Blog da Laura Peruchi – Tudo sobre Nova York
Diário de viagem

Diário de viagem a Nova York – Giulia Reis

O Diário de Viagem é uma seção que traz relatos de leitores do blog. Nesses relatos, eles contam como foi a viagem a Nova York, o que mais gostaram de fazer, o que não gostaram, dividem dicas, enfim: um diário mesmo. A convidada de hoje é a Giulia Reis, de Porto Alegre, RS. Ela ficou 11 dias na cidade, em agosto de 2017. Para conferir mais relatos, clique aqui.

O planejamento da nossa viagem começou em janeiro/fevereiro de 2017. Eu e minha amiga Camila (nos conhecemos na oitava série do colégio, em 2011, então temos uns 7 anos de amizade nas costas) queríamos muito viajar juntas e para um lugar legal. Começamos a pesquisar passagens para vários lugares na Europa e nos EUA. Vendo os preços das passagens, decidimos que iríamos pra Nova York. Colocamos um teto de 5 mil reais na hospedagem e na passagem no máximo BEEEEM MÁXIMO! De fevereiro a abril ficamos pesquisando: entrávamos no Decolar, no Skyscanner, no Kayak pelo menos 2x por semana cada uma, vendo diferentes escalas, diferentes aeroportos e tal. Ali pelo meio de abril de 2017, achamos uma passagem de Copa saindo de Porto Alegre (onde moramos) para o aeroporto JFK, por 2.500,00 reais, somente com uma escala na Cidade do Panamá, indo no dia 5 de agosto e voltando no dia 16 de agosto, totalizando 11 noites. Na mesma semana que achamos o voo por esse preço, aproveitamos e compramos. Por uma feliz pirueta do destino, nossas férias da faculdade seriam em agosto invés de julho, o que nos ajudou muito no preço da passagem. Com a passagem em mãos, começamos a procurar hotel/Airbnb. Vimos que os preços de hotel seriam impraticáveis para duas estudantes em 11 dias, então começamos a pesquisar muito em Airbnb. Achamos um quarto em Bushwick/East Williamsburg, no Brooklyn. Dividimos uma cama de casal (por isso a parte da amizade) e cada uma pagou metade do quarto, o que foi 1.700,00 reais para cada (3.400 no total para 11 dias). Depois de tudo isso foi correr pro abraço, quer dizer, para a pesquisa. Montamos um roteiro superficial, só com as regiões que queríamos conhecer, e não nos prendemos muito neste roteiro. Com tudo isso organizado em tabelas e pastas no drive, era esperar o dia do embarque.

Dia 1: Nosso voo saia de Porto Alegre às 1h32 da manhã. Chegamos na Cidade do Panamá às 6h48. Nosso voo para Nova York seria em 12 horas, mas como somos estudantes e estávamos com o orçamento apertado, decidimos só ir no shopping que tem um transporte gratuito do aeroporto de meia em meia hora. Ficamos fazendo hora no shopping (sem comprar nada, só almoço) até umas 15 horas. Nosso voo para Nova York saía às 18h19 da Cidade do Panamá. Não precisamos tirar as malas, o que facilitou a nossa vida. Chegamos em Nova York 00h35 do dia 5 pro dia 6. Passamos pela imigração tranquilamente e o cara só me perguntou quantos dias eu ia ficar e pra Camila onde iríamos ficar. Pegamos o metrô até nossa acomodação. Na época, a linha J estava em reforma, então tivemos que baldear. Chegamos na acomodação por volta das 2h15 da manhã do dia 6 de agosto.  Tudo isso com duas malas e de noite. Eu me senti segura no metrô e andando na rua no Brooklyn. Dormimos até umas 10 da manhã do dia 6.

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Dia 2: Acordamos VARADAS de fome. Como era verão e estávamos no Brooklyn, fomos direto pra Smorgasburg. Pegamos um ônibus e já aproveitamos para conhecer um pouco do Brooklyn. Compramos um cartão ilimitado semanal para cada uma. Fomos para a Smorgasburg e lá foi só alegria. Combinamos de comprar algumas coisas diferentes para provar. Compramos as fritas com trufa, suco de melancia, asinhas e sorvete. Tudo estava uma delícia e foi uma das partes mais legais e gostosas da nossa viagem. Estava muito cheio, claro, por ser verão e um DOMINGO, mas valeu muito a pena. Depois disso fomos andando pelo Prospect Park, que é lindooo. Cheio de lugares para piquenique, famílias e etc. Adorei o parque, é um lugar muito tranquilo. Em seguida, fomos até a Biblioteca Pública do Brooklyn (tudo a pé, pois é pertinho). Outro lugar escondido que é lindo. Usamos bastante o Google Trips para ver o que tinha de passeios e atrações perto de onde já estávamos. Esse passeio vale muito a visita. Seguimos dali para a Target perto do Barclay’s Center para fazer compras de comida congelada e coisas de café da manhã. Com tudo isso, foi chegar e dormir pois o cansaço bateu cedo.

