O Diário de Viagem é uma seção que traz relatos de leitores do blog. Nesses relatos, eles contam como foi a viagem a Nova York, o que mais gostaram de fazer, o que não gostaram, dividem dicas, enfim: um diário mesmo. O convidado de hoje é a Aline Alkmin, de Goiânia, GO. Ela ficou 13 dias, em fevereiro de 2019. Para conferir mais relatos, clique aqui.
Olá, leitores da Laura!
Moro em Goiânia e viajei com meu marido para Nova York pela Copa Airlines. Fomos de carro até Brasília para pegar o voo, fizemos conexão no Panamá e pousamos no JFK dia 21 de fevereiro, o retorno foi dia 5 de março, totalizando 13 dias nos EUA. Na imigração, fomos sorteados com o X e tivemos que passar pela entrevista que foi bem tranquila.
Planejei minha viagem durante 4 meses, sou uma viajante bem budget e por isso pesquisei bastante. Mesmo assim, passei uns perrengues desnecessários só por conta de querer economizar demais. Uma dica, não deixem de comprar um chip local, todas as vezes que viajei para fora eu estava com algum amigo que tinha chip, dessa vez eu fui sozinha com meu marido e o chip me fez muita falta, principalmente na hora de fazer check-in na casa das hosts do Airbnb que reservei. Passei uns sustos, como chegar ao local e não ter ninguém para me receber, ter que procurar um estabelecimento com telefone, contar com a ajuda e simpatia do vendedor para poder ligar para minha host, umas coisas chatas assim, que poderiam ter sido evitadas. E olha que não foi por falta de me comunicar pelo aplicativo do Airbnb, não sei se é medo, mas a maioria das host só me passaram a maneira de fazer o check-in um dia antes ou na hora que eu chegava no local. Isso me deixou muito aflita.
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Outra coisa que me fez falta, pela pão-durice, é não ter um cartão internacional, fugindo das taxas e impostos resolvi não habilitar a função internacional. O que me restringiu os locais para comer, queria muito comer todos os dias na Sweetgreen que a Laura indicou, mas só comi uma vez, indevidamente. Eu montei minha salada e na hora de pagar só aceitavam cartão, eu pensei que eles fossem ficar com a salada para eles e pronto, mas o atendente foi muito cordial e deixou eu comer minha salada sem precisar pagar nada, que vergonha!
Assisti a todos os vídeos do metrô e de como sair do aeroporto com o AirTrain, deu tudo certo, comprei o Metrocard e recarreguei facilmente (não comprei o ilimitado semanal, pois ficaria apenas três dias em Nova York e os outros três dias só seriam na semana seguinte, quando o cartão já teria vencido). Como não podia faltar, cometi uns deslizes, me distraí duas vezes e peguei o Express em vez do Local, perdi uns minutos, mas com o mapa na mão facilmente me corrigi e voltei à estação que queria.
Confira a série de vídeos sobre o metrô.
Sobre as roupas para enfrentar o inverno de fevereiro, comprei na Decatlon, os preços valeram a pena e não passei frio, as roupas de esquiar são realmente impermeáveis e cortam o vento. Teve um dia que peguei um vento muito forte e só senti frio no rosto, que estava sem proteção. Importantíssimo também é o creme hidratante para o rosto, recomendado pela Laura e que a teimosa aqui achou que não precisaria. Meu rosto ficou descascando como se tivesse ido para uma praia no verão.
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Enfim, vamos ao roteiro! Esta foi minha segunda vez em Nova York, mas como meu marido não tinha ido, repeti os pontos turísticos com muito prazer, aproveitei para fazer o que não tinha feito e ainda acrescentei ao roteiro os locais não óbvios indicados pela Laura.
1º dia – quinta-feira – Hospedagem: Airbnb em Long Island City, apenas 20 minutos de metrô (linha 7) até a Grand Central. Fizemos:
- Grand Central;
- Public Library;
- Bryant Park;
- Empire State (eu já havia subido, na minha primeira vez em NYC, meu marido não gosta muito de altura, então só o vimos de fora mesmo)
- Times Square.
E aquela olhadinha básica nas lojas:
- Macy’s;
- Hard Rock Cafe;
- Disney Store;
- M&M’S World;
- Midtown Comics (meu marido ama quadrinhos, então fomos umas três vezes nessa loja).
2º dia – 22/02 – Antes de explorar o Central Park, tomamos café na Starbucks localizado atrás do Dakota Building. No parque, visitamos:
- Strawberry Fields;
- Bethesda Fountain;
- Literary Walk (um caminho cheio de estátuas de escritores, também conhecemos um senhor muito legal no Central Park, o Jordan, ele trabalha no centro de atendimento ao turista e fica circulando pelo parque para oferecer informações e ajuda aos turistas, ele até se ofereceu para tirar fotos);
- Balto Statue (a estátua de um cachorro);
- Central Park Zoo (não entramos, mas chegamos bem na hora da apresentação das focas, esse show dá para ver de fora do zoológico, vale muito a pena, uma gracinha!).
Passamos em frente do:
- Plaza Hotel;
- Trump Tower;
- Love Sculpture;
- Rockfeller Center.
