Uma viagem para Nova York não é uma simples viagem. Para muitas pessoas, é o sonho de vida, é algo que elas esperaram muito tempo, é algo especial. Expectativas são criadas, planos são feitos. E como Nova York é uma cidade grande e, mais que isso, uma cidade intensa, com muitas coisas para se fazer. É por isso que planejamento (que seja o mínimo) é fundamental. Depois de quase 6 anos escrevendo sobre a cidade e acompanhando as dúvidas dos turistas no planejamento e também os relatos nos diários de viagem aqui no blog, há “erros” que se repetem. Obviamente, esses “erros” têm a ver com a minha opinião. De fato, não existe certo e errado em viagem, mas acredito que algumas dicas podem te ajudar a aproveitar muito mais! São conselhos que valem a pena serem relembrados.
1. Comprar um Pass só porque falaram que você iria economizar – veja bem, eu não acho que um passe de atrações seja necessariamente algo ruim ou automaticamente algo bom. Minha crítica aqui envolve a compra sem necessidade. Para um passe de atrações ser vantajoso, depende da combinação de atrações que você quer conferir. A maioria dos passes acaba te fornecendo uma programação mais engessada – você vai ficar preso às atrações listadas – e vai visitar lugares que talvez nem fossem sua prioridade. Se você explorar as suas opções e estiver aberto a experiências diferentes, vai conseguir economizar bastante. Como eu sempre digo, tudo é uma questão de planejamento!
Minha dica: liste tudo que você quer conferir na cidade, tudo que você faz questão. Cheque os preços individuais, e depois cheque, dentre os passes, qual atende suas reais necessidades.
- Clique aqui e confira os passes disponíveis
- Confira meu vídeo com um análise super completa sobre passes!
2. Comprar todos os ingressos na hora – calma aí. Sim, você pode comprar ingressos na hora. Eu entendo que você esteja com medo de comprar ingressos para observatórios e pegar um dia ruim. O mesmo vale para a visita à Estátua da Liberdade. Mas, lembre-se: comprar ingressos na hora para atrações famosas vai fazer com que você gaste um item precioso da sua viagem: o tempo! Além disso, você fica à mercê da disponibilidade. Lembre-se que todo mundo quer subir no Top of the Rock e, às vezes, os ingressos podem esgotar – eu já ouvi relatos de leitores meus. Algumas atrações – principalmente a Estátua – têm filas grandes tanto para compra de ingressos quanto para embarcar. Comprar seus ingressos pela internet deixa a sua viagem mais organizada – faça isso pelo menos com as atrações que não dependem de clima, como museus, partidas esportivas, dentre outras atrações fechadas. Além disso, lembre-se que os observatórios são muito flexíveis com alteração de data caso não haja visibilidade. Você pode, inclusive, comprar pela internet quando já estiver aqui, checando a previsão. Tempo, meus amigos, tempo é o seu bem mais precioso na viagem!
3. Pesquisar hotéis somente na Times Square – eu sei, você sente FOMO – fear of missing out – ou, medo de perder algo (que você nem sabe o que é!). Todo mundo só fala nessa tal de Times Square, todo mundo fala que você TEM QUE se hospedar lá porque aí você consegue fazer tudo a pé, todo mundo fala que a Times Square é mágica. Okay, primeiro, acalme seu coração. Vamos lá: a Times Square vai estar lá no mesmo lugar, você se hospedando lá ou não. Obviamente, você tem que ir lá conhecer, mas como eu sempre falo por aqui: Times Square está longe de resumir Nova York. E mais: ninguém faz tudo a pé em Nova York ao se hospedar na Times Square. Quem diz isso, provavelmente não explorou a cidade como ela merece ser explorada. Você vai, sim, precisar de metrô pra explorar vários outros pontos icônicos da cidade. Então, relaxa e não se desespere se o seu orçamento não comporta um hotel na Times Square. Já li relatos de dezenas de leitores que não ficaram na Times Square e aproveitaram e muito a sua estadia. Já tive inúmeros amigos e familiares hospedando-se na minha casa (que não fica na Times Square) e nenhum deles foi embora achando que não aproveitou a viagem.
4. Não dividir o roteiro por áreas – esse é um erro super comum. Quando se trata de Nova York, a gente precisa se familiarizar com o mapa da cidade antes, porque, acredite, estamos falando de uma metrópole com muitas coisas para se fazer. Uma prática simples e fácil para ajudar a planejar a sua viagem é marcar tudo, absolutamente tudo – seu hotel, as atrações que você quer visitar, as lojas onde você quer comprar, os restaurantes onde você quer comer – no My Maps. Essa ferramenta do Google é incrível! Ao colocar tudo no mapa, você consegue não só traçar rotas mas visualizar o que está mais perto do que. E, acreditem em mim, fica muito mais fácil explorar a cidade por áreas. Sim, o metrô é ótimo, mas você não quer passar o dia fazendo dezenas de viagens de metrô porque marcou programas longe uns dos outros, certo?