Dia 3: O dia amanheceu chovendo. Tomamos café na hospedagem e partimos para o destino mais turístico da face da terra: Times Square. Entramos nas lojas tradicionais de chocolate. Como estava chovendo, decidimos ir almoçar no Shake Shack e ir no Museu de História Natural. Grande erro. Tudo muito, muito, muito cheio. Shake Shack é bom, mas In’n’Out é melhor #sorrynotsorry. Tivemos que brigar pela mesa no Shake Shack. A fila do museu estava IMENSA, por dentro do metrô para não molhar todo mundo, mas ainda dava voltas pra fora da estação. Pagamos 10 dólares cada uma para entrar. Ficamos no museu a tarde inteira até quase fechar. Fomos no Whole Foods comprar salada para comer na janta e o dia se encerrou por aí.

Dia 4: Começamos o dia fazendo um passeio por Midtown. Fomos no Radio City, Rockefeller Center, loja do Lego, Saint Patrick’s Church, Grand Central Station, Empire State, enfim, todas essas coisas. Fizemos tudo a pé, sem entrar onde tinha que pagar, bem batendo perna mesmo. Fomos andando pela região à tarde e fizemos algumas compras perto da Times, principalmente nas lojas da Disney, Forever 21 e H&M. No meio da tarde, fomos até o Battery Park pegar a balsa grátis para ver a Estátua da Liberdade.

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Neste dia, tínhamos ingresso para subir no Top of the Rock. Aproveitamos e comemos um sorvete na Ben and Jerry’s que tem no prédio. Nosso ingresso era pras 17h mais ou menos, mas o pôr do sol acontece bem mais tarde no verão. Decidimos esperar. Sim, coisa de gente doida, mas era uma vez na vida outra na morte provavelmente. E ficamos lá esperando, olhando, até 21h, quando estava super escuro e as luzes da cidade lindas. Sei que isso é meio programa de índio e super não recomendado, mas é a vida. Eu acho que valeu muito a pena. Subir no Top of the Rock é imperdível, fizemos amigos brasileiros e ganhamos até polaroid de um cara que estava lá tirando foto. Continuamos e fomos a pé, umas 22 horas, até a Times Square ver como é lá à noite. Tiramos fotos tipicamente turísticas. Dá pra ver que demos muitos rolês na Times. Sei que isso é turístico, mas sempre acabávamos lá, vendo lojinhas ou conhecendo a região. Na próxima vez não vou passar tanto tempo lá, mas minha amiga gostou e queria sempre voltar, e parceria é parceria, não adianta. Viajar sozinho tem a vantagem de fazer seu próprio roteiro e passeio, viajar com companhia requer jogo de cintura e abrir mão de algumas coisas. Voltamos para o Brooklyn umas 23h e cama direto. Janta e café da manhã sempre comida congelada ou do supermercado pra não gastar.

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Dia 5: Dia de praia. Meu sonho era ir para Coney Island e ainda é meu lugar preferido do mundo (Coney Island no verão, não troco por nada). Foi um dia bem tranquilo, ficamos o dia inteiro na praia tomando sol e lendo um livro. Quando escureceu, fomos dar uma caminhada pela praia, tirar fotos e andar em brinquedos no Luna Park. Não lembro o nome do primeiro brinquedo que fomos, mas eu achei que ia morrer. Cada uma escolheu um e eu escolhi a montanha-russa, que é de madeira e uma das mais antigas dos EUA. Achei que ia ser tranquilinha: não foi. Fomos e voltamos para Coney Island de metrô, melhor coisa do mundo. Como que eu queria pegar um metrô por uma hora e chegar na praia. Comemos muito Nathan’s e maçã do amor. Lá em Coney Island tem uns painéis/grafites muito legais pra tirar foto! Amo esse lugar, vale muito a pena conhecer no verão. Estava até tocando funk brasileiro! Voltamos pra casa de metrô, tarde da noite.

