tivemos que nos preparar para enfrentar o frio e foi ai que compramos o e-book da Laura das Quatro Estações – que nos ajudou ao que levar, o que vestir e o que esperar!
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Ida: Saímos de Curitiba dia 13/12 as 16h20, tínhamos escala em São Paulo > Santiago > Nova York – e com esse número de escalas, foi ai que nossa aventura começou. Saímos de CWB no horário previsto, voamos com a Latam. Chegando em Guarulhos o tempo fechou e começou a chover SUPER forte. Ficamos mais ou menos uma hora dentro do avião depois de pousar, pois não queriam deixar ninguém sair por causa do tempo feio, ventania e dificuldade de engatar a escada para descermos. Até aí ok, não me apavorei porque eu sabia que tínhamos 2h30 de escala em GRU. Quando saímos do avião, outra surpresa: aeroporto completamente no escuro! Luz havia acabado. Sem luz, claro que nosso voo pra Santiago atrasou. Aí que nosso nervosismo começou, pois atrasando esse voo, haveria grandes chances de perder o voo de Santiago > Nova York. E sim, nosso voo atrasou cerca de uma hora! Ao chegar no aeroporto de Santiago, enfrentamos fila para passar pela esteira do raio-x e corremos pelo aeroporto para achar nosso portão de embarque. Chegando no embarque, avisaram que os portões já haviam fechado e que não podíamos entrar, porém como vimos que o avião ainda estava ali, imploramos para que nos ajudassem e deixassem embarcar. A moça da Latam começou a passar rádio, e eu por não entender nada do espanhol (engana-se quem acha parecido com o português, tive muita dificuldade em me comunicar com eles) estava aflita. Por fim, deixaram-nos entrar! As aeromoças da Latam foram super solícitas, nos acalmaram e disseram que podíamos relaxar. Mas, não acaba por aqui. Chegamos no aeroporto JFK, a imigração foi tranquila e rápida, ela só perguntou se alguém falava inglês e quantos dias iríamos ficar em Nova York. Na hora de pegar a bagagem na esteira, cadê? Uma hora esperando TODAS as malas descerem e nada das nossas, mais uns 30 minutos pra conversar com o pessoal do aeroporto pra saber o que aconteceu, até nos dizerem que era para preenchermos um formulário de “extravio de bagagem”, pois nossas malas realmente não haviam chegado. A gente nunca espera essas coisas acontecerem, e isso nunca aconteceu comigo, então nem sabia como agir. Só aprendendo mesmo.
Aqui vão algumas dicas para todos que viajam: sempre levem algumas peças de roupa na bagagem de mão e façam o seguro viagem, mesmo que digam que não é obrigatório! E lembrem-se, quando vocês preenchem a ficha no aeroporto de extravio de bagagem, não esqueçam de checar se contém o numero de Relatório de Irregularidades na Propriedade (PIR). Pois eu não sabia disso, saímos do aeroporto sem pegar esse numero e na hora de acionar o seguro eles solicitaram o PIR (que não tinha na minha ficha), sendo assim, eu não estava conseguindo acionar ele.
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Saindo do Aeroporto JFK: tentamos fazer com que o extravio das nossas malas não abalasse nossa viagem. No aeroporto mesmo, trocamos de roupa (bota, blusa segunda pele, casaco – tudo que havíamos deixado na mala de mão) e seguimos em frente à procura do AirTrain – antes da viagem eu havia assistido todos os videos da Laura e da Nyorquina sobre o AirTrain e MetroCard de NY, ajudou muito. Obrigada Laura! É super fácil, mas como sou perdida por natureza, tive que perguntar para algumas pessoas só para me certificar de que estava fazendo certo.
Clique aqui para conferir o vídeo do AirTrain.
Hospedagem: como nosso intuito da viagem era conhecer Nova York e também, gastar muito em compras, preferimos economizar e ficar em um Airbnb em New Jersey. Optamos por essa acomodação, pois foi uma indicação que recebemos, ficamos na casa de uma brasileira em Elizabeth, pertinho do Jersey Gardens Mall. A casa ficava próxima da estação de trem de North Elizabeth que nos deixava em 30 minutos na Penn Station em NY. Como ficamos por 9 dias, compramos um passe de trem por aproximadamente 52 dólares que podíamos usar ilimitado por 7 dias – os outros dias compramos avulso – o passe de trem individual custa $7 (se não estou enganada).
Leia: Vale a pena se hospedar em New Jersey?
