Diário de viagem a Nova York – Luiza Cereja

O Diário de Viagem é uma seção que traz relatos de leitores do blog. Nesses relatos, eles contam como foi a viagem a Nova York, o que mais gostaram de fazer, o que não gostaram, dividem dicas, enfim: um diário mesmo. A convidada de hoje é a Luiza Cereja, do Rio de Janeiro. Ela ficou 9 dias na cidade.  Para conferir mais relatos, clique aqui. 

“Oi pessoal! Eu e meu marido ficamos 9 dias na Big Apple  e vou contar dia a dia o que fizemos em Nova York seguindo as dicas da Laura e do grupo no Face, que foram de grande valia. Espero que gostem. Abaixo, vocês conferem meu relato e meus perrengues com o enxoval de bebê na alfândega brasileira…

Primeiro dia, 5 de abril:  Chegamos em Nova York pelo aeroporto JFK por volta de 12h30, enfrentamos 1:30 de imigração e depois pegamos um taxi até Manhattan (70 dólares com as gorjetas). O carro era enorme e cabia muitas malas. Chegamos no hotel quase na hora do check in – Hotel The Gallivant Times Square – que era às 15h, e já deixamos as malas no quarto. Seguimos para comer no Mc Donalds, pois ainda não sabíamos onde era nada. Dali, fomos comprar um chip da T-mobile com 2GB de internet por 33 dólares, com taxas. Seguimos para o metrôe compramos o Metrocard de 1 semana ilimitado por 32 dólares + 1 dólar do cartão. Como eu estou grávida e ia aproveitar a viagem para fazer o enxoval, fomos direto à Buy Buy Baby, pois eu queria comprar o carrinho e bebê conforto primeiro, pois não tinha ideia do modelo que eu queria e se precisasse comprar pela internet dava tempo de entregar até eu ir embora. Comprei e mandei entregar no hotel sem custos. Resolvido isso, fomos à Burlington compramos muitas roupinhas de bebê e fomos para o hotel. À noite, fomos comer no Oliver Garden, que era muito perto do nosso hotel.

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Segundo dia: Tomamos café no Europa cafe, da Quinta Avenida, e fomos comprar mais roupinhas de bebê.  Seguimos para a Marshalls e Tj Maxx, que ficam na 6 avenida, entre a 18 e a 19. Eu comprei alguns brinquedos pelo site da Target, que estava com desconto de compre 1 e leve o segundo por 50% off e mandei entregar na loja da Herald Square e fomos lá buscar. Almoçamos na TGI Fridays, que fica ali pertinho, e seguimos cheio de sacolas para deixar no hotel. Após descansar, um pouco fui ao Harlem, na loja da Carters, buscar as compras que havia feito de roupas e itens da Skip Hop. Comprei com desconto no site da Carters e havia mandado entregar na loja. Queria acabar logo com os compromissos de enxoval, por isso os dois primeiros dias ficaram restritos a isso. A essa altura, meu marido já estava puto de carregar sacola e mandou eu comprar pela internet e mandar entregar no hotel o que faltava. Apesar disso, voltei na Buy Buy Baby para comprar mais alguns itens do enxoval e usei o passaporte para ganhar 10% de desconto em toda a compra. Dali,  seguimos a pé para o High Line e depois paramos no Chelsea Market para fazer um lanche. Voltamos para o hotel e comemos no Hurley’s Saloon, que era do lado do hotel e a comida era simplesmente maravilhoso, recomendo!

Terceiro dia – Tomamos café no Starbucks e seguimos para a escultura do Love e Hope e depois Central Park, só que estava muito frio e não aguentamos andar muito por ali. Tentamos ir no Museu de Historia Natural mas como não sabia como funcionava o pague quanto quiser, acabei não entrando. Dali, fomos de metrô para a Century 21 do Upper West Side, juramos que não compraria mais nada de bebê – mas não resistimos e saímos de lá com mais algumas peças fofas. De lá,  fomos no Shake Shack comer, mas dessa vez nem achei nada demais (já tinha comido em Miami e amado). Andamos pela Times Square e depois fui dar uma descansada no hotel. Não lembro onde jantei nesse dia.

