O Diário de Viagem é uma seção que traz relatos de leitores do blog. Nesses relatos, eles contam como foi a viagem a Nova York, o que mais gostaram de fazer, o que não gostaram, dividem dicas, enfim: um diário mesmo. A convidada de hoje é a Alice Bertelli, do Rio de Janeiro. Ela e o marido ficaram 7 dias na cidade, em abril/maio de 2018. Para conferir mais relatos, clique aqui.
Eu e meu marido André somos apaixonados por viagens desde sempre, mas após seis anos de faculdade de medicina e mais cincoanos de especializações ainda tivemos dois filhos e não podíamos viajar o quanto gostaríamos. Por isso, fazíamos viagens pequenas pelo Brasil mesmo, no máximo íamos a Buenos Aires. Depois que as crianças ficaram maiores e nos estabelecemos melhor profissionalmente, aí sim pudemos viajar. Algumas vezes com as crianças e outras sem elas, dependendo do destino. E foi por causa delas que, depois de muito relutar, pois eu não tinha interesse nenhum em conhecer os EUA, que acabei indo para Orlando levá-los e descobri que adorei o país. Isso porque tem coisas que adoro: os serviços eram bons, sem burocracia e com rapidez, tudo dinâmico e prático. Assim sendo, sete meses depois de Orlando, fomos para Nova York.
Comprei as passagens uns seis meses antes em uma promoção que vi no site Melhores Destino. Voamos pela American Airlines, o preço foi ótimo (1700 reais) mas não observei as escalas e depois descobri que eram péssimas pois saía de Brasilia (mais perto da minha cidade no interior de Minas Gerais) e faríamos escala em Congonhas, depois Guarulhos, Dallas e, por fim, aeroporto de Newark. Chegamos em Nova York bem na hora em que o check-in do hotel iria inicar. Os chips do celular compramos no brasil, funcionaram perfeitamente desde o primeiro momento.
Escolhemos o hotel pelo Booking e ficamos no Radio City Apartments -excelente localização, bem pertinho da Times Square, com metrô na porta e mini cozinha nos quartos. Pedi informações sobre ele lá no grupo do Facebook e me falaram muito bem, então fiquei confiante e reservei. Ótima escolha porque o hotel, além de tudo é limpo, cama boa, chuveiro razoável e sem cheiro de mofo.
Reserve o Radio City Apartments
Um outro casal de amigos da minha cidade foi no mesmo dia, mas pegamos voos diferentes e lá nos encontramos. Como era a primeira vez de todos na cidade, resolvemos conhecer o básico, andar bastante a pé e focar nos pontos que há anos víamos pela TV e são icônicos da cidade. Peguei varias dicas no blog e no grupo, assisti os vídeos no youtube, aprendi a pegar o Airtrain e coloquei meu marido pra aprender a se locomover no metrô com a Laura e a Paty. Foi um sucesso!
Confira a série de vídeos sobre o metrô.
Dia 1: Deixamos as malas no hotel, tomamos um banho rápido e fomos andando pelas redondezas até que vimos o Top of the Rock e estava com uma fila gigante. Ainda era cedo, o pôr do sol ainda demorava, mas o dia estava tão lindo que passamos lá e compramos os tickets para as 16h e como ainda faltava mais de uma hora fomos à catedral de St Patrick e ficamos admirados com a beleza. Voltamos ao Top of the Rock, subimos, tiramos fotos e pudemos ver a cidade e ter uma noção maravilhosa do que nos esperava nesses dias. Saindo de lá, fomos caminhando até a biblioteca pública e depois fomos ao Bryant Park, vimos o carrossel charmoso e muitas pessoas aproveitando o dia e outras dançando, pois havia um palco armado lá com músicas e dançarinos latinos. Saindo de lá, passamos para comer no Whole Foods e comprar coisas para abastecer a geladeira do hotel para o café da manhã. Na volta, fechamos o dia na Times Square, super iluminada e deslumbrante como nos filmes. Melhor do que isso, impossível. Meu marido e nosso amigo tomaram uma cerveja (quente) sentados lá e eu e minha amiga só admirando a grandiosidade de tudo. Fomos para o hotel exaustos mas satisfeitos com a nossa primeira impressão da cidade.
