Como contei semana passada, estivemos na Espanha e Portugal no início de dezembro. Depois de quatro dias intensos em Barcelona – você pode clicar aqui para conferir o nosso roteiro por lá – partimos para o sul da Espanha, onde encontramos a minha irmã e meu cunhado (eles moram em Paris). Nosso roteiro pelo sul da Espanha inclui as cidades de Córdoba, Granada e Sevilha e, no post de hoje, vou contar um pouco do nosso roteiro pelas duas primeiras cidades. Nós fomos pra lá para encontrar a minha irmã – ela já estava com essa viagem marcada. Confesso: não participei de muita coisa do planejamento dessa parte da viagem.
Nós fomos de Barcelona para Sevilha de avião. Pesquisamos voos internos pelo Google Flights e compramos as passagens com a Vueling. É uma companhia low cost – você paga para marcar assentos, paga para despachar bagagem… Nós optamos por comprar uma bagagem despachada (a bagagem de mão e um item pessoal estavam incluídos). O check-in foi feito sem problemas, assim como o embarque. O vôo para Sevilha é rápido – cerca de uma hora e meia. De lá, retiramos o carro que minha irmã já havia alugado – pela Avis – e pegamos a estrada em direção a Córdoba. A estrada é ótima e muito bem sinalizada. Nós dormimos em Córdoba e passaríamos o dia seguinte passeando na cidade. Alugamos um apartamento pelo Airbnb – Se você nunca usou o Airbnb, clique aqui e ganhe U$40 em créditos. Não foi muito fácil encontrar lugar para estacionar, pois as ruas são estreitas e a cidade estava lotada devido aos feriados da Espanha. Combinei com o host um horário e ele estava nos esperando. O apartamento era ótimo – super espaçoso, com dois quartos e ele ainda nos deixou comida. O único problema foi a água quente – fui a primeira a tomar banho e, antes de terminar, a água já estava fria. Thiago tomou banho quase frio. Naquela mesma noite, jantamos em um restaurante praticamente do lado do apartamento, o Sociedad Plateros María Auxiliadora. Pedimos tapas – incluindo um prato típico do sul da Espanha, berinjelas fritas com mel. Uma delícia!
No dia seguinte, acordamos bem cedo, colocamos as malas no carro e partimos para a nossa primeira parada em Córdoba – a Mesquita-Catedral de Córdoba. Para entrar, é preciso comprar um ingresso, que custa €10. O local data do século X, quando a cidade atingiu seu apogeu, sob o governo do emir Abderramão III, um dos maiores governantes da história islâmica. Naquele tempo, Córdoba era a cidade mais próspera da Europa, ofuscando o Império Bizantino e Bagdá em ciência, cultura e artes. Quando Córdoba foi reconquistada, em 1236, a mesquita foi convertida em uma catedral cristã. Isso fez com o que o local se tornasse uma fusão entre a cultura islâmica e cristã. A estrutura é gigantesca e é interessantíssimo observar os elementos cristãos dentro de uma mesquita. Passamos um bom tempo lá dentro e depois saímos para tomar café. Escolhemos o Los Patios de la Marquesa, um food court com várias opções. Pedimos café, chocolate quente e o pastel cordobês, que mais lembra uma torta.
De barriga cheia, saímos caminhando e explorando a região ao redor da Mesquita, que é cheia de ruas estreitas, super bonitinhas. É como um labirinto, hehe. Um dos destaques fica por conta da Calleta de Las Flores, uma rua estreita cheia de vasinhos de flores pendurados, uma fofura. Por essas ruelinhas, você vai encontrar uma infinidade de restaurantes e de lojinhas dos mais diversos segmentos. Por ali, também a La Casa Andalusí. É como um museu – o local foi restaurado pelo arquiteto Arturo Ramírez Laguna, recuperando parte do legado das gerações passadas. A decoração tem inspiração marroquina e é cheia de detalhes interessantes. Pagamos €4 para entrar. Nossa última parada em Córdoba foi a Ponte romana de Córdoba. Essa ponte, por onde hoje só passam pedestres, foi, por 2 mil anos, a única ponte da cidade. Também foi cenário de Game of Thrones! Ah, também tentamos visitar o Alcázar de los Reyes Cristianos, também conhecido como Alcázar de Córdova. É uma alcáçova medieval localizada ao lado da Mesquita. Porém, ficamos um tempão na fila e o lugar estava fechando.
