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Viagem pro México: Playa del Carmen, Cozumel, Tulum e Xcaret

Se você me acompanha no Instagram (@laura_peruchi) e no Snapchat (lauraperuchiny), provavelmente viu que semana passada estive no México. Fomos para Playa del Carmen, em Riviera Maya, região do país conhecida mundialmente – Cancun refresca sua memória? Jogamos a viagem para fevereiro a fim de fugir do frio em Nova York (este mês costuma ser o mais tenso do inverno). Acabou que o inverno em Nova York continua surpreendendo por estar tão ameno, mas quem iria reclamar de passar 6 dias de folga na praia, né? Bom, já vou avisar que, no caso desta viagem, aconteceu o que o ditato “casa de ferreiro, espeto de pau” prevê: não planejamos nada e acabamos errando em algumas coisinhas. Viajamos no espírito de curtir e tal, como fizemos em Miami, só que aconteceu que a região tem muita coisa bacana para ser vista. No fim das contas, acho que ainda aproveitamos bastante sabe? Fizemos muitas coisas durante nosso período por lá – só não deu pra fazer mais por falta de tempo! Ficamos de terça a domingo, num total de 5 noites.

Sei que muita gente que viaja para essa região do México opta por ficar em Cancun, destino mais famoso e badalado. Porém, Playa del Carmen teve suas vantagens para nós pela logística: estávamos muito mais próximo de vários pontos recomendados da região. Para vocês terem uma ideia, Cancun fica a cerca de 60 km de Playa del Carmen. Bom, ficamos hospedados no hotel Petit Lafitte. Não é luxuoso como vários dos ressorts da região, mas atendeu muito bem às nossas expectativas. Quarto amplo, com sacada e Wi-Fi. A estrutura inclui piscina, praia em frente ao hotel com cadeiras, e duas refeições: café da manhã e jantar – almoço à parte. O fato de as diárias incluirem refeições foi um ponto bem positivo, já que o Petit Lafitte não fica bem na região central de Playa – e sim a 6 km, ou seja, estávamos um pouco “isolados”.

De Nova York para Cancun são cerca de 5 horas de vôo e, ao chegar no aeroporto, usamos o serviço do Super Shuttle – já usei várias vezes em Nova York e também em Miami. São vans compartilhadas que fazem o trajeto aero/hotel e vice-versa. Tentamos reservar antes, mas como fomos fazer isso na véspera, o sistema não permitiu. Compramos na hora e custou cerca de 1200 pesos para duas pessoas, já com o retorno ao aeroporto no fim da viagem. Foi muito bom, pois fomos os primeiros a desembarcar (e só dividimos a van com mais uma pessoa). O trajeto levou cerca de 40 minutos. Um adendo: a moeda local é o peso mexicano e, apesar de praticamente todos os lugares aceitarem dólares, o valor em pesos sempre era mais vantajoso. Mas nós tínhamos dólares e como sou péssima em matemática, não sei qual seria a maior vantagem para quem viaja do Brasil. Entretanto, não se preocupe com o câmbio: no centro de Playa há vários lugares para trocar dinheiro – e suas cotações estavam mais vantajosas que as do aeroporto, fica a dica! Como acordamos super cedo na terça, tratamos  de almoçar e descansar um pouco, para, no fim do dia, dar uma caminhada na beira da praia. Vale lembrar que o calor é presença constante o ano todo e, nesta época, o inverno de lá, as médias ficam em 24 e 28 graus. Quando olhamos na previsão, achamos ameno! A verdade é que o calor é bem intenso e não quero nem pensar como deve ser em julho, no verão oficial.

Na quarta, foi dia de conhecer a famosa ilha de Cozumel! Fomos de táxi até o local de onde sai o Ferry em Playa del Carmen (este trajeto do Petit Lafitte – Playa del Carmen custava sempre 220 pesos) no fim da manhã. São três empresas que fazem o trajeto até Cozumel (Ultramar, México Waterjets e Transcaribe) e nós fomos com a Ultramar. O valor por pessoa para ida e volta é 326 pesos mas a dica é: compre apenas a ida, assim você tem mais liberdade de aproveitar a ilha sem se preocupar em estar de volta por conta do bilhete. O local de onde saem os barcos é como uma grande praça e, até chegar aos ghichês das empresas, você vai passar por muitos, mas muitos mesmo, mexicanos te abordando e tentando te oferecer tickets – além de empurrar aluguel de carros e passeios.