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Dia 2: Como na véspera fomos para o hotel cedo dormir, acordamos descansados. Alugamos um carro às 7hs da manhã numa agência da Budget que fica na rua do hotel para ir ao outlet. Meu marido, que já dirigiu na França, Portugal, Orlando, São Paulo e no Rio de Janeiro, estava tranquilo, então preferimos o carro porque saía mais barato (25 dólares para cada um, em quatro pessoas) e ainda podíamos fazer o que queríamos. Fomos para o Outlet Woodbury mas antes passamos na minha loja favorita, Walmart, e ainda fui na Ulta e TJ Maxx que são todas perto uma da outra. Chegando no outlet, almoçamos no Shake Shack (amor eterno) e fomos rodar nas lojas. Achamos várias coisas legais e com bom preço. Lá pelas 19h, começou a chover, saímos correndo, passamos na Target e compramos umas pizzas para comer no hotel mesmo quando chegássemos, porque mais uma vez, estávamos exaustos.
Dia 3: tomamos café nos próprios quartos no hotel, pegamos os bilhetes de 7 dias do metrô que havíamos comprado no primeiro dia (obrigada pela dica e pelo vídeo, Laura) e seguimos para o Empire State Building. Eu me acabei na Uniqlo que tem em frente, meus amigos aproveitaram pra ir na loja Foot Locker e eu fui na Besfren, que eu conheci pelo aplicativo da Laura.
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Voltamos para o hotel pra comer alguma coisa no quarto e encontrar um amigo nosso que mora em Framinghan e foi passar o fim de semana conosco. De lá, seguimos de metrô ate a estação Oculus, que é linda demais! Saímos a pé até o Memorial 11 de Setembro com aquelas piscinas lindas e os nomes das pessoas para vermos como a vida é boa e valorizar cada dia. Fui na Trinity Church, mas estava fechada para um evento, perdi essa! Fomos no Touro de Wall Street pegar no saco dele pra ficarmos ricos e pagar esse dólar de 4 reais e na Fearless Girl. Tinha muita gente, esperamos a vez e renderam fotos ótimas. Pegamos o Ferry para Staten Island conforme vi no Youtube e admiramos a Estátua da Liberdade. Acabou me decepcionando um pouco, pois achei que seria algo tão grandioso quanto o Cristo Redentor ou a Torre Eiffel. Mas valeu a pena porque não dava para ir a Nova York e não ver a Estátua. Voltamos para Manhattan, pegamos o metrô e seguimos para a ponte do Brooklyn, pois o por do sol estava rolando e, de todas as coisas que eu tinha feito até aquele momento, a ponte foi a mais linda. Estava toda acesa e como estávamos a pé, olhávamos para trás e lá estavam os prédios de Manhatan iluminados. Eu não sou muito de admirar pôr do sol, mas esse foi o melhor da minha vida. Pegamos o metrô de volta para o hotel, tomamos banho e fomos jantar no Hard Rock Cafe da Times Square. Como no dia seguinte era meu aniversário, lembrei do que o pessoal no grupo falou sobre isso e falei pra garçonete. Ganhei uma sobremesa com velinha e parabéns. Voltei para o hotel felicíssima.
Saiba tudo sobre o Staten Island Ferry
Dia 4: Nesse dia, eu queria ir na Samsung para tentar arrumar a tela do celular do meu marido que estava quebrada. Fomos na loja, que é bem perto do High Line, depois batemos perna no Chelsea, fomos na Marshals, Burlington e entre uma e outra estava a tão famosa Harmon ( fiz compras nas três). Seguimos para o chelsea Market e comi no andar de baixo onde tinha um buffet de saladas maravilhoso com itens de produtores locais e pegamos o celular que já estava pronto. O pessoal que estava conosco queria comprar umas coisas na Apple e eu que não queria nada disso convenci meu marido a pegarmos o metrô só para ir na loja 0035mm, que vi no aplicativo da Laura, mas cheguei na loja e vi tanta coisa nas redondezas que prometi voltar com mais calma outro dia. Comprei o que eu queria, voltamos para o hotel para tomar banho e fomos para um bar irlandês ali próximo da Times sSquare e do hotel que não anotei o nome, o que é uma pena, porque foi o jantar mais legal de todos, com hambúrgueres maravilhosos e rock n’ roll ao vivo da melhor qualidade. Ficamos até de madrugada porque não dava para sair e deixar aquela música rolando sem mim.
