Depois da pergunta sobre o tempo em Nova York – cujo assunto ganhou post no blog semana passada – essa é outra pergunta que sempre acaba rolando ou lá no grupo do Facebook – clique aqui para participar – ou nas minhas redes sociais. Minha resposta é: depende! Depende de muitos, mas muitos fatores. Você pretende ir em quais atrações? Vai ver algum show da Broadway? Você quer comer todo dia em restaurante legal? Você vai fazer compras? É algo pessoal demais para uma pessoa estranha chegar e definir o SEU orçamento para a SUA viagem. A verdade é que um pouco de pesquisa e organização não mata ninguém e ajuda a evitar surpresas durante as suas férias. Lembre-se que o Google tá aí pra isso e essa blogueira que vos escreve já fez inúmeros posts dando vááááááárias dicas que ajudam no planejamento da viagem também. E para ajudar mais um pouquinho, resolvi montar esse guia para auxiliar vocês na previsão de gastos.
Observação: neste post, não estou levando em conta preço de passagens aéreas nem hospedagem. Se você quiser dicas de como economizar com hospedagem em Nova York, clique aqui e confira um post que escrevi com várias dicas sobre esse assunto. O motivo pelo qual não vou considerar esses dois fatores é que, primeiro, hospedagem e passagens aéreas variam conforme a época – e em tempos de tantas promoções, ficou fácil comprar uma passagem para o exterior. Segundo, vamos levar em conta que, quando alguém perto de embarcar, a preocupação é com os gastos durante a estadia na cidade, já que a pessoa está com as passagens compradas e hospedagem reservada (e já sabe o quanto vai gastar com isso, se é que já não quitou esse pagamento). Entendidos? Então vamos lá!
Ah e ainda falando sobre hoteis, não esqueça que também há impostos a serem inclusos no valor da hospedagem. Cheque com atenção as observações e condições.
1. Organize o seu roteiro – você já decidiu que vai viajar para Nova York. Surgiu aquela promoção e você arrematou passagens por um ótimo preço e já reservou um lugar para ficar (ou está fazendo isso). Se você está vindo pra cá, é por um motivo. Seja porque sempre sonhou em conhecer a cidade, seja porque quer fazer compras, seja porque quer ver a Estátua da Liberdade, seja porque simplesmente elegeu a cidade para o seu destino de férias. Não importa. Agora que a decisão foi tomada, é hora de começar a se organizar. Primeiro, liste todas as atrações que você sempre teve vontade de conhecer – vale Times Square, Museu de História Natural, Central Park. Depois, pesquise, pesquise e pesquise mais. Não limite sua lista apenas ao que lhe vem à cabeça. Nova York é uma cidade cheia de coisas para se fazer. Então, bóra pesquisar – seja aqui no blog e em outros blogs, sites, livros e revistas para ver o que a cidade tem para oferecer. Tudo que for lhe interessando, vá anotando também na sua wishlist. Não esqueça os programas diferenciados – patinar no gelo, assistir a uma peça da Broadway, ver um concerto de jazz, ir àquele show maravilhoso que vai coincidir com o período da sua viagem: tudo isso entra na sua lista (se você estiver a fim, claro!).
2. Defina suas prioridades e conheça as opções da cidade – você faz questão de ir até à Estátua da Liberdade ou já vai ficar contente pegando a balsa gratuita para Staten Island? Você vai se satisfazer com a vista do Top of the Rock ou você faz questão de subir também no One World Trade Center? Você consegue adaptar o seu roteiro para pegar os dias/horários gratuitos de algumas atrações ou prefere pagar o valor inteiro e ir quando bem entender? Você está ok com o fato de pegar o Air Train + metrô ao chegar no aeroporto ou prefere investir um pouco mais e pegar uma van compartilhada ou até mesmo um transfer particular? Você faz questão de assistir a um show da Broadway? Procure saber quais são as opções para compra de tickets – tem um post aqui e outro aqui. Tudo isso precisa ser levado em conta na hora de planejar a sua viagem. Aqui no blog, há vários posts sobre opções de passeios gratuitos ou baratos em Nova York. Basta navegar na categoria “turismo“, no menu principal.
3. Hora de abrir o mapa – para quem não está familiarizado, o Google conta com uma ferramenta chamada Google Maps que é essencial para quem está organizando sua viagem sozinho. No My Maps, você constrói o seu mapa personalizado e vai procurando cada lugar e adicionando ao mapa. Dessa maneira, você já vai começando a se localizar na cidade e identificando quais pontos são próximos uns aos outros. Assim, pode planejar cada dia do seu roteiro, baseando-se nas localizações. Planeje cada dia de acordo com o que é prioridade para você.
4. Liste o preço de cada atração – abra uma planilha no Excel ou até mesmo uma tabela simples no Word e liste todas as atrações que entraram no seu roteiro. Agora, é hora de checar o preço de cada uma delas – e no site de cada uma você vai encontrar essa informação. Vá adicionando o valor ao lado de cada uma – e não esqueça do que foi mencionado no item 2. O museu do MET e o Museu de História Natural, por exemplo, têm entradas sugeridas – o que significa que você paga o que quiser. E também há várias atrações gratuitas: caminhar no Central Park, curtir a muvuca na Times Square, atravessar a Brooklyn Bridge: todos esses passeios são clássicos e totalmente free!