Quarto dia: Depois do café, fomos para a The Broklyn Tabernacle assistir ao culto das 9h porém chegamos atrasados (9h30) e perdemos quase toda cantoria inicial, mas ainda assim foi lindo. Ficamos até o final do culto que acabou por volta de 10h30. Saímos de lá, fomos andar pelas lojas da região, Macy`s, Gap e Burlington e pegamos outro metrô até a Smorgasburg, que, no domingo, acontece no Prospect Park. De lá, fomos ao Broklyn Heights Promenade, caminhamos por ali e andamos até a ponte. Na região do Dumbo, fui até o Jane`s Carrossel e dei uma volta igual criança para tirar fotos. Tentei atravessar a ponte até Manhattan, mas a essa altura meus pés já doíam demais e só fui na entradinha da ponte tirar fotos e voltei. Esse programa terá que ficar para uma próxima ida a Nova York. Voltamos para o hotel e comemos no Carmine’s, que, sinceramente, achei bem ruinzinho, vem muita comida mas na minha opinião faltou qualidade (gostei mais do Olive Garden), ressaltando que esta é a minha opinião pessoal e você não precisa concordar com ela. Ok?

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Quinto dia: Nesse dia tomamos café da manhã no Carve’s, que era na 47st com a 8ª Avenida – tinha waffles com frutinhas que amo. Fomos para Estátua da Liberdade de metrô. Demoramos uma hora na fila da segurança para entrar e depois fomos direto para a ilha conhecer. Na volta, não quisemos parar na Ellis Island, pois eu estava meio cansada e fomos direto para Manhattan. Por indicação da Laura, pretendia ir comer no Boqueria, no Soho, no entanto, chegamos lá e estava fechado – só abriria nesse dia às 16h30. Caminhamos pelo Soho e fomos comer no Galli, um restaurante italiano, mas não gostei muito. De lá, fomos comer cheesecake na Eileen’s, também no Soho e achei simplesmente divino, recomendo. Voltamos para o hotel, pois nesse dia tínhamos ingresso para assistir New York Knicks e Cleveland Cavaliers no Madison Square, às 19:30 (tickets pelo Ticketmaster). Queria muito comer no Nathans para conhecer e vi pelo Google que tinha um ali perto e seguimos para lá. Só que já eram quase 23h e o Nathans ficava dentro da Penn Station. Gente, um parênteses: as pessoas que estavam lá eram tão estranhas que me deu até indigestão, talvez por isso não gostei do cachorro quente, saí de lá correndo e voltamos para o hotel para domir.

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Sexto dia: Não planejava ir a outlet, mas considerando a previsão do tempo para este dia (chuvoso o dia todo) fomos para o Jersey Gardens em razão da proximidade, por ser fechado e ter menos impostos que o Woodbury e não ter impostos sobre roupas e calçados. Fomos de ônibus pegamos no Port Authority e o ticket ida e volta por pessoa custou 14 dólares. Voltamos por volta das 19h e ainda arrumamos ânimo para ir ao 230 Rooftop. Com relação ao rooftop, o frio estava absurdo e não quisemos ficar dividindo iglu, tendo que levantar para ir ao bar e preferimos ficar na parte de baixo , perto da janela com maior vistão para o Empire State e o melhor no quentinho (foi muito melhor).

O que fazer em Nova York em dias de chuva? Parte 1 – Parte 2.

OBS: em Nova York, não há taxas para roupas e calçados até U$110. Saiba mais detalhes aqui.