Dia 5: Acordamos e fomos de metrô para o Central Park. Fui nos lugares que mais queria, que eram a estátua da Alice, Strawberry Fields, Bethesda Fountain, Bethesda Terrace e o Belvedere Castle que infelizmente estava em obras e fechado. Seguimos para o Met que estava lotado e depois de tudo isso fomos para a Broadway assistir Aladdin. Voltamos para o hotel e fomos dar uma pre organizada nas malas antes de dormir.
Dia 6: Seguimos para o Soho logo cedo e ficamos andando por lá sem destino, só aproveitando a beleza do lugar, as pessoas, as lojas e por fim cheguei à loja da Deciem, onde vende The Ordinary. A vendedora excelente e com uma pele jovial do alto dos seus 52 anos, me deu várias dicas e fiz umas comprinhas por lá. Bem em frente tem uma pizza que nunca ouvimos falar mas tinha uma fila imensa, um cheiro maravilhoso e concluímos que ruim não deveria ser e realmente estava divina, vendem os pedaços super grandes, muitos sabores e deliciosa. Andando pelo bairro, entrei em um restaurante só de saladas e complementei o pedaço de pizza com uma salada muito boa também mas pra variar não lembro o nome do local, mas quem for nesse bairro vai encontrar de tudo, opção é o que não falta. Nosso próximo destino era encontrar uma sorveteria que minha amiga queria conhecer – ela viu no Instagram de alguém e se chama Taiyaki. Valeu a pena, super diferente, a casquinha do sorvete tem forma de peixe com recheio daquele doce japonês feito de um feijão específico, pode parecer estranho mas é delicioso e vale a pena experimentar. Nessa de andar sem rumo, descobrimos que estávamos em Chinatown e lá estavam as lojinhas coreanas que a Laura indicou. Andamos por lá, entramos em várias e achei aquilo tudo uma mistura de 25 de março com o bairro da Liberdade em SP, ou seja, o paraíso! Voltamos para o hotel – havíamos feito reserva no Carmines ali perto e fomos jantar lá, não achei essa coisa toda que falam, mas comi bem e fui pra casa triste de tão cheia e de pensar que era meu último dia e iria embora.
Guia para comprar os produtos The Ordinary
Dia 7: Eu havia contratado um Shutlle para nos levar ao aeroporto – pagamos 21 dólares por pessoa e chegamos no horário certo no aeroporto. Meu voo de volta também era bem ruim, com escala em Charlote e Miami, mas nessa altura do campeonato eu estava satisfeita demais com tanta coisa que fiz em tão pouco tempo em Nova York. Sei que não explorei muita coisa da cidade, mas para uma primeira visita eu acho que fiz o que me programei para fazer, conheci um geralzão da cidade. Comprei o que queria comprar, não foquei em restaurantes porque não era minha intenção, e nem em museus porque meu marido não é super fã – além disso, espero voltar com meus filhos e não tive coragem de ir ao Museu de História Natural sem eles.
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Laura, você não foi 10, você foi 1000! Seu blog e seu grupo são obrigatórios pra todos mundo que vai, já estou triste porque agora não tenho mais que ficar fuçando neles todos os dias mas espero contribuir com a minha experiência dessa viagem. Obrigada e até a próxima!
Obrigada, Alice, pelo relato e pelo carinho!
Gostaram do relato da Alice? Se você quiser participar, envie seu relato para análise para laura@lauraperuchi.com COM FOTOS, seu nome completo e cidade/estado. LEMBRE-SE que é preciso ser detalhista. Não precisa escrever um livro, mas seu relato tem que ser informativo!
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Laura Peruchi é jornalista, autora e empreendedora. Mora em Nova York com seu marido desde 2014, e, desde então, divide em seu blog um conteúdo variado sobre a Big Apple. Com dicas de turismo, compras, restaurantes e muito mais, sua plataforma online tornou-se referência em conteúdo em português para quem está planejando uma viagem a Nova York. Acompanhe Laura também no Instagram, Youtube, Facebook e Spotify.