5. Viajar não é riscar da lista – óbvio que você vai encontrar milhares de sugestões do que fazer em Nova York – tanto aqui no blog como em vários outros blogs, portais, livros e revistas. Mas, lembre-se: a viagem é sua. Não ache que você precisa ir a determinado lugar só porque todo mundo vai ou porque alguém indicou. Existem opiniões, vivências, relatos e existem os seus gostos e os seus sonhos. Não tem vontade de ir na Estátua da Liberdade? Bem, então você não precisa gastar dinheiro para ir até lá só porque todo mundo vai. Não curte museus? Eu também não curto. Por que você vai perder tempo (em dólar, diga-se de passagem), para fazer algo que não gosta ou não está a fim? Viajar não precisa ser um “riscar da lista”. É aproveitar! Curtir cada momento! E se permitir mudar de ideia.
6. Incluir dois museus no mesmo dia – isso acontece tanto que eu fico me perguntando se não tem a ver com o tópico anterior: pense nos reais motivos que te fazem querer incluir um museu no seu roteiro. É porque você realmente tem curiosidade? Ou só porque falaram que tem que ir? Porque partindo do princípio de que você gosta de museus e de que os dois principais museus da cidade – Museu de História Natural e o MET – são enormes, você deveria reservar bastante tempo para cada um deles. Além disso, é mental e fisicamente exaustivo explorar dois museus tão grandes no mesmo dia. Mescle as atividades, sempre! E lembre-se de colocar o museu como atividade da manhã, assim você começa a explorar o local mais descansado.
7. Não reservar aquele restaurante que você quer muito conferir – Nova York tem restaurantes incríveis, cujo apelo pode ser a culinária especializada, uma sobremesa famosa, os drinks, a localização ou até mesmo a vista. Você certamente vai ficar com vontade de conferir alguns restaurantes e, se assim for, não subestime a necessidade de fazer uma reserva! Primeiro, porque dependendo do restaurante, as vagas podem ser disputadas. Segundo, porque não tem nada pior do que esperar por uma mesa com fome. Terceiro, porque como meu marido sempre fala: colocar no calendário é um empurrão a mais para que algo aconteça!
- Meus apps favoritos para reservar são o OpenTable e o Resy!
8. Ter medo de andar de metrô – em muitos lugares do Brasil e do mundo, carros ainda são o principal meio de transporte e entendo a hesitação em andar de metrô numa cidade tão grande como Nova York. Mas, lembre-se: o metrô será o seu melhor amigo nesta cidade! Na realidade, as pessoas não têm medo do metrô, elas têm medo de se perder no metrô. Primeiro, que entender o sistema já vai te ajudar a perder o medo. Segundo: se você se perder, qual o problema? Você se localiza e volta e pronto. E garanto que isso acaba não se repetindo. Deixar de andar de metrô por medo é perder a oportunidade de conhecer uma outra faceta da cidade. Metrô otimiza seu tempo durante a viagem e torna transforma distâncias longas em distâncias curtas!
9. Não checar o horário de funcionamento das coisas – hoje em dia é tão simples checar esse tipo de informação – que pode ser valiosa durante a sua viagem. Ao digitar o nome de um local + NYC no Google, o resultado já mostra informações como endereço, horário e dias de funcionamento. Isso é essencial quando a gente está viajando. Enquanto você está lá colocando os pontos de interesse no mapa, não custa nada já observar isso, para não ter surpresas.
10. Não pesquisar – acho que esse é o erro mais fatal de todos. Outro dia eu estava ouvindo um vídeo que o Thiago estava assistindo no Youtube, e o cara falou algo que se encaixa pra muitas coisas na vida, inclusive para viagens: não terceirize suas decisões. Valorize o seu dinheiro, o seu tempo, a sua viagem. Planeje, pesquise, leia. Não precisa fazer uma gradução, mas pesquise, pelo menos o mínimo para deixar você confortável para fazer AS SUAS ESCOLHAS e não as escolhas dos outros.
- Meu blog, meu canal e meus e-books estão aí pra quem está a fim de entrar nessa jornada deliciosa que é planejar uma viagem!
Procurando serviço de roteiro personalizado? Existem profissionais especializados em assessoria para viagem, com conhecimento para montar um roteiro de acordo com o seus gostos e preferências. Recomendo muito o trabalho da Patricia Toussie, mais conhecida como Nyorquina. Ela faz roteiros personalizados e também presta assessoria durante o seu período de viagem. O e-mail de contato dela é nyorquina@gmail.com – mencione o blog para desconto!
Laura Peruchi é jornalista, autora e empreendedora. Mora em Nova York com seu marido desde 2014, e, desde então, divide em seu blog um conteúdo variado sobre a Big Apple. Com dicas de turismo, compras, restaurantes e muito mais, sua plataforma online tornou-se referência em conteúdo em português para quem está planejando uma viagem a Nova York. Acompanhe Laura também no Instagram, Youtube, Facebook e Spotify.