E entramos na:
- St. Patrik Cathedral;
- Lego Store;
- Nintendo Store;
- NBA Store;
- Five Below;
- MoMA (toda sexta-feira das 16h às 20h a entrada é free);
- Carlo’s Bakery (para finalizar o dia, um bolinho red velvet na loja perto da Times Square).
3º dia – sábado – The Statue of the Liberty (meu marido fazia questão de descer na ilha da estátua, por isso compramos os ingressos ainda no Brasil para não precisar enfrentar filas.
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Vimos:
- Charging Bull (o famoso Touro de Wall Street);
- 9/11 Memorial;
- One World Trade Center;
- Brooklyn Bridge (caminhamos até a metade e voltamos);
- Chinatown;
- Little Italy;
Uma pausa para comer na primeira pizzaria de New York, a Lombardi’s Pizzaria, local bem aconchegante e familiar, vale a pena sentar e saborear. Após a pausa, uma caminhada até o Pier 42, no Corlears Hook Park para pegar o NYC Ferry. Essa dica da Laura foi uma verdadeira cereja no bolo. Por apenas $2,75 andamos de balsa avistando todas as belas pontes que NYC oferece, além de avistar os prédios Empire State e Chrysler Building, tinha acabado de anoitecer e eles estavam iluminados. Como estávamos hospedados em Long Island City, descemos na estação ao lado da Pepsi-Cola Sign e paramos para contemplar a indescritível Skyline de Manhattan.
4º dia – domingo – Como puderam perceber, foram três dias intensos com longas caminhadas, por isso no domingo abrimos mão do roteiro para dormir a manhã toda, estávamos exaustos por andar tanto. Ao meio-dia, fomos para a Grand Central pegar o MetroNorth para Poughkeepsie e visitar um casal de amigos que moram em Hyde Park.
5º dia – segunda-feira – Eles nos levaram para conhecer a mansão dos Vanderbilt, muito linda a mansão e a paisagem em volta com vista para o rio Hudson, nos disseram que na primavera e outono a paisagem é ainda mais linda. Depois fomos a Rhinebeck, uma charmosa cidade vizinha, para tomar um café na Samuel’s Sweet Shop, cujos donos são Paul Rudd (o Homem-Formiga, dos filmes da Marvel) e o Jeffrey Dean Morgan (o Negan, da série The Walking Dead).
Quer saber mais sobre Upstate NY? Clique aqui e confira meu conteúdo a respeito!
6º dia – terça-feira -Dia de madame! Não fomos no Outlet de Woodbury, pois eu já tinha ido da outra vez e minha amiga disse que os preços não estão compensando mais. Por isso, fomos nas lojas da redondeza: T.J. Maxx, Burlington e WalMart, mesmo não sendo outlet, os preços compensaram. Já pensando em um futuro enxoval comprei um carrinho + bebê conforto da Graco por $80 na T.J. Maxx, um achado!
7º dia – quarta-feira – Hospedagem: Airbnb na Girard Avenue, a 10 minutos de metrô (linha amarela) até o City Hall. Voltamos a NYC de trem e pegamos o ônibus da Megabus para ir à cidade de Philadelphia. Com duas horas de viagem, descemos na Market Street, passamos primeiro na Visitor Center para pegar um mapa e já fomos andar:
- City Hall;
- Reading Market Philadelphia (comemos o famoso Philly Cheesesteak, infelizmente não demos sorte, acho que escolhemos a banca errada, o sanduíche estava ruim e fedendo, a carne estava com um cheiro muito forte);
- Love Sculpture (a original);
- Amor Sculpture;
- Rocky Statue;
- Escadaria do Rocky (para meu marido, que é fã do filme, foi o ponto alto da viagem, claro que ele subiu a escadaria correndo).
O metrô em Philadelphia não tem muito segredo, no Visitor Center eles me venderam um cartão com direito a duas passagens, mas ele não era recarregável. Precisei utilizar o metrô pela terceira vez e paguei direto no guichê da estação sem precisar recarregar um cartão.
Confira dicas da Philadelphia clicando aqui.
8º dia – quinta-feira – Hospedagem: Airbnb no bairro Chillum, a 50 minutos de metrô (linha verde) até o Obelisco. De manhã, ainda em Philly (para os íntimos) visitamos:
- Liberty Bell;
- Independence Hall (entrada gratuita nos meses de janeiro e fevereiro, por um dia consegui entrar sem pagar e fazer o tour guiado que dura uns 20 minutos).
Ao meio-dia pegamos o Megabus para Washington. Em três horas de viagem, chegamos e descemos na Union Station, que é quase ao lado do Capitólio. Foram 9 km de caminhada, se eu tivesse cartão internacional teria me poupado a bolha no pé alugando um patinete ou uma bicicleta.
- Union Station;
- Capitol Hill;
- Obelisk;
- The White House;
- Reflecting Pool;
- Abraham Lincoln Memorial (este para mim foi o melhor, quanta imponência em uma escultura, vale muito a pena, dá para avistá-lo de longe, é imenso!).
