Não dá pra negar: grande parte das pessoas que vem para Nova York quer, além de curtir a cidade, também fazer compras. Aliás, algo que observei é que muita gente relaciona Estados Unidos com compras e há quem pense que aqui não há tantas coisas interessantes em termos de turismo como na Europa, por exemplo. O que é um engano, a gente sabe. Mas, acredito que, na comparação, falando em compras, Estados Unidos é mais competitivo em várias categorias. E já que o assunto é recorrente quando a gente fala em viagem para Nova York, resolvi listar algumas dicas que são essenciais na hora de gastar suas Obamas por aqui.
1. Nem sempre existe uma opção “barata” – o brasileiro adora uma pechincha, né? A gente ama economizar – ainda mais quando estamos falando de um dinheiro que convertemos multiplicando. É muito comum ver alguém perguntando “onde acho o produto X mais em conta?”. A verdade é que nem sempre é possível ter uma resposta para essa pergunta. Quer um exemplo? IPhone. O smartphone da Apple é desejado por muita gente, mas, não se engane: seu preço é tabelado. Se estamos falando do último modelo, você não vai encontrá-lo por preço mais barato que o anunciado no site da Apple – nem na Black Friday. A maioria desses smartphones tem preço tabelado. Então, não caia no conto do vigário quando o assunto for eletrônicos: só confie em lojas como Best Buy, B&H e Apple. Dá pra encontrar eletrônicos nas duas primeiras com desconto quando os itens forem “refurbished” ou “open box”. O primeiro termo se refere a produtos de segunda linha, que foram reparados. O segundo se refere a produtos que tiveram a caixa aberta e o cliente desistiu da compra. Outra pergunta muito comum é: onde compro Chanel ou Louis Vuitton mais em conta? Resposta: marcas como Chanel e Louis Vuitton não trabalham com lojas de desconto. O preço é aquele e ponto. O que você pode fazer é procurar nos brechós de luxo – já falei de brechós em Nova York aqui e aqui. E, por favor, não pense em comprar “réplicas” em Chinatown – não existem réplicas e sim falsificações.
2. Taxas – eu já falei desse assunto num post específico aqui no blog – você pode clicar aqui para conferir – mas é sempre bom lembrar. O preço de um produto na etiqueta nunca é o preço final, pois as taxas só aparecem no momento final da compra. Em Nova York a taxa total é de 8.875% (impostos do estado e da cidade). Então, quando for às compras, lembre-se que todo item que você adquirir terá um acréscimo de 8.875%. Essa porcentagem faz bastante diferença quando falamos de IPhone, por exemplo. Uma notícia boa: não há cobrança de taxas em roupas ou calçados cujo preço seja inferior a U$110. As taxas são calculadas por item. Ou seja, se você comprar U$700 em roupas e calçados e nenhum item custar mais que U$110, sua compra não terá nenhuma taxa. Se dentre os itens houver alguma peça cujo preço for superior a U$110, só aquela peça sofrerá incidência de imposto. Acho que ficou claro, né?
3. Voltagem – aqui nos Eua, a voltagem dos eletrônicos e eletrodomésticos é de 115-120 volts. Então, a voltagem dos produtos vendidos aqui também segue essa mesma voltagem. No caso de celular, computador e outros eletrônicos que são bivolt, não há problema nenhum em comprar esses itens para uso no Brasil. Mas se você for comprar uma batedeira, um secador de cabelos, uma chapinha ou outro eletrônico, lembre-se de checar a voltagem, já que sabemos que no Brasil alguns estados são 220V. Obviamente, sempre dá para usar um conversor – mas eu, particularmente, tenho um pouco de receio de usar conversor, especialmente se estamos falando de produtos que chegam a altas temperaturas. Se optar por comprar um eletrônico diferente da voltagem da sua residência, certifique-se de investir em um conversor seguro e de qualidade.
