Assim como há comentários e perguntas típicas dos conterrâneos quando a gente diz que mora fora – já falei sobre isso neste post aqui – há também as constatações e questionamentos clássicos dos gringos quando a gente diz que é brasileiro. Desde que vim morar aqui, já escutei vários, e aposto que muita gente já ouviu tudo isso e mais um pouco. Desde os estereótipos sobre sambar, passando pela língua falada no Brasil, mas também por coisas boas – porque nem só de imagem ruim vive o Brasil aqui fora não, viu?
Ah, Brasil, legal! De onde você é? Rio? São Paulo?
Não, não. Sou do sul do Brasil, Santa Catarina. Mas se as únicas referências em cidades para os americanos são essas duas, não adianta nem eu querer falar que a minha cidade é Meleiro. Aliás, nem posso reclamar. Muita gente no Brasil não a conhece, hehehe – é uma cidade muito pequena mesmo. Mas, voltando ao tópico, Rio e São Paulo são os dois lugares que eles mais lembram mesmo. São os que também estão na mídia, né? Rio já foi cenário de muitos filmes, inclusive de uma animação com o mesmo nome. A gente se indigna porque, afinal, o Brasil é um país de proporções continentais e há muitas outras cidades e regiões legais. Mas, deixa estar: quais as cidades que vêm à mente quando você pensa nos Estados Unidos? França? Argentina? Provavelmente você não conhece todas também.
Que língua você fala? Espanhol, né?
A América do Sul quase inteira fala espanhol, sem contar os outros países da América Central. Pronto! Aí acham que é todo mundo que fala essa língua. Eu até preferia, sabe? Seria uma língua a menos para aprender. Mas eu sempre tenho que responder que “não, coisinho, eu falo português mesmo”. Mas nem só de espanhol vive o nosso português! Explico: algumas vezes, falando a nossa língua, já fui abordada por algum americano que perguntou: desculpe, vocês estão falando francês? E eles juram que é igualzinho, tá? E quando eles juram que acham que sabem uma palavra em português e soltam uma em espanhol? Tenso, hehe.
Ahhhh, samba!
Não adianta: a imagem do Carnaval no Brasil é bem forte aqui fora. Muita gente tem vontade de conferir os desfiles das escolas de samba e tal. E muita gente acha que brasileira nasce com samba no pé. Bem, algumas sim, mas não é uma técnica que todas dominam. Eu, por exemplo, não sei e nem levo jeito. Mas, não adianta: as assimilações sempre acontecem. Um dia, fui numa aula experimental de salsa e o instrututor mandava a gente trocar de pares. Lembro que teve um cara que veio dançar comigo e, quando eu disse que era brasileira, ele cantava: Brasil! Xic xic xic xic xic xic (leia isso como uma melodia de samba). Foi assim a noite toda! Depois, um dia, na aula de dança latina, substituíram a professora por uma de dança do ventre. Adivinhem? A mulher jurava que eu ia me rebolar toda: Vamos, brasileira! Isso, brasileira! Fake Brazilian.
Ah, eu quero visitar o Brasil, dizem que é muito lindo, né?
Isso é para desmitificar o fato de que Brasil é sinônimo de samba e Carnaval. Muitos americanos com quem já conversei falaram que têm muita vontade de visitar o país e, quando falam isso, sempre se referem às belezas naturais. E eu sempre incentivo: falo que o Rio é maravilhoso, que no Sul há praias lindas, que o Nordeste é demais.
Hummmm, adoro a comida brasileira!
Uma palavra: churrasco! Não tem pra ninguém, todo mundo que vai a alguma churrascaria brasileira, não se arrepende – e nunca vai se esquecer da experiência. Já ouvi muitos comentários positivos sobre a nossa comida, mas churrasco e feijoada definitivamente são líderes de preferência – além da caipirinha, claro. Eles adoram o “exagero” de carnes e acompanhamentos das churrascarias e sempre falam que o nosso é o melhor churrasco que existe.
Ah, as mulheres brasileiras!
Sei que muita gente fala que mulher brasileira tem fama de fácil – para não usar outras palavras pesadas que já li por aí. A verdade é que eu nunca me senti desrespeitada neste quesito. Mas nossa beleza é muito valorizada. Eles sempre elogiam (não tô falando que ME elogiam, tá?) a mulher brasileira, ressaltando como são bonitas. Inclusive, uma vez uns americanos comentaram comigo como as mulheres do Sul são bonitas! Não tô inventando porque sou do Sul não – eles estavam em São Paulo e Rio, foram para Floripa e ficaram maravilhados. Nossa beleza realmente salta aos olhos e chama a atenção.
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Laura Peruchi é jornalista, autora e empreendedora. Mora em Nova York com seu marido desde 2014, e, desde então, divide em seu blog um conteúdo variado sobre a Big Apple. Com dicas de turismo, compras, restaurantes e muito mais, sua plataforma online tornou-se referência em conteúdo em português para quem está planejando uma viagem a Nova York. Acompanhe Laura também no Instagram, Youtube, Facebook e Spotify.