Dia 6: Começamos o dia na região da New York Public Library e do Union Square Park e depois ficamos andando e conhecendo a região. Passamos pelo Flatiron, pelo Empire State, pelo Chrysler, enfim, foi dia de bater perna. De tardezinha, voltamos para o Union Square Park e fomos ver um filme ao ar livre. Sim, é isso mesmo: FILME AO AR LIVRE NO MEIO DA CIDADE. E ainda por cima DE GRAÇA. Não tem como melhorar certo? GANHAMOS PIPOCA E DRINKS! Tudo free. Eu amo Nova York no verão. Esse cinema e várias outras atividades no verão fazem parte do circuito Summer in the Square, do banco Citi. Vimos Back to the Future, meu filme preferido dos anos 80. Não tem legenda nos filmes, mas a atmosfera é muito legal. Levamos canga e tinham muitas famílias, com cachorro e filhos lá. Saímos de lá e fomos direto pra casa, já que o filme começa no final da tarde quando escurece.

Dia 7: Dia de Walmart. Muito importante pois eu sou viciada em M&M’s e os que eu gosto NÃO TEM NO BRASIL. Pegamos o ônibus que tem uma indicação no blog da Laura para New Jersey que deixa direto no estacionamento do Walmart. Comemos no McDonald’s de lá mesmo. Foi um passeio de dia inteiro. Na volta, pegamos um Lyft em Porth Autorithy e fizemos uma corrida compartilhada. Não deu 20 dólares acho, tínhamos um desconto de primeiro uso. Foi o único táxi/aplicativo de corrida que usamos a viagem inteira. A Camila tinha acabado de ter sobrinhas gêmeas na família, então estávamos com carrinho de bebê, roupas, comida, tudo. Não tinha como ir de metrô até o Airbnb, impossível.

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Dia 8: Dia de Central Park. Caminhamos muuuuuuito lá. Opinião contraditória: esperava mais, achei um passeio bem dispensável (desculpa amantes do Central Park). Depois, fomos de metrô/ônibus até o High Line. Andamos por todo o parque. Fomos no Chelsea Market, que eu acho um passeio imperdível também. Segundo melhor lugar de Novs Yoork e o melhor brownie que eu comi na vida. Alô Fat Witch Brownies, abra uma loja no Brasil PELO AMOR DO SENHOR JESUS. Que saudadezona! Depois, fomos pros lados de Lower Manhattan, andamos no One World Observatory e pegamos a balsa para ver a cidade e a Estátua com as luzes da noite. Valeu muito a pena mesmo! Essa balsa é uma salva-vidas no orçamento dos estudantes quebrados. Voltamos pra casa já meia noite e cama!

Dia 9: Dia de compras, voltamos na Grand Central e fomos em busca da comida perfeita. Ela estava no Queens Night Market (dica do Amigo Gringo). Eu amo comida, como dá pra ver nesse relato. Particularmente eu gostei mais da Smorgasburg, mas acho que o Queens Night Market também é um passeio imperdível se você estiver em Nova York no verão. Fomos de metrô, demos uma caminhada pelo Queens, comemos e voltamos pra casa. Esse dia não foi muito badalado. Comi um ceviche e uma comida havaiana muito bons. Quero voltar e conhecer melhor as comidas internacionais.

Dia 10: Honestamente, esse dia era domingo e eu tinha roupa pra lavar. Ficamos no nosso quarto lendo, vendo série, dormindo até tarde e lavando roupa. Afinal de contas, as férias são minhas e eu faço o que eu bem quiser com elas. Me criticaram muito de eu ficar um dia inteiro descansando, mas era isso que sentíamos que queríamos fazer e foi isso que fizemos. Não tem foto, só descanso.

DIA 11: Dia de conhecer o Brooklyn! Na verdade, também foi dia de compras. No grupo da Laura, alguém postou que tinha aberto uma pop-up store da H&M perto do Barclay’s Center. E lá fomos nós. Realmente, valeu muito pena. Comprei de tudo, por menos de 10 dólares a peça. Depois fomos andando até a Brooklyn Bridge. Não é muito perto e é um passeio que eu não recomendo, um cara começou a nos seguir e gritar coisas horríveis em Downtown Brooklyn. Mas seguimos em frente. Depois fomos pra SoHo, Chinatown e Little Italy. Nem tem foto de tanto que eu desgostei desses passeios. Little Italy maior decepção da minha vida. Nunca mais.

Dia 12: Último dia, dia triste e dia de chuva. Fomos até o MET Museum mas não entramos pois a fila estava quilométrica e estava chovendo muito. Fomos almoçar no McGee’s, pub onde os criadores e escritores da série How I Met Your Mother iam e se inspiraram pra escrever o MacLaren’s da série. Como eu amo muito a série (HIMYM melhor que FRIENDS na minha cartela, outra opinião polêmica), valeu a pena. O pub é todo decorado com cenas e fotos da série e dos atores da série. A comida não é barata, mas é bem servida, dá pra levar pra casa. Os drinks são bonitos e o que tomamos era bom também. Como estava chovendo, demos uma volta por ali e voltamos pra acomodação pra arrumar as malas, já que nosso voo era bem cedo da manhã no dia seguinte e para chegamos no aeroporto as 6:30 da manhã, teríamos que sair de casa perto das 4:30 da manhã.