4. Tamanhos – na hora de comprar roupas e calçados, não esqueça que o sistema de tamanhos é um pouco diferente do Brasil. Apesar de algumas roupas contarem com o sistema P M G – onde XS é extra pequeno, S é pequeno, M é médio e L é grande – há outras tabelas de tamanho – como a de números – onde 2 é o menor tamanho e o 14 é o maior. Vale lembrar também que aqui nos EUA há uma convenção diferente para tamanhos de calças jeans – como 28-32 – onde o primeiro número refere-se à cintura e o segundo ao comprimento. Não são todas as marcas que usam essa convenção, mas é bom saber que ela existe. No caso das camisas sociais masculinas, a numeração vai de 14,5 a 18,5. Lingerie aqui também tem uma convenção diferente: para sutiã, há um tamanho do bojo, representado pelas letras, e outro tamanho para a largura, representada pelos números. A Victoria’s Secret sempre tem uma funcionária para tirar as medidas e as lojas de departamento também tem. Os calçados aqui também são diferentes. Meu conselho é que você pesquise na internet antes – há várias tabelas e elas podem mudar conforme a marca (em todos os sites você vai achar, procure por Size chart). Obviamente que é preciso provar, mas sabendo o seu tamanho é mais fácil escolher. Ah, e lembre-se que tamanhos variam. Quer um exemplo? Eu uso o número 36 no Brasil, o que é o 7,5 aqui – mas eu tenho calçados número 8 de algumas marcas. Meu tamanho para roupas varia de XS a S, de 2 a 4.
5. Amazon locker – uma boa estratégia para compras – tanto para economizar dinheiro encontrando preços mais em conta em algums itens como para não gastar tempo em lojas – é usar a internet. A Amazon é uma ótima opção para vários itens – você encontra de tudo lá, de livros a eletrônicos, de cosméticos a roupas. Muitos hoteis não aceitam receber encomendas dos hóspedes ou cobram por tal serviço. Mas a Amazon tem um serviço muito bom para esses casos, a Amazon Locker. São pontos de recebimento de encomendas – e o serviço é totalmente gratuito. Você seleciona Amazon Locker com endereço mais próximo de você e uma vez que o pacote é entregue, você receberá uma notificação por e-mail com um código que informa o endereço e o horário de retirada. Quando você chega para retirar o seu pacote, basta digitar seu código de ou digitalizar o código de barras usando o scanner de código de barras e seguir as instruções na tela. Lembre-se que todos os pacotes entregues num Amazon Locker devem ser retirados no prazo de três dias úteis. Veja mais detalhes aqui.
6. Devoluções – uma das coisas que eu gosto mais aqui nos EUA é a política de devolução. Ao comprar algum produto – seja em lojas físicas ou virtuais – você tem direito a devolvê-lo em até 30 dias. Você pode tanto fazer uma troca ou pedir o seu dinheiro de volta. Não importa que você já tenha aberto a caixa, no caso de um produto lacrado, desde que ele esteja nas mesmas condições que foi comprado. Roupas também precisam estar com as etiquetas. Mas, enfim, acho bacana saber dessa informação não para se aproveitar dela de uma maneira errada, mas sim para saber dos seus direitos caso você não goste de um produto que adquiriu. Em tempo: todos os sites têm uma área que explica a política de trocas e devoluções.
7. Cupons de desconto – os cupons de desconto também são muito populares aqui! É uma boa maneira de conseguir um preço melhor naquela loja ou site que você curte. Quer encontrar cupons para a sua viagem? A Fan Page Cupom Mania sempre divulga cupons por lá. O aplicativo Retail me Not também é ótimo – dá pra pesquisar por lojas e marcas. Não tenho certeza se ele está disponível no Brasil, então você também pode deixar para baixá-lo quando chegar aqui – enquanto isso, pode ir checando o site. Outro site muito bom para pesquisar cupons é o Coupon. Os cupons estão divididos em categorias e há opções para lojas físcas ou virtuais. O USA Desconto Vip também oferece vários cupons que podem ser usados em Nova York ou na Flórida (Miami e Orlando). Você salva o cupom no seu celular e mostra na loja na hora da compra. Falando em cupons, é importante conferir os detalhes de cada um e ficar atento à validade. Cupons têm prazo de expiração curto, então, o ideal é pesquisar por eles alguns dias antes da viagem.
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Laura Peruchi é jornalista, autora e empreendedora. Mora em Nova York com seu marido desde 2014, e, desde então, divide em seu blog um conteúdo variado sobre a Big Apple. Com dicas de turismo, compras, restaurantes e muito mais, sua plataforma online tornou-se referência em conteúdo em português para quem está planejando uma viagem a Nova York. Acompanhe Laura também no Instagram, Youtube, Facebook e Spotify.