Vocês já devem saber que há exato um mes atrás o One World Observatory, o observatório do One World Trade Center – o prédio mais alto de New York e do ocidente – finalmente abriu as portas. Eu fico impressionada com o poder de reconstrução deste lugar e ainda mais pelo fato de construírem outro prédio lá onde aconteceu toda aquela tragédia. Mas, deixando as opiniões de lado, estive no observatório no open house, 28 de maio, dia que antecedeu a abertura oficial ao público. Infelizmente, o dia não estava bonito para apreciar a vista lá de cima e eu fiquei na vontade de conferir tudo novamente num dia limpo.
Nas últimas semanas, monitoramos o tempo para escolher um dia perfeito e subir novamente no observatório. O clima aqui não tem sido dos melhores – muitos dias nublados e chuvosos. Mas, finalmente, na quarta-feira passada, o sol deu o ar da graça com um céu azul e lá fomos nós. O resultado vocês podem conferir nas fotos a seguir – e nesta semana ainda entra vídeo no canal.
A experiência:
Tudo que envolve a ida ao observatório já começa no térreo. O esquema de segurança é bem reforçado – me senti num aeroporto. Tem raio-x, detector de metais e não é possível entrar com líquidos. Antes de chegar ao elevador, a gente passa por corredores com várias telas que exibem imagens de depoimentos de pessoas que trabalharam na obra. O elevador é um show à parte. Ao subir, as paredes mostram o desenvolvimento da cidade, desde o ano 1500 até os dias de hoje. É tão real que a impressão que você tem é que não há nada separando você do mundo exterior.
Ainda como se não bastasse o elevador incrível, antes chegar ao observatório em si você vai se deparar com uma parede enorme, tipo tela de cinema, que vai mostrar um vídeo inspirador da cidade – sério, é emocionante. O video dura alguns minutos e, ao final, as telas sobem e mostram a vista real da rua. Quase chorei, clichê, eu sei.
O prédio tem cerca de 350 metros e o observatório fica no andar 102, proporcionando uma vista de 360 graus para a cidade. Em um dia limpo, dá pra avistar mais de 50 km de distância. Lá de cima, você consegue ver a Estátua da Liberdade, Brooklyn Bridge, Manhattan Bridge, Williamsburg Bridge, Empire State Building, New Jersey, Hudson River, Staten Island, Brooklyn e por aí vai.
Eu acho que a coisa mais chata do observatório é o fato de ser um lugar fechado com as vidraças. Fica praticamente impossível fazer uma foto bacana com você incluído no cenário – e, dependendo do ângulo, o vidro reflete as pessoas, um saco. Fico imaginando o quão maravilhoso seria se fosse um local como o observatório do Rockfeller Center, com vidros ao redor, mas um local aberto.
Uma dica que eu dou é: sempre observe o tempo antes de comprar ingresso. Obviamente, você pode comprar o ticket no local, mas como é as subidas são com horário marcado, pode acontecer de você chegar lá e não ter mais entradas disponíveis para o horário que você quer. Você pode comprar clicando aqui – e escolhe a data e horário. O valor é U$34. Nós compramos o ingresso no mesmo dia que subimos, pela manhã. Escolhemos o horário das 17h45, porque queríamos aproveitar o pôr do sol – que, nesta época do ano, ocorre por volta das 20h30. Foi a melhor coisa que fizemos, pois conseguimos apreciar a vista em três tempos: sol, pôr do sol e noite. Não é um programa que vou fazer de novo tão cedo, por isso tratei de aproveitar ao máximo. Ah, e não enfrentamos nenhuma fila para entrar no prédio!
De modo geral, achei tranquilo para apreciar a vista de todos os pontos, sem muita gente. Apenas na hora do pôr do sol o negócio ficou mais disputado.
Gostei muito do One World Observatory! Entre ele, o Top of the Rock e o Empire State – fiz post comparando os dois aqui – fico na dúvida! Meu preferido sempre foi o Top of the Rock – e continua sendo se sua ideia é ter fotos bacanas (digo fotos com você!). Mas a vista do One World Observatory é mesmo espetacular. Se puder, visite os dois!
Laura Peruchi é jornalista, autora e empreendedora. Mora em Nova York com seu marido desde 2014, e, desde então, divide em seu blog um conteúdo variado sobre a Big Apple. Com dicas de turismo, compras, restaurantes e muito mais, sua plataforma online tornou-se referência em conteúdo em português para quem está planejando uma viagem a Nova York. Acompanhe Laura também no Instagram, Youtube, Facebook e Spotify.