Sétimo dia  – Fomos para o sul da ilha, paramos para tirar foto com o Touro de Wall Street e a Fearless Girl. Depois fomos andar por Wall Street e seguimos para o Memorial 11 de Setembro. Dali, fomos para o One World Observatory. Havia muitos policiais nas ruas ao redor do observatório. Era um dia lindo e pronto: eu cismei que poderia ter outro ataque por ser 11/04 e fui morrendo de medo para o observatório. Dei graças a Deus quando saí de lá, mas eu queria muito conhecer então nesse dia foi quase como riscar da lista, porque eu estava bem insegura para subir nesse negócio. Por outro lado, a visão lá de cima é sensacional, os vídeos que passam no elevador e depois quando você chega lá em cima são bem interessantes, valeu a visita. Depois, seguimos para o Brookfield Place que fica bem perto, pois queria muito ir ao Le District. Almoçamos no le District no restaurante chamado Bar a Vin (algo assim): você escolhe a carne na hora e eles fazem ou já tem algumas opções de pratos no cardápio, além de saladas lindas que eu infelizmente não estou podendo comer. Comi um cuscuz com frango que estava maravilhoso. Ainda no Le District, bem na entrada, tinha uma lojinha de doces e eu comi um mini cake de mousse de chocolate e meu marido comeu um tartelete de frutas vermelhas. Pegamos nosso doce e fomos sentar perto da janela de vidro para apreciar a vista. Fomos à Century 21 que tem ali perto conhecer, mas não compramos nada (graças a Deus!), pegamos o metrô e seguimos para o Flatiron Bulding. Em seguida, fomos andando pela Quinta Avenida até a altura da 47 e depois fomos para o hotel – a essa altura eu não tinha mais pés. À noite, depois de descansar por umas duas horas, fomos enfrentar a fila do Ellen Stardust para comer e assistir aos garçons cantores, achei um programa bem bacana pela parte dos cantores, mas achei a comida ok, não sei se vale essa fila de uma hora! Mas acho que voltaria em uma outra oportunidade!

Confira um roteiro pela região Downtown.

Oitavo dia – Tomamos café no Pret a Manger e fomos à Roosevelt Island de bondinho. Andamos até o sul da ilha, fomos ao parque Franklin Roosevelt, paisagem linda para tirar fotos. Depois, na volta do bondinho, seguimos para o Central Park e fizemos um passeio naquelas bicicletas com motorista (rs) e de lá pedimos ele para nos deixar no Upper East Side na altura da 72 st. Fomos comer no JG Melon, pois segundo indicação de amigos do meu marido seria o melhor hambúrguer de Nova York, ele amou. Eu comi uma omelete que estava bem boa também, depois fomos para o Junior’s comer cheesecake – era bem pertinho do nosso hotel. À noite fomos assistir ao musical Chicago, comprado no esquema de Rush Tickets na bilheteria do musical no mesmo dia da apresentação, pagamos 49 dólares cada um. Aqui uma observação: tentei a loteria da Broadway todos os dias mas infelizmente não fui sorteada, queria muito ter ido ao Aladin ou ao Rei Leão, fica para a próxima.

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Nono dia – fomos a Chinatown e Little Italy, mas achei nada demais, e seguimos novamente para o Soho. Nesse dia, conseguimos almoçar no Boqueria e adoramos. De lá, fomos para Williansburg ver os grafites e de lá para o hotel descansar. À noite, meu marido sugeriu um clube de Jazz e fomos ao swing 46, localizado na 46st entre a 8ª e a 9ª avenida, comida boa, boa música, pessoal muito simpático e animado, simplesmente amamos!

Décimo dia: era nosso último dia, fechamos as malas e deixamos na portaria do hotel. Eu pretendia ir ao Top Of The Rock, mas o Felipe sugeriu que tentássemos mais um musical e passamos na bilheteria do School of Rock e compramos os rush tickets para a sessão das 2 da tarde por 39 dólares cada um. Simplesmente maravilhoso, gostei mais do que o Chicago, apesar das propostas serem diferentes. Depois, fechamos o transfer com o hotel e fomos para o JFK.

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A volta e os perrengues na alfândega – À essa altura, você já deve estar cansado de ler meu relato, que está imenso e cheio de detalhes, portanto, só vai te interessar ler daqui para frente se você quiser saber sobre os perrengues da alfândega que mencionei no início.

Como disse anteriormente, eu comprei carrinho e bebê conforto em Nova York e pesquisei muito sobre como transportá-los para o Brasil, principalmente o bebê conforto, que é muito grande e não cabe em mala comum. O que descobri: ou você levava o bebê conforto na própria caixa ou naquelas malas caracóis. Mas eu li no site da American Airlines que eles não aceitavam caixas, mas vi algumas na esteira quando cheguei, então acho que deve ser apenas para algumas cidades. Optei por comprar a mala caracol para trazer o bebe conforto e trouxe o carrinho na mala normal, porque ele vem todo desmontado e coube na mala que eu tinha. Além disso, eu tinha comprado muita roupinha, mamadeira, cadeirinha de balanço (bouncer), tapete de atividade, brinquedo: muita coisa que fazia volume.