O metrô de Washington DC é bem diferente para comprar. Tem um funcionário no guichê, mas ele não vende, você tem que comprar na máquina mesmo. O funcionário viu a gente perdido tentando comprar, saiu da cabine e nos ajudou; eu achei os americanos muito educados e solícitos. O cálculo da passagem é feito sobre a distância da estação em que se entrou e da qual vai sair, em cima da máquina tem uma tabela com os valores on e off peak para cada estação em relação à aquela em que você estiver no momento. É obrigatório comprar um cartão para recarregar.
Quer conhecer Washington DC? Clique aqui e confira o passeio de um dia para a cidade
9º dia – sexta-feira – Hospedagem: Airbnb na 2nd Avenue, apenas 15 minutos de caminhada até a Grand Central. Pela manhã, ainda em Washignton DC, eu havia agendado uma visita na Gallaudet University, a primeira universidade para surdos com aulas todas em Línguas de Sinais Americana (ASL). Como eu estudo e pesquiso as Línguas de Sinais, para mim foi uma experiência e tanto estar nessa renomada instituição, que é marcante para a história dos surdos. Saindo do tour agendado peguei o Megabus para retornar a NYC, foram 4h20min de trajeto e já fomos correndo para a Barclays Center, no Brooklyn, para assistir um jogo da NBA (comprei os ingressos antecipadamente ainda no Brasil. O local é muito seguro e o metrô é em frente à arena, valeu a pena assistir Brooklyn Nets x Charlotte Hornets.
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10º dia – sábado – Sábado foi um passeio mais light, acordamos com a cidade toda branquinha e fizemos a seguinte programação:
- Friends Apartment Building;
- Washington Square Arch;
- Flatiron Building.
11º dia – domingo – Novamente abrimos mão de passear para podermos descansar. Ao meio-dia fomos para a Grand Central pegar o MetroNorth para Poughkeepsie, voltei à casa da minha amiga, pois tinha que buscar as malas. Um detalhe dessa viagem é que do início ao fim é à beira do rio Hudson, você nem vê passar as duas horas de trajeto de tão lindo.
12º dia – segunda-feira – Dia de arrumar as malas e encaixar as coisas que compramos.
13º dia – terça-feira – Logo cedo, pegamos o trem de volta para a Grand Central. A ideia inicial era enfrentar o metrô com as malas, mas por conta do carrinho + bebê conforto as coisas estavam muito desajeitadas, então entrei no blog da Laura e achei a indicação do Emerson, um motorista brasileiro que rapidamente me respondeu no WhatsApp e combinamos a corrida até o JFK. Ele não podia comparecer, mas enviou um motorista parceiro, Neto que coincidentemente também é de Goiânia, muito educado e o carro bem grande para caber as malas.
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Coisas do planejado das quais abri mão e que vão me fazer voltar um dia:
- Top of the Rock Observation Deck;
- Show na Broadway;
- Neue Galerie.
- Ver a Laura andando pelas ruas de NYC. (Já virou um ponto turístico!)
Fim da viagem maravilhosa!
Adendo:
Na volta, também com conexão no Panamá, escolhi propositalmente a opção com 20 horas de espera para poder conhecer o Panamá. Mas não valeu muito a pena. A única coisa interessante lá é o Canal do Panamá, cuja visita custa $20 por pessoa, achei bem caro. Mas o pior de tudo foram as pessoas com as quais tivemos que tratar, muito mal-educadas, se você não os entende de primeira, repetem a segunda vez de cara feia e bufando (sei que não podemos generalizar, mas a porcentagem com quem tive contato foi inteira assim). O pessoal da Copa Airlines também é antipático, voo bem desconfortável. Ponto positivo é que servem bastante comida, quanto a isso não tenho que reclamar. Se precisarem de guarda-volumes no Panamá, tem, eu pensei que ia precisar, conforme haviam nos “instruído” no balcão de check-in, ficamos esperando as malas, até pensei que as tinham extraviado, mas só depois nos avisaram que eu faria a retirada apenas no Brasil. Mas se quiserem fazer um tour, vai aqui uma indicação do taxista que agendei por e-mail, seu Orville Kelly (kellyorvill@yahoo.com), ele não é muito comunicativo, mas foi pontual e me passou confiança.
Obrigada, Aline, pelo relato e pelo carinho – fiquei lisonjeada em ser incluída na lista de coisas que vão te fazer voltar!
Gostaram do relato da Bruna? Se você quiser participar, envie seu relato para análise para laura@lauraperuchi.com COM FOTOS, seu nome completo e cidade/estado. LEMBRE-SE que é preciso ser detalhista. Não precisa escrever um livro, mas seu relato tem que ser informativo!
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Laura Peruchi é jornalista, autora e empreendedora. Mora em Nova York com seu marido desde 2014, e, desde então, divide em seu blog um conteúdo variado sobre a Big Apple. Com dicas de turismo, compras, restaurantes e muito mais, sua plataforma online tornou-se referência em conteúdo em português para quem está planejando uma viagem a Nova York. Acompanhe Laura também no Instagram, Youtube, Facebook e Spotify.