O trajeto leva cerca de uns 35 minutos e prepare-se, pois o barco pode balançar muito! A estrutura inclui bar, ar condicionado, banheiros e até música ao vivo. Os barcos saem a cada 30 minutos – às vezes com intervalos de 1 hora. E o que fazer em Cozumel? Bom, a ilha é enorme e o destaque fica por conta de alguns parques ecológicos e da prática de snorkel, para observar os recifes de corais. Você pode explorar o local alugando um carro ou uma moto ou pegando um táxi (há serviço compartilhado e particular). Nós alugamos um carro para dar uma volta em toda a ilha, mas, sinceramente? Não faria isso novamente. O lado leste da ilha é deserto, com maR agitado e ondas enormes. Há alguns restaurantes, em intervalos de quilômetros e só. Claro que é bonito, mas, na minha opinião, compensa mais ficar mais tempo do lado oeste. É o mais agitado, cheio de restaurantes, hoteis e onde estão as praias e locais para fazer snorkel. As mais indicadas são Money-bat, Skyreef e Palancar.

Ao sair do Ferry, na estação, você já vai ser abordado por vários mexicanos tentando te oferecer um carro ou moto. Sério, a oferta é vasta! Minha dica? Dê uma pesquisada online antes – coisa que não fizemos – e sempre tente chorar o preço. Alugamos um jeep por U$55 (era U$60). Negociamos com dois mexicanos, mas todo o processo me deixou muito desconfortável. Pagamos para eles ali na estação do Ferry e eles nos deram um papel (não era recibo, nem nota) para entregarmos na empresa, chamada Shark, que ficava a 5 minutos a pé dali. Achei tudo muito confuso. O lado bom foi que alugamos um equipamento de snorkel por U$6 (máscara e pé de pato) – nas praias costuma ser o dobro. Nosso jeep era uma beleza – só que não: meu cinto não encaixava (o uso na ilha não é obrigatório, mas é questão de segurança, né?), o suporte para segurar-se pelas mãos, na porta, quebrou e a empresa entregou o carro sem água no radiador. Acredito que compense alugar um carro somente se você estiver em grupo – se for para um casal, por exemplo, vale pegar um táxi. Depois de apreciar bastante a vista de carro, paramos no SkyReef para praticar snorkel. Alugamos mais um equipamento por U$12 (se você não sabe nadar, como eu, há coletes). Dá pra alugar um armário – por U$5 e também toalhas. Muito bacana a experiência! Acabamos almoçando ali no próprio restaurante – que só aceita cash. Pegamos o Ferry das 18h30 de volta à Playa del Carmen.

Na quinta, resolvemos ir para Tulum, para ver as ruínas maias. Pelo preço dos tours, acabamos alugando um carro da empresa Target, que tinha parceria com nosso hotel. Eles trouxeram o veículo até nós e a diária custou U$65. Antes de mais nada, vale ressaltar como é fácil dirirgir na região. As estradas são super bem sinalizadas – nós estávamos sem poder usar Google Maps, pois não compramos chip e nosso roaming não funcionou  – e a condição delas também era perfeita. O mesmo vale para Cozumel. Chegamos na área das ruínas em 45 minutos. O ingresso custa 69 pesos. Agora, fique esperto com os guias que já vêm até seu carro querendo dar informações. Eles nos ofereceram algumas opções de como explorar o local: uma por nossa conta, outra com guia e outra com um passeio de lancha. Depois, quando mencionamos que íamos almoçar, indicaram o restaurante em frente ao quiosque de informações, dando um bilhete que dava direito a margaritas. Não siga a dica deles e vá em direção ao parque arqueológico que você vai encontrar mais restaurantes. Nós fomos bobos e a comida era horrível! Partindo para as ruínas, a região é bem fácil de ser explorada e proporciona uma vista linda para a praia, com acesso – muita gente tomando banho. Nada mais justo, já que fazia muito calor! Lembre-se de levar chapéu, vestir roupas confortáveis e beber muita água. O passeio no parque arqueológico não vai levar mais de uma hora. Aí, pegamos o carro e seguimos até Playa Maya, pois acabamos comprando o pacote com o guia que incluía um passeio de lancha para ver as ruínas do mar e ainda mergulhar para ver recifes de corais. Sinceramente? Fiquei um pouco arrependida de ter gastado 400 pesos nisso. O passeio durou menos que o prometido e a promessa de nos levarem para outra praia não foi cumprida. Como a gente é bobo, né? Já tínhamos feito snorkel no dia anterior, não sei porque gastamos com isso novamente. Deveríamos ter só ficado com o acesso ao parque arqueológico e depois ter dado um mergulho no mar. Vivendo e aprendendo.