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Primeiro dia: saímos do aeroporto por volta das 10h30. Fomos até a Penn Station e decidimos não ir até New Jersey deixar nossas malas (estávamos com a de mão) e seguir nosso cronograma. Meu plano inicial era passar na Apple da 5th Ave. para comprar um iPhone. Na Penn Station mesmo, ja compramos nosso MetroCard ilimitado por 7 dias (seguimos as dicas da Laura!). Pegamos metrô e descemos a algumas estações da loja da Apple, fomos andando mesmo e ja conhecendo tudo pela 5th Avenida. Os atendentes da Apple foram super simpáticos, tiraram todas nossas dúvidas – minha maior dúvida era quanto ao 4G funcionar no Brasil (e estou usando ele aqui perfeitamente). Comemos um cachorro quente de rua, de frente para o Central Park. Começou a garoar, então seguimos até a Uniqlo da 5th Avenida (assistam ao vídeo da Laura sobre os casacos de frio e roupas térmicas!) e como escurece cedo na época de Dezembro, por volta das 16h30, saímos da loja e ja estava escuro. Fomos então conferir a árvore de Natal na Rockefeller Center. Foi emoção! É realmente sentir o que é o Natal em Nova York.
Vídeo: Guia de compras na Uniqlo.
Segundo dia: acordamos preocupadas com nossas malas e sem conseguir acionar o seguro por causa do numero do PIR, decidimos voltar ao JFK para conseguir mais detalhes. Chegando no JFK, já da porta do desembarque da Latam vimos que nossas malas estavam lá. Alívio! Parecia que agora sim nossa viagem havia começado. Perdemos um pouco de tempo nesse dia, pois tivemos que voltar a New Jersey para deixar nossas malas. Nesse dia, fomos até o Flatiron Building, andamos até o prédio do Friends (apenas para tirar foto, pois não há nada em volta do prédio). Saindo dali, fomos até a Bleecker Street com vários restaurantes por perto. Optamos por pizza na John’s Pizzeria, pois ja haviam nos recomendado a pizza de lá. Maravilhosa! Pegamos metrô até a Times Square. É mágico! Sair da estação e dar de cara com placas iluminadas, multidão, musicas na rua… É bem coisa de filme! Claro que não podia faltar muitas fotos, inclusive na escadaria. Visitamos lojas por ali, e até nos encantamos com a loja da Disney.
Terceiro dia: o tempo amanheceu chuvoso, decidimos então passar o dia no Jersey Gardens Mall – de onde estávamos, ir de ônibus foi super fácil e barato. São muitas lojas, você fica perdido! Compramos uma mala lá para não ficar andando com tanta sacola. Começamos pela Burlington, mas ela é TÃO grande, que precisa de um bom tempo para procurar roupa – acabei comprando apenas relógio lá. Outra loja que virou nossa favorita, foi a Century 21 – perfumes super baratos! Calvin Klein e GAP tinha muita promoção. Perdemos um bom tempo também na Marshall’s e na Bed Bath & Beyond. Almoçamos na Applebee’s e rodamos todas as lojas do shopping. Saímos de lá quando ja estavam fechando. Não esqueça de comprar o livrinho de descontos na entrada, custa $5 e tem a maioria das lojas participantes.
Quarto dia: por incrível que pareça, depois de um dia feio de chuva, Nova York amanheceu linda e ensolarada (claro, que ainda frio). Vimos o tempo e decidimos aproveitar para ir ao Central Park. Descemos na estação da Columbus Circle. O parque é imenso! Então, ja tínhamos na cabeça que iriamos visitar os pontos mais “turísticos”. Para quem gosta de filme, é incrível. A cada lugar que andamos, lembramos de algum filme ou seriado. Passamos pelo Wollman Rink, Gapstow Bridge, Bathesda Fountain e andamos bastante por lá. Almoçamos no Shake Shack e depois fomos até o Museu de Historia Natural, pois estava MUITO frio para andar no tempo aberto. Já escuro, caminhamos novamente para o Rockefeller, dessa vez de outra perspectiva, onde vimos a Saks toda enfeitada e um show de música. Vimos o Empire State iluminado à noite, entramos e nos encantamos com a Macy’s, fomos ao Bryant Park, onde também tinha um rinque de patinação, feirinha, e um lugar aconchegante cheio de restaurantes para comer. E terminamos nossa noite dando um pulinho no Whole Foods Market.
Quinto dia: acho que foi o dia mais frio que pegamos em Nova York, lembro de ver o app marcando -4 graus (mas nada de neve!). Compramos ingresso para o Museu & Memorial do 11/09 e do One World Observatory. Nós nos emocionamos muito no museu e a vista do observatório é linda! Super recomendo! Nesse dia, comemos comida mexicana no Chiplote – super barata! E por causa do frio intenso, passamos a tarde na Century 21 e fizemos mais compras. De noite, M&Ms na Times Square e mais uma volta pelas lojas de la.
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Sexto dia: dia em que a gripe bateu e a temperatura marcou -1 em NY. Fomos para o Chelsea Market, pegamos ele abrindo ainda. Passamos pelo High Line – acredito que deve ser lindo no verão ou primavera. Fomos para o Washington Square Park, Nutella Cafe (para os apaixonados pela avelã) e Union Square Park – onde estava tendo feirinha também; seguimos para o Grand Central Terminal (terminal gigante!) e chegamos na St. Patrick’s Cathedral bem na hora que ia acontecer apresentação um coral de uma escola. Comecei a sentir os sintomas da gripe, então decidimos passar no Pret A Manger pra um almoço rápido, compramos remédio para gripe no Walgreens e voltamos para New Jersey para descansar. À noite, jantamos num restaurante em New Jersey e fomos a alguns mercados por la.
