Se você me acompanha há um tempo suficiente, sabe que eu sempre bato na tecla do planejamento de viagem aqui no blog e também no canal. Há viagens e viagens, destinos e destinos, viajantes e viajantes e talvez você seja aquele tipo de pessoa mais desencanada, que gosta de decidir o que fazer no dia, sem pensar muito. Apesar de eu ser super adepta dessa filosofia, já adianto que, quando se trata de Nova York, um planejamento mínimo é essencial. Isso porque a cidade não só é grande mas também oferece uma infinidade de coisas para se fazer. Além disso, no geral, trata-se de uma cidade cara, então, mais um motivo para entrar no time do planejamento. Sei que por conta disso, muita gente se sente perdida e não sabe nem como fazer para planejar uma viagem dessas – por isso, no post de hoje eu listo 10 passos práticos para te ajudar nessa tarefa! Esse post é um mini-guia e eu incluo vários links úteis com informações que vão complementar tudo que vai ser dito aqui!
1. Documentação – para viajar para os Estados Unidos você precisa de um passaporte válido. Vale lembrar que, segundo o site da embaixada americana, é necessário que o passaporte esteja válido durante o período de permanência. Isso significa que se o seu passaporte vence no dia 31 de março e sua viagem termina dia 20 de março, não há problemas. Porém, recomenda-se não esperar até o último momento para renovar o documento, já que outros países tem regras diferentes quanto à validade do mesmo – e você nunca sabe quando vai surgir uma promoção legal para você aproveitar passagens baratas, né? Já pensou perder uma promo por não ter o documento em dia?
Com passaporte em mãos, você precisa solicitar um visto de turismo (B1/B2) – todos os cidadãos brasileiros precisam de visto para entrar nos Estados Unidos. Esse processo contempla a etapa de preenchimento do formulário de solicitação + agendamento + entrevista e coleta de digitais. Importante salientar que o consulado americano recomenda não comprar passagens aéreas antes de ter o visto aprovado. Vale lembrar também que se você tem passaporte italiano, não precisa de visto – basta solicitar o Esta (uma autorização de viagem online). Clique aqui e saiba mais.
2. Decidir o período da viagem – há quem tenha flexibilidade de férias e, assim, tem mais liberdade para escolher o período da viagem, bem como aproveitar promoções relâmpago. Há quem tenha um período fixo de férias e aí fica com a janela da viagem mais limitada. Independente disso, é essencial ter em mente que Nova York é uma cidade com as estações do ano bem definidas e que muda de acordo com essas estações. É bom ter o mínimo de informação sobre o período desejado de viagem – até porque o inverno da cidade, por exemplo, é bem rigoroso e vai exigir um planejamento mais minucioso e até mesmo mais investimento, visto que você precisa de roupas e calçados apropriados para poder passear com o mínimo de conforto.
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3. Passagens aéreas – com os documentos necessários em mãos e com uma ideia de qual período você deseja viajar, é hora de providenciar as passagens aéreas. Vale lembrar que meses como julho (férias escolares), setembro (US Open, Semana de Moda e Conferência da Onu) e dezembro (férias e Natal) costumam ser mais complicados em termos de preços. Mas, quando se trata de passagens aéreas, o segredo é pesquisar muito. Recomendo o Google Flights para pesquisar passagens no geral – dá inclusive para você criar alertas de preços. Acompanhar sites de promoções como o Melhores Destinos também pode ser uma boa maneira de ficar sabendo de uma ótima tarifa. Procure garantir a passagem com pelo menos três meses de antecedência.
4. Hospedagem – a hospedagem é, provavelmente, um dos quesitos que mais causam dor de cabeça nas pessoas. Isso porque, verdade seja dita, Nova York é uma cidade muito cara nesse quesito. É possível que a hospedagem seja responsável por consumir boa parte do orçamento da sua viagem. Minha recomendação geral é buscar uma hospedagem em Manhattan – não necessariamente em Midtown – ou até mesmo em bairros próximos da ilha, como Astoria e Long Island City, no Queens, e Downton Brooklyn e Williamsburg, no Brooklyn.
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5. Seguro viagem – da mesma maneira que ao planejarmos uma viagem escolhemos cuidadosamente nosso destino, hotéis, roteiro, também precisamos ficar atentos aos imprevistos que podem acontecer. Daí a importância do seguro viagem. Isso porque, estando em outro país, muitas vezes uma simples dor de dente ou uma queda simples, podem virar grandes problemas – pincipalmente pelo alto custo da assistência médica particular fora do Brasil – especialmente nos Estados Unidos. Ninguém quer ter que lidar com questões de saúde durante uma viagem, mas a verdade é que não há como prever esse tipo de acontecimento. Daí a importância de contratar esse serviço.