Mesmo cansados, nosso dia não terminou com o retorno ao hotel. Já tínhamos comprado os nossos ingressos para o Coco Bongo pela internet na semana anterior. Não teve quem não me indicasse o local, uma danceteria famosa pelas suas performances. O Coco Bongo tem endereço tanto em Cancun como em Playa – e agora em Punta Cana. Fomos no de Playa. Os ingressos, tanto para a área Vip quanto para a pista incluem open bar até 3:30 da manhã – cervejas, margaritas, pina coladas… Achei a organização muito boa e a equipe muito dedicada e preparada. O destaque do lugar fica por conta das performances – para mim, uma mistura de Vegas, Broadway e Circo de Soleil! Hahahaha. O mais legal é que isso anima pra caramba. Os figurinos são lindos e eu adorei o repertório. A única coisa que não gostei foi a tal câmera que fica procurando meninas bonitas e focando nos bumbuns, pernas e decotes para exibir no telão. Podem me chamar de careta, mas a impressão que passa é a de mulher objeto. Confesso que fiquei incomodada.

Na sexta, de ressaca, preferimos passar o dia no hotel, colocando algumas pendências em dia e descansando. E acertamos, pois o tempo não estava tão aberto. Como fizemos muitas refeições no hotel, optamos por ir a um restaurante em Playa del Carmen à noite, indicação de um dos taxistas com quem fizemos corrida. O restaurante se chama El Fogón e há mais de um endereço em Playa del Carmen. O ambiente é super simples, sem luxo, mas a comida é muito gostosa e as porções são super bem-servidas. Pedimos o Taco Loco, um dos mais famosos do local, e mais outro prato. Não demos conta! Depois, caminhamos até a Quinta Avenida, uma rua movimentada da cidade que conta com o shopping Quinta Alegria. O local é bacana e conta com marcas como Forever 21, Levi’s e Nike.

O sábado, último dia de viagem – já que nosso vôo de volta era domingo – foi reservado para conhecermos Xcaret. Xcaret é um dos vários parques ecológicos e de atividades que existem na região de Riviera Maya. Foi uma das experiências mais bacanas que tivemos. O local é enorme e você vai gastar um dia todo lá. São várias rotas, locais e atividades a serem exploradas, tudo isso no meio de muita natureza. Há borboletário, aviário, aquários, animais selvagens, golfinhos, tubarões e tartarugas. Além disso, o destaque fica por conta do rio subterrâneo, que corta todo o parque. Você pode fazer todo o trajeto nadando – são mais de 600 metros de água cristalina, com trechos que passam em cavernas. Indescritível. Há ainda uma área com piscinas naturais e uma apresentação musical para fechar o dia. O problema, na minha opinião, é o preço: paga-se muito caro. O pacote Xcaret Plus, que inclui colete salva-vidas, equipamento de snorkel, armário para guardar objetos, almoço e bebidas custa U$129. O pacote básico custa U$99 (mas aí você tem que alugar tudo lá dentro e ainda pagar a comida, não vale a pena!). O problema de Xcaret é que há muitas outras atividades legais como nado com golfinhos e tubarões e passeio de lanchas, mas que são pagos à parte… Sei que esse montante convertido para reais, hoje em dia, não sai nada barato, por isso cada um tem que avaliar bem o que lhe convém. Para mim, foi uma experiência bacana, curti muito, adorei – mas continuo achando caro. Outra coisa: se você decidir ir no parque, invista numa câmera à prova d’água. Há câmeras automáticas pelo parque, mas as fotos são vendidas por U$20 cada (impressa) ou U$89 (pen drive com todas). Eita!

Enfim, avaliando agora tudo o que fizemos, acredito que foram dias bem aproveitados. Claro que erramos em algumas coisinhas, mas não comprometeram o balanço final positivo da viagem. Quem sabe um dia a gente volte pra lá para visitar outros lugares como Cancun e Isla Mujeres. Antes de encerrar, preciso dizer que fiquei muito satisfeita com o atendimento que tivemos na maioria dos lugares: os mexicanos são muito simpáticos, sorridentes e solícitos.

E vocês? Já estiveram na região?


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