Atualização: Frozen não está mais em cartaz na Broadway!
Depois de já ter assistido Aladdin e Rei Leão aqui em Nova York, eu achava que nada ia me surpreender tanto em termos de musicais da Broadway. Mas aí veio Frozen e tive que rever todos os meus conceitos. Em cartaz desde janeiro deste ano, o musical tem atraído gente de todas as idades para o St. James Theater, em seções sempre lotadas. Tive a oportunidade de conferir o espetáculo de perto há alguns dias e posso dizer que superou todas as minhas expectativas. E não poderia deixar de dividir isso com vocês.
Antes de mais nada, que fique bem claro que eu era o tipo de pessoa que não podia mais ouvir o refrão “Let it go”. O sucesso do filme da Disney foi tanto que, para mim, chegou a incomodar. Eu confesso que peguei bode da música – e, naturalmente, bode do filme – de tanto ver coisas relacionadas ao filme por aí. E aí peguei um ranço eterno que fez, inclusive, com que eu não quisesse nem assistir ao filme. Eu sabia que não era uma história clássica da Disney – e até acabei entendendo do que se tratava há uns três anos, quando assistimos Disney on Ice. Mas aí você se pergunta: por que a curiosidade de assistir ao musical na Broadway? Porque depois de alguns anos, a febre Frozen deu uma diminuída, o ranço passou e eu sabia que uma produção da Disney na Broadway não seria decepcionante. Seria, no mínimo, interessante. E foi assim que decidi comprar os ingressos e conferir o espetáculo de perto. Já tinha ouvido comentários maravilhosos, mas, de alguma forma, não criei muitas expectativas. A fila estava grande e, enquanto eu esperava minha amiga para entrarmos no teatro, conversei com o carinha que ajudava na entrada das pessoas. Perguntei a ele se aquela multidão se repetia todos os dias, o que ele confirmou.
Antes de mais nada, se você não tem nem ideia do que se trata a história de Frozen, vamos a um breve resumo, sem spoilers. A trama narra a relação de Elsa e Anna, duas irmãs, que fazem parte da realeza e são melhores amigas. A relação das duas – e da família em geral – fica um tanto abalada por conta dos poderes de gelo de Elsa, um segredo que se torna um tanto perigoso à medida que elas crescem e que Elsa assume novas responsabilidades. Você talvez esteja se perguntando quando o príncipe entra na história. Aí é que está a diferença: Frozen não é mais um conto de fadas sobre uma princesa indefesa que precisa de um homem para salvá-la. É sobre o amor e a amizade entre duas irmãs. Aliás, há até uma crítica a essa mania de querer casar a princesa com o primeiro cara que aparece na frente dela. A história é tocante e eu saí do teatro feliz em saber que tantas crianças amam tanto uma história tão linda.
Bem, agora que você já tem uma ideia do que se trata a história, podemos somar a produção e os efeitos à receita de sucesso. Como o nome sugere – e como mencionei anteriormente – muito gelo está envolvido na trama. Conhecendo um pouco da história, eu estava curiosa para ver como seria a adaptação para um musical e, o mais importante: como seriam os efeitos especiais. É isso que faz os musicais serem tão mágicos – afinal de contas, efeitos especiais em filmes e animações são possíveis com a ajuda digital – mas e quando a gente fala de um palco onde tudo rola ao vivo? Todo esforço se torna muito mais marcante. O que eu gosto de observar em musicais é a precisão dos detalhes e a sincronicidade com dos efeitos com o elenco e a história. E isso tudo rola com muita maestria em Frozen. A mudança de cenários, os efeitos de luzes, os sons e ruídos: é uma perfeição que me deixou de boca aberta. Estou até agora tentando entender como rolou uma troca de roupa em pleno palco (não vou dizer em qual cena para não estragar a surpresa) – foi digna de mágica mesmo. Aliás, não devo ser a única a pensar assim, já que ninguém na plateia escondia suas reações. O figurino também não deixou a desejar – e reproduz exatamente a caracterização dos personagens na animação da Disney.
Por fim, precisamos falar sobre o elenco. Desde as duas meninas que interpretam Elsa e Ana crianças até o personagem com menos falas, todos os atores estavam maravilhosos em suas atuações. Aqui, preciso fazer dois comentários que acho pertinentes. Um é sobre a escalação de atores negros no elenco fixo – Jelani Alladin interpreta Kristoff e Nicholas Ward interpreta o rei Agnaar. Eu achei isso maravilhoso! Aliás, o ator que interpreta Kristoff é um dos grandes destaques do musical. Além disso, no dia que assisti Frozen, a atriz Patti Murin, que interpreta Ana, foi substiutída por outra atriz, Aisha Jackson, também negra. Jackson tornou-se a primeira atriz negra a retratar a Anna na Broadway. E ela estava impecável em seu papel! Num musical onde há tantas crianças na plateia, achei lindo essa preocupação com a diversidade – por mais que ainda estejamos longe da perfeição, já que a maioria esmagadora do elenco era branca. Além disso, precisamos falar sobre Olaf! O boneco de neve que é destaque no filme também é destaque no palco. Greg Hildreth, que dá voz e movimento ao boneco de neve, estava sempre com um sorriso no rosto e isso encantou a todos!
Minha conclusão? Frozen é inesquecível. Fiquei emocionada e arrepiada em vários momentos da performance e, sem sombra de dúvidas, não só recomendo como também assistiria de novo!
Fatos interessantes sobre o musical
- Para adaptar o filme para a Broadway, a equipe criativa adicionou 12 novas músicas. A animação da Disney tinha somente 6. Por isso, foram escritas novas músicas para cada um dos personagens principais cantarem. É claro que é difícil competir com “Let It Go”, mas há duetos lindos, como o de Anna com Kristoff.
- O musical tem o mesmo time criativo do filme.
- O famoso vestido de Elsa levou 400 horas para ser produzido.
- O gelo também é estrela do show. Os cenários usaram uma grande variedade de materiais. Há telas de vídeo que mudam e congelam quando Elsa libera seus poderes e até os cristais Swarovski descem do teto como gelo de alta qualidade. Um tanque de gelo seco também é utilizado para criar um nevoeiro durante uma das performances.
- Elsa usa calças em vez do vestido enquanto ela navega pelo mundo coberto de gelo que ela criou.
Lembre-se:
- Todos os espectadores precisam de um ingresso, independentemente da idade. É recomendado que as crianças tenham pelo menos oito anos de idade para assistir à performance.
- O espetáculo dura duas horas, com um intervalo.
- Frozen tem performances diárias – exceto às segundas-feiras. Os horários variam conforme o dia, mas há opções às 13h, às 14h, às 19h e às 20 horas.
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Laura Peruchi é jornalista, autora e empreendedora. Mora em Nova York com seu marido desde 2014, e, desde então, divide em seu blog um conteúdo variado sobre a Big Apple. Com dicas de turismo, compras, restaurantes e muito mais, sua plataforma online tornou-se referência em conteúdo em português para quem está planejando uma viagem a Nova York. Acompanhe Laura também no Instagram, Youtube, Facebook e Spotify.