6. Compra de dólares – essa etapa já pode começar quando você estiver com a passagem aérea em mãos. Como rola bastante variação cambial, a maioria dos especialistas recomenda a compra de dólares aos poucos. Hoje em dia, há várias maneiras de você pesquisar e comprar dólares, portanto, faça uso da internet para pesquisar a melhor cotação. Também defina como você levará esse dinheiro – em espécie ou em cartão pré-pago. A maioria dos turistas brasileiros prefere evitar o uso do cartão de crédito internacional por conta das taridas de IOF, mas eu recomendo fortemente que você tenha um cartão para situações como check-in do hotel, para o caso de uma emergência ou até mesmo no caso de algum estabelecimento não aceitar cash (há casos assim em Nova York). Assim, esse é um bom momento para ligar para sua operdadora de cartão de crédito e já desbloquear o mesmo para o período de sua viagem.
7. Organização do roteiro – esse é o outro item que deixa muita gente de cabelos em pé, a organização do roteiro. Mas, calma! Sugiro alguns passos bem simples para você conseguir definir seu roteiro. Primeiro, liste tudo o que você já conhece ou ouviu falar sobre Nova York – pontos turísticos, lojas, restaurantes, programas, aquelas coisas que você sempre sonhou em visitar e viver. Depois, consuma conteúdo sobre a cidade. Faça faça um “intensivão” aqui no blog e no meu canal do YouTube, visite outros sites, veja outros canais, dicas nunca são demais! Porém, lembre-se! Faça uma viagem do seu gosto. Não ache que você precisa ir a determinado lugar só porque todo mundo vai ou porque alguém indicou. Não existe certo e errado. Existem opiniões, vivências, relatos e existem os seus gostos e os seus sonhos. Vá acrescentando tudo à sua lista e, em seguida, abra o o My Maps, do Google, e vá marcando os pontos no mapa, priorizando aquilo que mais te interessa. Lembre-se que em Nova York dá pra se locomover facilmente de metrô – e tem uma série de vídeos explicando tudo aqui no blog. O Google Maps simula os trajetos de um ponto ao outro a pé, usando metrô ou carro. E assim fica fácil como dividir cada dia. É mais prático, obviamente, explorar uma mesma região por dia. Aproveite e já marque no mapa opções de restaurantes para almoço e jantar na região a ser explorada a cada dia. Aqui no blog há vários posts de gastronomia, todos com média de preços, o que já facilita uma previsão dos gastos com comida.
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8. Compra de tickets, reserva de serviços e outros produtos – muitas das atrações clássicas da cidade são pagas – e você pode já sair do Brasil com seu ticket garantido. Passeios, shows e musicais da Broadway também podem ser garantidos antes, evitando uma preocupação extra e possibilitando tempo hábil para pesquisa e para conseguir um bom preço. Além disso, esse é o momento de também pensar sobre a logística para você sair do aeroporto e, se for a sua vontade, contratar um serviço de transfer.
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9. Revisão de gastos – com a passagem e a hospedagem contratadas e um roteiro pré-definido, já fica mais fácil ter uma visão geral dos gastos da viagem até o momento. Faça uma planilha ou até mesmo uma lista, o que vale é colocar tudo no papel. Liste todas as atrações e experiências pagas que entraram no seu roteiro, verifique o valor de cada uma. Não esqueça de incluir o preço do transfer, bem como do Metrocard. Cheque os restaurantes que você incluiu no seu roteiro, veja a média de preço de cada um. Esse planejamento vai te dar uma boa noção dos custos da sua viagem. Se você pretende aproveitar a viagem para fazer compras, vale fazer uma lista de itens e lojas – e vale lembrar que em se tratando de grandes redes, dá pra checar o preço desses itens nos sites. Assim, você sabe exatamente o que quer comprar, quanto vai gastar e evita as compras desnecessárias e por impulso.
10 . Mala – fazer uma mala inteligente evita que você carregue peso à toa! Planejar o que levar é essencial – e por isso é tão importante a dica que eu dei lá no começo, de pesquisar sobre o clima e saber exatamente o que você vai enfrentar. Além disso, lembre-se de checar se o seu bilhete inclui franquia de bagagem. Faça uma lista do que você precisa levar, para não esquecer nada. Veja se está faltando alguma coisa, se você precisa providenciar algo antes da viagem, cheque se a sua mala está em dia.
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Laura Peruchi é jornalista, autora e empreendedora. Mora em Nova York com seu marido desde 2014, e, desde então, divide em seu blog um conteúdo variado sobre a Big Apple. Com dicas de turismo, compras, restaurantes e muito mais, sua plataforma online tornou-se referência em conteúdo em português para quem está planejando uma viagem a Nova York. Acompanhe Laura também no Instagram, Youtube, Facebook e Spotify.