Pegamos o carro – que estava em um estacionamento próximo à Mesquita – e seguimos nossa viagem em direção a Cúllar Vega, uma cidade muito próxima de Granada. Nosso objetivo em Granada era um só: visitar Alhambra. Por conta do feriado, não encontramos Airbnb na cidade e alugamos um quarto em Cúllar Vega. A experiência foi péssima. Ainda bem que foi apenas uma noite, pois passamos frio e tivemos, novamente, problemas com água quente. No outro dia, partimos cedinho em direção a Alhambra. Esse lugar era um palácio e fortaleza, que alojava o monarca da Dinastia Nasrida e a corte do Reino de Granada. É uma das atrações turísticas mais visitadas da Espanha, que recebe 8 mil pessoas todos os dias. No interior, o lugar exibe elementos da arquitetura islâmica no país, juntamente com estruturas cristãs do século XVI.
Como mencionei no início, não participei do planejamento da viagem pelo sul da Espanha. Minha irmã inclui Granada no roteiro porque ela e meu cunhado queriam muito conhecer Alhambra. Eu não fazia ideia do que era o lugar – e, confesso, nem pesquisei, porque estava na correria produzindo conteúdo para o blog. Quando fomos comprar as entradas pelo site oficial – custa €14 por pessoa – já estavam esgotadas. Acredito que isso se deu ao fato de que era feriado e se trata de uma atração muito famosa – porém, eu deixo a dica: se você está planejando visitar o local, compre assim que possível, com o máximo de antecedência. Estávamos sem ingressos e aí minha irmã pesquisou algumas alternativas até descobrir o passeio guiado do GranaVisión, que incluía as entradas e uma tour pelo local com guia por 59 por pessoa. Sim, é caro, mas era isso ou nada, pois só tínhamos um dia na cidade. Eu e Thiago pegamos o tour em espanhol e minha irmã e meu cunhado pegaram em inglês. A sede do GranaVisión, ponto de encontro, fica próxima à Alhambra. Nossa experiência foi ótima: aprendemos muito com o guia e ele era muito tranquilo e paciente. Foram três horas de tour. Minha irmã não teve a mesma experiência – segundo ela, o guia fez tudo às pressas.
Independente das experiências positivas ou negativas, preciso dizer: Alhambra é incrível. O lugar é enorme e tanto os palácios como os jardins são maravilhosos. A vista para a cidade também é de tirar o fôlego. Sem contar o que aprendemos. Saímos de lá muito satisfeitos. E cansados claro! Se você estiver planejando visitar Alhambra, vista calçados confortáveis e prepare-se para andar muito. E chegue cedo, quando o lugar está mais vazio. Caso você compre os ingressos pelo site, não esqueça de baixar o app oficial, que serve como áudio guia. É muito mais interessante visitar o local escutando as curiosidades e entendendo melhor.
Depois da visita, descemos à cidade e almoçamos num restaurante mexicano antes de pegar a estrada de volta para Sevilha, onde devolvemos o carro no aeroporto e ficamos por mais dois dias. Mas isso é assunto para outro post.
Crédito das fotos: Meiry – Flanerie Photo
Espero que tenham gostado das dicas de Córdoba e Granada!
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Laura Peruchi é jornalista, autora e empreendedora. Mora em Nova York com seu marido desde 2014, e, desde então, divide em seu blog um conteúdo variado sobre a Big Apple. Com dicas de turismo, compras, restaurantes e muito mais, sua plataforma online tornou-se referência em conteúdo em português para quem está planejando uma viagem a Nova York. Acompanhe Laura também no Instagram, Youtube, Facebook e Spotify.