Sétimo dia: quase recuperada e pronta para Nova York, estava faltando a Magnolia Bakery. Tomamos café da manhã lá e a vontade é de pedir tudo da vitrine! E esse dia foi dia de Chinatown e Little Italy. Passamos pelas lojinhas, Templo Budista, uma praça da Chinatown e comemos os famosos “dumplings” – $1,50 com 5 unidades. Andamos pouco por Little Italy. Decidimos ir para Dyker Heights no Brooklyn ver as casas iluminadas de Natal – infelizmente enquanto estávamos indo, começou a chover forte. Mas, continuamos com nosso trajeto e com um guarda-chuva caminhamos pelas ruas enfeitadas. Acredito que pela chuva e pouca gente passando pelas ruas, muitas casas estavam com as luzes desligadas. Voltamos então para Little Italy e jantamos no restaurante Paesano.
Oitavo dia: os remédios dos EUA são muito bons, pois a gripe sumiu em 2 dias! Fomos para o Battery Park, vimos muitos esquilos, grupo de dança no parque e seguimos para o Charging Bull de Wall Street. Fila para tirar foto com a traseira dele e com a parte da frente! Claro que tiramos fotos dos dois lados para garantir nossa sorte 🙂 Tomamos uma sopa pronta no Pret A Manger mesmo, e tivemos que comprar uma touca na rua para aguentar o frio. Fomos então na loja da ELF Cosméticos que tanto comentavam no grupo – mal sabíamos nós que nesse dia, comprando $25 em maquiagem ganhávamos uma bolsinha com mais um monte de maquiagem! Ficamos felizes demais! E mesmo com o frio, atravessamos a ponte do Brooklyn, tiramos muitas fotos na Washington St. e comemos um bolo delicioso na One Girl Cookies. Voltamos, pois tínhamos horário marcado para subir no Top of The Rock (compramos ingresso dois dias antes). Foi o dia mais CHEIO que enfrentamos. Queríamos entrar na FAO Schwarz para conhecer, mas a fila da loja quase dava volta na quadra. Demoramos quase uma hora para chegar na entrada do observatório, pois TODAS as ruas em volta estavam lotadas. Era muita gente! Enfim, entramos. E depois de ver Nova York de dia pelo One World Observatory, ver ela de noite foi outra coisa. Empire State iluminado e TODA a cidade iluminada. Foi outra emoção inexplicável! (Estávamos na dúvida sobre qual observatório subir, mas vimos o vídeo da Laura para entender melhor).
Empire State, Top of the Rock ou One World Trade Center: qual o melhor observatório em Nova York?
Nono dia e volta para o Brasil: não tivemos tempo de fazer nada nesse dia, pois tiramos a manhã para terminar de arrumar as malas. Contratamos o transfer do Emerson – outra dica do blog! – e fomos muito bem recepcionadas pelo Cid. Como estávamos em New Jersey e nosso voo era às 16h30 no JFK, fomos recomendadas a sair às 12h30, para não haver atrasos e imprevistos. E ainda bem que saímos antes, pois havia muito trânsito. E, para fechar com chave de ouro toda essa aventura, o ator Willem Dafoe estava no mesmo voo que a gente! Deu pra tirar foto com ele no JFK e um plus: ele ainda parou na nossa frente na esteira para esperar sua bagagem em Guarulhos – SP. Viagem concluída!
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Obrigada Laura e a todos do blog que nos ajudaram!
Observações:
- Optamos por New Jersey, pois nosso intuito era economizar bastante, conhecer Nova York e gastar com compras. Digo que não nos arrependemos! O transporte é super tranquilo. Recomendo locais mais distantes para quem não se importa em ficar longe do agito da Times Square, e não vê problemas em pegar trem ou metrô.
- Não compramos nenhum passe, tipo o Sightseeing ou City Pass, mas me arrependo. Pois, comprando eles antecipado poderíamos ter economizado mais em dólar e ter parcelado no cartão e pago em real. Confira passes clicando aqui.
Obrigada pelo seu relato, Mariana!
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Laura Peruchi é jornalista, autora e empreendedora. Mora em Nova York com seu marido desde 2014, e, desde então, divide em seu blog um conteúdo variado sobre a Big Apple. Com dicas de turismo, compras, restaurantes e muito mais, sua plataforma online tornou-se referência em conteúdo em português para quem está planejando uma viagem a Nova York. Acompanhe Laura também no Instagram, Youtube, Facebook e Spotify.
Dicas maravilhosas pro inverno, e não só pra New York, né? Amei! Obrigada pelo post!