Eu e meu marido já pretendíamos declarar na Receita Federal os objetos adquiridos, pois eu achava bem improvável não ser parada, mas o que aconteceu foi que pegamos todas as malas e a mala caracol que apenas tinha o bebê conforto e roupas, foi apreendida pela Receita Federal. Nisso, pegamos as demais malas e seguimos para a parte de declaração de bens, o fiscal me separou do meu marido e mandou eu ir para a fila de bens apreendidos. Nisso, Felipe ficou na fila para fazer a declaração dos itens que estavam na mala dele. Esperei uma meia hora na fila e, enquanto isso, vi três pessoas, todas com enxoval, sendo paradas e revistadas. Uma delas era um casal de idosos que estava levando produtos de enxoval para a filha (pelo que pesquei da conversa). Já o casal grávido que estava sofrendo a revista na hora que cheguei na fila estava com todas as malas abertas e a fiscal estava olhando item por item. Não sei como eles foram taxados, mas pela cara de nervoso do casal deve ter sido bem triste. Voltando ao meu caso específico, eu rezava o tempo todo e ao chegar na minha vez o fiscal teve que sair para vistoria uma nova esteira de bagagem que estava chegando e pediu para que um outro me atendesse e esse outro disse que não poderia por algum motivo. Nisso, um outro fiscal que estava disponível passou esse casal de idosos com os itens de enxoval da filha na minha frente e eu até reclamei, pois já estava em pé a um tempão, mas ele disse que esse casal já estava ali. Com a graça de Deus, o meu fiscal (digo meu, pois minha mala estava já na mesa dele desde a apreensão) voltou e disse que ia me atender rapidinho e que tinha pedido para segurarem a esteira das bagagens. Nisso, eu já estava calma porque já tinha assumido o prejuízo que eu nem sabia de quanto seria. O fiscal virou para mim e disse que ele tinha visto que havia muitas roupas e itens de enxoval pelo Raio x e eu tranquilamente disse que sim, que inclusive eu já ia declarar quando descobri que a mala havia sido apreendida. Ele então perguntou: quanto você acha que tem de valor nas suas malas, pois o que você declarar incide o imposto de 50%, mas se abrirmos a mala e acharmos muito mais coisa vai incidir a multa de 100%. Eu fiz as contas do que eu tinha planejado declarar e falei 780 dólares. Ele perguntou se eu estava sozinha e ey disse que meu marido estava na fila para declarar a parte dele. Buscamos o Felipe para que fizessemos uma declaração única, mas ele já tinha preenchido a declaração dele em 700 dólares. O fiscal desconsiderou essa dele, somou os meus 780 e os 700 do Felipe e disse que a soma da declaração estava dando 1500 dólares. Como a cota total era de 1000 para nós dois, passou 500, e seria 250 dólares de multa. Pagamos e ele nem abriu nossa mala e pudemos ir embora.

Depois do nervosismo inicial, tudo certo. Então, para finalizar o que eu gostaria de dizer que não foi um caso isolado, todo mundo que trazia itens de enxoval estava sendo parado. Lógico que você pode apresentar as notas e ser liberado, mas todo mundo tinha que prestar esclarecimentos à Receita. O que pude observar é que o problema maior é o bebê conforto, pois ele é grande, chama atenção e não cabe em mala normal (pelo menos foi o que ouvi falar, nem tentei). Então ele vem na caixa ou nessas malas, que chamam muita atenção. Acho que precisa avaliar se vai trazer o bebê conforto (muitas vezes não vende no Brasil e você tem que trazer de lá, o meu acho que não vende aqui), analise e faça as contas e considere a taxa da Receita. Declarando, você paga 50% do que exceder a cota, se for pego e te pararem e o fiscal cismar que você tem mais do que a cota, você paga 100% do que exceder e o fato é ou você tem as notas fiscais de tudo ou fica a critério deles a precificação dos itens e a cobrança da multa.

Obrigada, Luiza, pelo seu relato!

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