5. Não esqueça os gastos fixos – você vai contratar um seguro saúde? Já fiz um post sobre o assunto aqui no blog – e você pode clicar aqui para conferir. Para uma viagem de 7 dias, o valor de um seguro varia de U$26 a U$41 por pessoa. É o tipo de investimento que a gente faz torcendo para que não tenha que usufruir do serviço – afinal, ninguém quer ficar doente ou ter algum problema de saúde durante a viagem. Mas, pode acontecer e é preciso levar isso em conta. Outra coisa: Nova York é uma cidade em que se anda muito a pé e também se usa muito o metrô. Cada passe de metrô custa U$2,75 e há o cartão ilimitado (pessoal, não-transferível) que custa U$31 para uma semana e U$116 para um mês. Quem está aqui a turismo e vai ficar pelo menos 5 dias não precisa nem pensar duas vezes: use o passe semanal. Caso você vá ficar 10 dias, compre o semanal e depois calcule quantas vezes vai precisar do metrô para os dias restantes e faça as contas de quanto precisa recarregar. Ainda falando em “gastos fixos”, defina qual será o seu meio de transporte saindo do aeroporto e voltando para o aeroporto – veja as opções aqui – e decida se você vai investir em um chip para usar a internet no seu celular – veja um post com mais informações aqui.
6. Alimentação – tá aí outro ponto que sempre rende comentários. Quanto se gasta por dia com alimentação em Nova York? Depende! Você pode gastar desde U$2 numa fatia de pizza na rua até U$100 numa refeição completa num restaurante caro. Uma coisa que uma amiga sempre diz e que eu acho que cabe aqui: se eu tenho X para gastar durante a viagem, eu vou fazer a minha viagem caber nesse orçamento X. Obviamente, precisamos conhecer a realidade de cada cidade. Mas essa frase dela é pura verdade. O seu hotel tem café da manhã? Se tiver, ótimo, é um gasto a menos para você se preocupar. Se não tiver, você não precisa gastar horrores. Há filiais da Starbucks e Dunkin Donuts espalhadas por toda a cidade – isso só para citar o clichê, pois há outros inúmeros cafés em Nova York. Há até mesmo carrinhos na rua que vendem café, muffins e bagels. Mercados também são opções para comprar alguns alimentos – tanto para o café como para os lanches no meio do dia. Falando em refeições completas – almoço e jantar – aqui no blog eu já falei de inúmeros restaurantes – dos mais econômicos aos mais descolados (e, consequentemente, com preço maior). Explore a aba Gastronomia, no menu principal e confira todos os posts. Eu cito faixa de preço em todos eles. Vai dar pra você fazer um balanço. Você pode optar por economizar na hora do almoço – gastando, por exemplo, U$9 numa refeição – e caprichar um pouco à noite, gastando de U$15 a U$20. De qualquer maneira, para cada dia do seu roteiro, veja quais são as opções na área para almoço. Não está satisfeito com as sugestões de restaurantes aqui do blog? Baixe o Foursquare e o Yelp – são ótimos para você pesquisar cafés e restaurantes por região. Eles informam notas, as dicas, os comentários, a faixa de preço de cada lugar. Não esqueça que os impostos e gorjetas não estão incluídos no preço final – saiba mais sobre isso aqui.
7. Compras – você pretende comprar algo durante a sua viagem? Em caso positivo, faça uma lista de tudo que deseja comprar. Listas evitam que você caia na empolgação e compre mais do que deveria “só porque estava barato”. Hora de conferir os preços. Quando falamos em eletrônicos, há dois sites para checar: Apple (para o caso de IPhone, IPad e outros produts da marca) e Best Buy, para outros tipos de eletrônicos. Quer ver preços de eletrodomésticos? Cheque a Bed Bath & Beyond. Dessa maneira, você já vai ter uma ideia, já que os preços dos sites são os mesmos das lojas físicas, nesse caso. Lembre-se que alguns produtos também são mais baratos na Amazon. Cheque se o seu hotel recebe encomendas – ou então envie para um Amazon Locker. Quer ter uma ideia dos preços de cosméticos? Veja o site da Harmon e da Sephora. Se a sua ideia é comprar roupas, procure pela loja desejada: Century 21, H&M, Zara, Forever 21 – todas elas têm sites. Fazendo uma pesquisa prévia antes, você já vai ter uma ideia dos preços e de quanto vai gastar, o que ajuda bastante no planejamento. Não esqueça de incluir o valor com transporte caso vá para algum outlet fora da cidade – como o Jersey Gardens ou o Woodbury. Ainda sobre compras: não esqueça que os impostos não estão incluídos no valor final e há isenção para alguns itens. Saiba mais aqui.
Por fim, depois de chegar a um número final, lembre-se de arredondar o valor para cima. É sempre bom contar com uma margem de segurança! Previsões são previsões: no final da viagem você pode gastar menos ou mais do que o previsto, mas eu garanto que, depois de seguir o seu planejamento, a diferença do que você vai gastar com o que você planejou não vai ser tão grande assim!
Outra coisa: seja você um leitor antigo do blog ou que acabou de chegar, recomendo um “intensivão”: tem muito conteúdo aqui, principalmente posts relacionados a economia na cidade. Então, dedique uma parte do seu tempo e explore todas as categorias.
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Laura Peruchi é jornalista, autora e empreendedora. Mora em Nova York com seu marido desde 2014, e, desde então, divide em seu blog um conteúdo variado sobre a Big Apple. Com dicas de turismo, compras, restaurantes e muito mais, sua plataforma online tornou-se referência em conteúdo em português para quem está planejando uma viagem a Nova York. Acompanhe Laura também no Instagram, Youtube, Facebook e Spotify.