Dia da partida: Esse dia eu gosto de chamar de Economias burras de estudantes quebradas. A minha amiga não queria gastar com táxi/Uber pra ir até o aeroporto. Nosso voo era às 9h45 da manhã saindo do JFK. Tínhamos que estar lá umas 6:30 da manhã pra voo internacional. Se fôssemos de Uber, podíamos acordar umas 5:30. Como a Camila não queria gastar e ir de metrô, acordamos as 4h pra pegar o metrô umas 4h45. Eu tinha só minha mala, que estava pesando 25 quilos. A Camila tinha duas malas e a caixa do carrinho de bebê. Para chegarmos na estação de metrô tínhamos que andar 3 ou 4 quadras grandes, subir as escadas e passar a catraca. Minha mala rasgou no meio do caminho. Não preciso nem dizer que foi um dos maiores perrengues da minha existência, e nunca mais na minha vida faço isso com esse monte de mala. Chegamos lá mortas. Chegamos no Panamá umas 14h15 e ficamos esperando até as 15h20. Chegamos em Porto Alegre 00h30. Por uma benção divina, os pais da Camila estavam nos esperando com uma KOMBI, sim, isso mesmo, pra carregar as malas.

E é assim que se encerra nossa tour. No total, com passagem, compras, hospedagem, passeios, tudo, TUDO, TU-DO gastei, segura essa: R$ 6.600,00. Isso mesmo! Na época, o dólar estava uns 3 reais. Mas Giulia, como você fez isso? Muita planilha e muita economia! Vou jogar aqui as contas:

  • Passagem: R$ 2.500,00
  • Hospedagem: R$ 1.700,00 (ficamos sem água quente pra tomar banho por 8 dias, então pensem bem nisso. No calor de Nova York, indo em praia e andando o dia inteiro. Isso que dá pegar hospedagem barata. Tínhamos que esquentar água em uma chaleira elétrica e ir tomando banho assim. Quem vê as fotos não diz isso ahahha). 
  • Descobriram que o problema era no sistema de gás encanado da rua mesmo, e na parte do sistema federal/estadual e não no municipal. Ficamos sem água quente no chuveiro e na casa a viagem inteira, tomando ou banho gelado mesmo ou esquentando água na chaleira elétrica e tomando ‘banho de gato’. Isso se estendeu por 9 dias da viagem, no penúltimo dia que conseguimos tomar banho direito com água aquecida e lavar o cabelo direitinho etc. Fiz uma reclamação formal no AirBnB e me estornaram uma diária do apartamento. Poderíamos ter mudado de apê, mas gostamos do lugar e da localização e seria muito caro achar outra acomodação, certamente não conseguiríamos o preço da que estávamos. Eram 6 quartos e 4 banheiros, dois com banheira. Cada quarto tinha uma cama de casal e um armário, e tinha uma menina morando lá que parecia ser a ‘zeladora’, mas no AirBnB o dono era um homem que eu nunca na vida vi ele lá.
  • Comida: R$ 1.000,00 (colocamos um teto de almoço e janta não podiam passar de 10 dólares cada refeição. Economizamos no supermercado pafra poder pagar a refeição no Pub. Comemos muita comida congelada, só tomamos água e trazíamos lanche de casa pra comer na rua)
  • Transporte: R$200,00 (preço do Metrocard na época e mais um pouco pra colocar nos dias que acabou. A Camila pagou o Lyft.)
  • Compras: R$ 1.200,00 (roupas e outras coisinhas de supermercado, além do Museu de História Natural que foi o único passeio pago e os brinquedos em Coney Island).
  • TOTAL: R$ 6.600,00

Gostaria de lembrar aqui que essa foi a MINHA viagem. A da Camila foi outro preço. Então orçamento e gastos dependem MUITO de pessoa por pessoa. Eu só trouxe chaveiro de lembrancinha, comprei coisa no Walmart, H&M, Forever 21 e Flying Tiger (e um Crocs pra minha mãe). Não comprei em loja cara, não comi por mais de 10 dólares, tínhamos preço pra tudo, orçamento pra tudo. Não fui em restaurante, passei longe do Eataly, não fui em passeio pago. Isso ajudou muito. Para algumas pessoas vai funcionar, pra outras não. Mas dá pra fazer Nova York sem quebrar o bolso sim, e se eu tivesse o e-book da Laura na época, talvez tivesse economizado mais.

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É isso, beijos no coração e aproveitem!

Obrugada Giulia por dividir seu relato conosco!

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